quarta-feira, 8 de março de 2017

JESUS E A GERAÇÃO DO FIM DOS TEMPOS







Neste vídeo, mais um erro de Jesus. É sempre bom repetir que estou tratando do Jesus das narrativas bíblicas que estão no Novo Testamento. Não estou, pois, analisando o Jesus histórico, fora dos relatos bíblicos. O Jesus histórico é um nada.
 Em Mateus 24: 34-36, Jesus, no monte das Oliveiras, diz a seus discípulos acerca dos sinais que antecedem à sua vinda, descendo sobre as nuvens do céu:


“34  Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
 35  Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.
 36  Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.”



Na narrativa bíblica acima, Jesus estava no monte das Oliveiras, cercado por seus discípulos. Estes perguntam a ele qual o sinal da vinda do Messias, em grego Cristo, e da consumação do século. E Jesus responde, apresentando uma sucessão de sinais a anunciar a chegada do Messias. Só que esses sinais, como mostrei até agora, eram para o tempo de Jesus, para sua época. Daí a sucessão de erros. E, neste vídeo, mais um. Veja o que Jesus diz no versículo 34:


“Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.”


Jesus está dizendo a seus discípulos que a geração de seu tempo não passaria sem a ocorrência dos sinais e sem a chegada do Filho do Homem. E, para deixar bem clara sua mensagem, Jesus afirma que o céu e a Terra passarão, mas suas palavras, não! Como sempre digo em meus vídeos e artigos, para entender Jesus, é preciso estudar os costumes da época dele. Sem esse estudo, o leitor incidirá facilmente em erros. O mundo de Jesus não era o nosso mundo. Da mesma forma, o mundo de Pedro Álvares Cabral não era o nosso mundo. Veja, como exemplo, a palavra “geração”. Qual era o significado desse substantivo na época de Jesus? Ora, geração era o período equivalente a 40 anos. E, nos relatos bíblicos, Jesus, ao morrer, estava com 30  e poucos anos de idade. Faltavam, pois, poucos anos para completar uma geração. E Jesus diz que “ESTA” geração, ou seja, a geração dele, não passaria sem a chegada do Messias. Sim, mas em que dia, em que hora, o Messias retornaria? Jesus diz aos discípulos que não sabia o dia nem a hora. Só sabia que ocorreria naquela geração. Veja, pois, o versículo 36:


“ Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.”


Jesus, mais uma vez, perde sua onisciência. Ele sabia que o Messias retornaria em sua geração, mas não sabia o dia, nem a hora. E o que aconteceu? A geração de Jesus passou. E o Messias não desceu sobre as nuvens do céu. Ou seja, o céu e a Terra permaneceram íntegros, mas as palavras de Jesus passaram. Não se realizaram. Qualquer teólogo sério sabe muito bem que esse retorno de Jesus é uma ilusão, característica do cristianismo que é uma religião apocalíptica. Religião apocalíptica é aquela que prega o fim do mundo com a vitória do bem (deuses) sobre o mal (demônios). Em faculdades de teologia sérias espalhadas principalmente na Europa, ninguém ensina que Jesus vai descer literalmente do céu, acompanhado por um exército de anjinhos tocando instrumentos musicais que não existem no mundo celestial.

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