sexta-feira, 24 de março de 2017

JESUS, NÓE E A SURPRESA DO MESSIAS





Este é o 19º vídeo da série “Erros bobos de Jesus” em que apresento mais dois erros de Jesus. Sempre é bom deixar claro que trato aqui do Jesus que está no Novo Testamento, e não do Jesus histórico. Na história propriamente dita, Jesus é um nada. E, no Novo Testamento, não há apenas um Jesus, mas vários. Porém, isso é assunto para outra série.
Em Mateus 24:37, 43 e 44, está escrito:


“37  Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.
  43  Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua porta.
 44  Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.”


No relato do escriba cristão acima, Jesus estava no monte das Oliveiras. E, com ele, seus discípulos. Esses discípulos aproveitaram a oportunidade e pediram que Jesus lhes dissesse quais seriam os sinais da vinda do Messias, Cristo em grego, e da consumação do século. E Jesus resolve atender ao pedido de seus companheiros de jornada. Passa então a mostrar vários sinais que antecederão à chegada do Filho do Homem. E aí uma sucessão de erros. Como já mostrei na série “Jesus nunca voltará”, o cristianismo é uma religião apocalíptica. Religião apocalíptica é aquela que prega o fim dos tempos. Logo, os cristãos pregavam e ainda pregam o fim dos tempos. Jesus pregava a volta do Messias para seu tempo, para sua época. Quando Jesus caminhava pelas ruas da Palestina, repletas de poeira, os romanos eram os invasores. Jesus era um judeu. Os judeus aguardavam a chegada do Messias. E como seria esse Messias? Ora, esse Messias seria um judeu homem, forte e poderoso, que, a exemplo de Davi, seria rei em Israel. E esse Messias iria expulsar os romanos, esses miseráveis, da Palestina. Jesus, a exemplo de outros judeus, foi criado ouvindo essa fantasia. E quando cresceu também dizia ser esse Messias. E o que aconteceu com todos os judeus que diziam ser o Cristo? Ora, todos foram mortos pelos invasores. Após a morte desses Cristos, a Palestina continuou do mesmo jeito: sob domínio de invasores. Os Messias que apareceram não tiveram força alguma para expulsar de sua terra os invasores.
Vejamos, agora, o primeiro versículo citado acima:


“37  Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.”


No relato do escriba cristão, Jesus diz a seus discípulos que a vinda do Filho do Homem, que é ele mesmo, seria igual ao que aconteceu nos dias de Noé. Ou seja, o Filho do Homem viria  pelos céus quando alguém menos esperasse. Viria de surpresa. Pegaria a todos desprevenidos. Nesse relato, Jesus acreditava em Noé com sua famosa arca. Ora, qualquer estudioso sério da Bíblia sabe muito bem que Noé e sua família nunca existiram de fato. São personagens mitológicos. E a narrativa da Arca de Noé é apenas cópia de relatos mais antigos. Até o  papa Francisco sabe disso. A narrativa da lenda de Noé com a destruição de todas as coisas pela fúria do Deus hebreu é mais um relato ingênuo como tantos outros que se encontram na Bíblia. Ainda farei uma série de vídeos sobre esse assunto. Vejamos, agora, o outro versículo bíblico:


“43  Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua porta.”


Veja como a Bíblia está repleta de relatos lendários marcados pela ingenuidade. Jesus disse a seus discípulos que nem mesmo ele sabia a hora da chegada do Messias. Isto é, Jesus perde mais uma vez sua onisciência. No versículo acima, ele disse que o Messias viria como um ladrão. E faz uma comparação profundamente infantil com um pai de família. Segundo Jesus, se um pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria então sua casa e não deixaria que ela fosse violada. Da mesma forma, se o povo soubesse a que hora viria o Filho do Homem, ficaria vigilante, e o Filho do Homem não teria sucesso em sua empreitada. Percebeu a inocência do relato? O Filho do Homem, segundo Jesus, viria de surpresa porque, do contrário, não teria sucesso em sua tarefa, já que o povo, sabendo de antemão, ficaria prevenido, assim como o exemplo do pai de família. Quer dizer então que a vigilância do povo neutralizaria o poder do Filho do Homem, por maior que fosse. Percebeu a ingenuidade do relato bíblico?

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