Este é o 19º vídeo da série “Erros
bobos de Jesus” em que apresento mais dois erros de Jesus. Sempre é bom deixar
claro que trato aqui do Jesus que está no Novo Testamento, e não do Jesus
histórico. Na história propriamente dita, Jesus é um nada. E, no Novo
Testamento, não há apenas um Jesus, mas vários. Porém, isso é assunto para
outra série.
Em Mateus 24:37, 43 e 44, está
escrito:
“37 Pois assim como foi nos dias
de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.
43 Mas considerai isto: se o pai de família
soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada
a sua porta.
44
Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não
cuidais, o Filho do Homem virá.”
No relato do escriba cristão acima, Jesus
estava no monte das Oliveiras. E, com ele, seus discípulos. Esses discípulos
aproveitaram a oportunidade e pediram que Jesus lhes dissesse quais seriam os
sinais da vinda do Messias, Cristo em grego, e da consumação do século. E Jesus
resolve atender ao pedido de seus companheiros de jornada. Passa então a
mostrar vários sinais que antecederão à chegada do Filho do Homem. E aí uma
sucessão de erros. Como já mostrei na série “Jesus nunca voltará”, o
cristianismo é uma religião apocalíptica. Religião apocalíptica é aquela que
prega o fim dos tempos. Logo, os cristãos pregavam e ainda pregam o fim dos
tempos. Jesus pregava a volta do Messias para seu tempo, para sua época. Quando
Jesus caminhava pelas ruas da Palestina, repletas de poeira, os romanos eram os
invasores. Jesus era um judeu. Os judeus aguardavam a chegada do Messias. E
como seria esse Messias? Ora, esse Messias seria um judeu homem, forte e
poderoso, que, a exemplo de Davi, seria rei em Israel. E esse Messias iria
expulsar os romanos, esses miseráveis, da Palestina. Jesus, a exemplo de outros
judeus, foi criado ouvindo essa fantasia. E quando cresceu também dizia ser
esse Messias. E o que aconteceu com todos os judeus que diziam ser o Cristo?
Ora, todos foram mortos pelos invasores. Após a morte desses Cristos, a
Palestina continuou do mesmo jeito: sob domínio de invasores. Os Messias que
apareceram não tiveram força alguma para expulsar de sua terra os invasores.
Vejamos, agora, o primeiro versículo
citado acima:
“37 Pois assim como foi nos dias
de Noé, também será a vinda do Filho do Homem.”
No relato do escriba cristão, Jesus
diz a seus discípulos que a vinda do Filho do Homem, que é ele mesmo, seria
igual ao que aconteceu nos dias de Noé. Ou seja, o Filho do Homem viria pelos céus quando alguém menos esperasse.
Viria de surpresa. Pegaria a todos desprevenidos. Nesse relato, Jesus
acreditava em Noé com sua famosa arca. Ora, qualquer estudioso sério da Bíblia
sabe muito bem que Noé e sua família nunca existiram de fato. São personagens
mitológicos. E a narrativa da Arca de Noé é apenas cópia de relatos mais
antigos. Até o papa Francisco sabe
disso. A narrativa da lenda de Noé com a destruição de todas as coisas pela
fúria do Deus hebreu é mais um relato ingênuo como tantos outros que se
encontram na Bíblia. Ainda farei uma série de vídeos sobre esse assunto. Vejamos,
agora, o outro versículo bíblico:
“43 Mas considerai isto: se o pai
de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que
fosse arrombada a sua porta.”
Veja como a Bíblia está repleta de
relatos lendários marcados pela ingenuidade. Jesus disse a seus discípulos que
nem mesmo ele sabia a hora da chegada do Messias. Isto é, Jesus perde mais uma
vez sua onisciência. No versículo acima, ele disse que o Messias viria como um
ladrão. E faz uma comparação profundamente infantil com um pai de família.
Segundo Jesus, se um pai de família soubesse a que hora viria o ladrão,
vigiaria então sua casa e não deixaria que ela fosse violada. Da mesma forma,
se o povo soubesse a que hora viria o Filho do Homem, ficaria vigilante, e o
Filho do Homem não teria sucesso em sua empreitada. Percebeu a inocência do
relato? O Filho do Homem, segundo Jesus, viria de surpresa porque, do
contrário, não teria sucesso em sua tarefa, já que o povo, sabendo de antemão,
ficaria prevenido, assim como o exemplo do pai de família. Quer dizer então que
a vigilância do povo neutralizaria o poder do Filho do Homem, por maior que
fosse. Percebeu a ingenuidade do relato bíblico?
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