Neste vídeo, mais um erro de Jesus. É
sempre bom repetir que estou tratando do Jesus das narrativas bíblicas que
estão no Novo Testamento. Não estou, pois, analisando o Jesus histórico, fora
dos relatos bíblicos. O Jesus histórico é um nada.
Em Mateus 24: 34-36, Jesus, no monte das
Oliveiras, diz a seus discípulos acerca dos sinais que antecedem à sua vinda,
descendo sobre as nuvens do céu:
“34 Em verdade vos digo que não
passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
35
Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.
36
Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus,
nem o Filho, senão o Pai.”
Na narrativa bíblica acima, Jesus
estava no monte das Oliveiras, cercado por seus discípulos. Estes perguntam a ele
qual o sinal da vinda do Messias, em grego Cristo, e da consumação do século. E
Jesus responde, apresentando uma sucessão de sinais a anunciar a chegada do
Messias. Só que esses sinais, como mostrei até agora, eram para o tempo de
Jesus, para sua época. Daí a sucessão de erros. E, neste vídeo, mais um. Veja o
que Jesus diz no versículo 34:
“Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto
aconteça.”
Jesus está dizendo a seus discípulos
que a geração de seu tempo não passaria sem a ocorrência dos sinais e sem a
chegada do Filho do Homem. E, para deixar bem clara sua mensagem, Jesus afirma
que o céu e a Terra passarão, mas suas palavras, não! Como sempre digo em meus
vídeos e artigos, para entender Jesus, é preciso estudar os costumes da época
dele. Sem esse estudo, o leitor incidirá facilmente em erros. O mundo de Jesus
não era o nosso mundo. Da mesma forma, o mundo de Pedro Álvares Cabral não era
o nosso mundo. Veja, como exemplo, a palavra “geração”. Qual era o significado
desse substantivo na época de Jesus? Ora, geração era o período equivalente a
40 anos. E, nos relatos bíblicos, Jesus, ao morrer, estava com 30 e poucos anos de idade. Faltavam, pois,
poucos anos para completar uma geração. E Jesus diz que “ESTA” geração, ou
seja, a geração dele, não passaria sem a chegada do Messias. Sim, mas em que
dia, em que hora, o Messias retornaria? Jesus diz aos discípulos que não sabia
o dia nem a hora. Só sabia que ocorreria naquela geração. Veja, pois, o
versículo 36:
“ Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus,
nem o Filho, senão o Pai.”
Jesus, mais uma vez, perde sua
onisciência. Ele sabia que o Messias retornaria em sua geração, mas não sabia o
dia, nem a hora. E o que aconteceu? A geração de Jesus passou. E o Messias não
desceu sobre as nuvens do céu. Ou seja, o céu e a Terra permaneceram íntegros,
mas as palavras de Jesus passaram. Não se realizaram. Qualquer teólogo sério
sabe muito bem que esse retorno de Jesus é uma ilusão, característica do
cristianismo que é uma religião apocalíptica. Religião apocalíptica é aquela
que prega o fim do mundo com a vitória do bem (deuses) sobre o mal (demônios). Em
faculdades de teologia sérias espalhadas principalmente na Europa, ninguém
ensina que Jesus vai descer literalmente do céu, acompanhado por um exército de
anjinhos tocando instrumentos musicais que não existem no mundo celestial.
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