Amigo leitor,
Eis o 24º vídeo da série A Bíblia e as novelas. Ao longo da série, estou mostrando que nenhum cristão pode criticar os modelos de família que aparecem nas mais variadas novelas. Por que não podem criticar? Ora, não podem criticar porque os modelos de família na Bíblia eram piores. Ouça, leitor, mais uma vez, o que diz Atenéia Araújo, que foi uma cristã evangélica fervorosa, porém, hoje, é uma ateia de primeira qualidade:
Até agora tenho apresentado 11 famílias bíblicas:
JESUS E A HARMONIA FAMILIAR
No vídeo anterior ( 23º ), deixei registrado que o Novo Testamento da Bíblia cristã não traz histórias sobre famílias. Já o Velho Testamento, que não é velho para os judeus, apresenta várias histórias familiares: Abraão, Ló, Isaque, Jacó, Davi, Salomão e outros. Já que o Novo Testamento não traz histórias sobre famílias, vou analisar, então, a ideia de Jesus acerca da família. Quando me refiro a Jesus, estou, obviamente, tratando do Jesus presente nas narrativas lendárias contidas no Novo Testamento. Não estou me referindo ao Jesus histórico, fora da Bíblia. Na verdade, o Jesus histórico é quase nada.
Para esse vídeo, vou analisar mais um texto atribuído a Jesus, que está em Mateus, capítulo 10, versículo 37:
Num certo dia, Jesus estava passando instruções aos 12 discípulos. Uma delas foi a que você, leitor, acabou de ler acima. Jesus disse aos discípulos que um filho que ama mais seu pai ou sua mãe do que a ele não é digno dele. E disse também que um pai ou uma mãe que ama mais seu filho ou filha do que a ele também não é digno dele. O que você, leitor amado, acha?
Esqueça, leitor, por um momento, que Jesus tenha feito essa afirmação. Suponha que ela tenha sido proferida pelo Vladimir Putin. E aí, leitor, o que você diria sobre a afirmação acima? Tenho certeza de que você afirmaria que Putin nada entende de família, do amor que une filhos e pais, não é mesmo?
Imagine: Putin dizendo assim a um de seus assessores:
“Se você, meu assessor, ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim.”
E aí, leitor, o que você diria? Ora, com certeza, você afirmaria que Putin seria um monstro, um maluco, não é mesmo? Onde já se viu fazer tal exigência! O amor não pode ser exigido porque é involuntário. Não existe isso:
“Quero que você ame mais a mim do que ama aquela pessoa!”
Essa horrível afirmação atribuída a Jesus se encaixa perfeitamente na outra afirmação analisada no vídeo anterior. Veja-as, no quadro abaixo:
Veja, leitor, o seguinte exemplo familiar: um homem casado com uma mulher. A mulher é budista, ele, cristão. Aborrecida com a religião do marido, ela pede o divórcio. O marido é cristão, não quer abandonar sua crença, mas também ama a esposa. E agora? O que Jesus espera dele? Ora, Jesus torcerá pelo fim da família. Jesus diz que todo aquele que tiver deixado a esposa, por causa de seu nome, herdará a vida eterna. E diz também que aquele marido não pode amar mais a esposa do que a ele. Entendeu, leitor, como os textos atribuídos a Jesus se unem? O marido, por causa de Jesus, deixará a esposa, e deixará porque ama mais a Jesus. Entendeu, leitor amado?
Veja outro exemplo: Um homem viúvo vive com seu filho. O rapaz é um adolescente, com apenas 15 anos de idade. O pai se torna cristão evangélico. O filho fica desesperado quando o pai doa à igreja um sítio. O filho exige que o pai abandone sua crença cristã. E agora? O que Jesus espera desse pai? Ora, Jesus deseja que esse pai abandone seu próprio filho, ocasionando o fim da família. E, para o pai abandonar o filho, deve amar mais a Jesus que ao próprio filho. Se o pai amar mais o filho do que a Jesus, não abandonará o filho. Entendeu, leitor, como as 2 afirmações de Jesus estão ligadas, unidas?
E 2 afirmações que destroem um núcleo familiar.
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