Amigo leitor,
Eis o 25º vídeo da série A Bíblia e as novelas. Ao longo da série, estou mostrando que nenhum cristão pode criticar os modelos de família que aparecem nas mais variadas novelas. Por que não podem criticar? Ora, não podem criticar porque os modelos de família na Bíblia eram piores. Ouça, leitor, mais uma vez, o que diz Atenéia Araújo, que foi uma cristã evangélica fervorosa, porém, hoje, é uma ateia de primeira qualidade:
Até agora tenho apresentado 11 famílias bíblicas:
JESUS E A HARMONIA FAMILIAR
Veja, leitor amado, o que está escrito no evangelho de Mateus, capítulo 19, versículos 3 a 12. Num certo dia, os fariseus se encontraram com Jesus, passando a fazer-lhe questionamentos acerca do divórcio. Jesus diz a eles que o homem deixará pai e mãe e se unirá a uma mulher, tornando-se os dois uma só carne. E Jesus continua dizendo, no versículo 6:
“DE MODO QUE JÁ NÃO SÃO MAIS DOIS, PORÉM UMA SÓ CARNE. PORTANTO, O QUE DEUS AJUNTOU NÃO O SEPARE O HOMEM.”
Muito bem! Os cristãos que estão no Novo Testamento nada entendiam sobre o relacionamento conjugal. Eles, em sua profunda ignorância, pregavam casamento eterno, até que a morte viesse a separar os cônjuges. Ou seja: uma vez casados, casados para sempre! Um absurdo, pois! Ora, a união de um casal não é uma sentença matemática, com resultados já esperados. A convivência entre duas pessoas é que ditará as regras. Se a convivência se tornar insuportável, trazendo infelicidade para os cônjuges, então, a única solução será o divórcio, a separação definitiva. Diante de uma união matrimonial infeliz, cada cônjuge tem direito à felicidade, razão pela qual buscará outra pessoa a fim de constituir nova família, não é mesmo, leitor querido?
O texto acima atribuído a Jesus é uma maluquice total. Veja-o, leitor, mais uma vez:
“DE MODO QUE JÁ NÃO SÃO MAIS DOIS, PORÉM UMA SÓ CARNE. PORTANTO, O QUE DEUS AJUNTOU NÃO O SEPARE O HOMEM.”
O texto acima atribuído a Jesus é extremamente infantil. Jesus disse que, quando um homem se casa com uma mulher, os dois passam a ser apenas um, uma só carne, razão pela qual o casal não pode ser separado. Uma vez casados, casados para sempre, até que a morte os separe.
Ora, quando um homem se casa com uma mulher, não existe essa unidade, nem no sentido real, nem no sentido figurado. Cada cônjuge mantém sua identidade própria, seu caráter, sua personalidade, seus gostos etc. Assim, o esposo tem sua identidade, CPF, título de eleitor, passaporte, carteira de habilitação etc. Da mesma forma, a esposa. Então, o esposo é uma pessoa. A esposa, pessoa diferente. Os dois não são UM, mas DOIS.
Leitor amado, quem prega casamento eterno, até que a morte separe, não regula bem da cabeça. Nada sabe sobre relação matrimonial. Ora, quando 2 pessoas resolvem se casar, desejam ardentemente que aquela união seja eterna, até que a morte venha a separar os dois. Ninguém se casa para se separar depois. Só que, com a convivência no dia a dia, essa união pode se transformar num verdadeiro inferno para um ou para os dois cônjuges. Assim sendo, a única solução para sair desse estado infernal é a separação, o divórcio. Entendeu, leitor?
Na novela Pantanal, da Rede Globo de Televisão, Maria Bruaca, casada com Tenório, mãe de uma filha, se separou do marido. Por que ela deixou a família? Por duas razões: a primeira, por causa da traição conjugal, já que Tenório tem outra mulher com 3 filhos. E a segunda razão por que o esposo a tratava muito mal, humilhando-a todos os dias. Hoje, Maria Bruaca, após deixar o esposo, é outra mulher, feliz e sempre cantando. E o esposo também se sente feliz por ter se livrado dela. Então, a separação do casal foi muito bom para ambos porque a vida em comum havia se tornado insuportável. Entendeu, leitor, por que ninguém deve ser contra o divórcio, a separação? Entendeu por que ninguém pode pregar casamento eterno?
Eu, Eustáquio, conheço inúmeros casais separados. E casais cristãos. Vou narrar aqui um caso ocorrido quando eu morava no Gama, uma cidade do Distrito Federal. Uma mulher casada morava perto de minha casa. O esposo era alcoólatra. Quando chegava do trabalho, dirigia-se direto para um barzinho, retornando à sua casa quase à meia-noite, completamente embriagado. Nos finais de semana, pior ainda: ele ficava no bar durante manhã, tarde e noite. Já a mulher, coitada, sozinha em casa, sem alguém para conversar. Mesmo sem a conhecer, eu passava pela calçada da residência dela e lhe dirigia um bom-dia ou um boa-tarde. Num certo dia, eu a vi chorando, sentada numa cadeira, na calçada. Perguntei-lhe se estava com algum problema, se precisava de alguma ajuda. E aí ela desabafou. Narrou para mim todo sofrimento com o esposo. 5 anos nessa vida miserável, sem um esposo para dividir o tempo com ela. Sem constrangimento algum, ela me disse que, quando ele chegava à residência, completamente bêbado, tinha o costume de cagar na cama do casal. Leitor querido, qual é a esposa que aguenta isso? Um esposo, além de alcoólatra, um autêntico cagão? Se ele cagasse no vaso sanitário, tudo bem, mas… na cama, na cama? Depois de ouvi-la, disse-lhe que ela não merecia passar por isso, que não havia nascido para ser infeliz. E fui seco com ela: disse que ela deveria deixar aquele cachaceiro. 6 meses depois, mais ou menos, soube que ela havia ido embora. Uns 2 anos depois, encontrei-me com ela ao lado de outro homem, no Shopping Gama. Após as apresentações, ela disse a ele que eu havia sido a única pessoa a abrir a cabeça dela, no sentido de deixar o esposo alcoólatra e cagão. Revelou a mim que agora, sim, estava muito feliz com o 2º casamento, que havia encontrado realmente um homem que a amava. Entendeu, leitor, como ninguém pode afirmar que o casamento deve ser eterno, uma vez casados, sempre casados?
Os próprios cristãos não estão nem aí para as palavras atribuídas a Jesus. Conheço mais casais cristãos divorciados que casais cristãos juntos. O prédio residencial em que moro, aqui, em Brasília, está lotado de cristãos divorciados. Quando entro no elevador, deparo-me com mulheres e homens divorciados. Todos cristãos, católicos e evangélicos. Eis a prova de que os cristãos não levam a sério a propaganda atribuída a Jesus. Segundo o ensinamento de Jesus, aquela mulher do Gama não deveria ter deixado o marido alcoólatra e cagão. Já que se casou com ele, então deveria ter ficado com ele até a morte. Entendeu o absurdo, leitor amado?
E, para concluir esse vídeo, veja, leitor, 2 afirmações atribuídas a Jesus:
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