Em Mateus 24: 6, Jesus, no monte das
Oliveiras, diz a seus discípulos acerca dos sinais que antecedem à sua vinda,
descendo sobre as nuvens do céu:
“6 E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede,
não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.”
Eis aqui mais um erro de Jesus. É
sempre bom repetir que estou tratando do Jesus das narrativas bíblicas que
estão no Novo Testamento. Não estou, pois, analisando o Jesus histórico, fora
dos relatos bíblicos. O Jesus histórico é um nada. Digo isso porque algumas
pessoas escrevem em minha página no “You Tube”, afirmando que eu não deveria
falar sobre Jesus porque ele nunca existiu. Na história propriamente dita, não
há Jesus algum, mas nas narrativas bíblicas, sim, existe esse Jesus, aliás,
vários Jesus. Esse Jesus é que é objeto de estudo por parte de todos.
Na passagem bíblica acima, Jesus
estava no monte das Oliveiras. Ao seu lado, os discípulos. Estes perguntam a
Jesus qual seria o sinal da vinda do Filho do Homem e da consumação do século.
E Jesus responde a eles, nomeando vários sinais e aí surgem os inúmeros erros. No
vídeo anterior, mostrei o primeiro erro de Jesus. Ele disse aos discípulos que
o aparecimento de vários falsos cristos era um dos sinais do fim dos tempos.
Jesus, obviamente, pregava o fim para seu tempo, para sua época. O mundo de
Jesus era repleto de “profetas” e de judeus que afirmavam ser o Messias, em
grego Cristo. Por isso mesmo, Jesus dizia que surgiriam vários afirmando ser o
Cristo. Esse era o mundo de Jesus. E o Filho do Homem não retornou à Terra,
descendo pelas nuvens do céu. A pregação de Jesus nada tem a ver com os mundos
que surgiriam depois. Nada tem a ver, por exemplo, com o mundo em que vivemos
hoje. Atualmente, os falsos cristos desapareceram, não existem mais. Em Israel,
hoje, você não encontra um judeu sequer afirmando ser o Cristo. Isso é coisa do
passado. Fantasia da época de Jesus. E neste vídeo Jesus comete outro erro
relativo ao seu conhecimento limitado. Ele afirma que, antes da volta do Filho
do Homem, surgiriam guerras e rumores de guerra. Percebeu, como Jesus via o
mundo sob a visão de seu tempo? Como é comum, as pessoas escrevem de acordo com
seus conhecimentos limitados, de acordo com aquilo que ocorre em seu mundo. E
com Jesus não seria diferente. Jesus era judeu. Vivia em Israel. Para que você
entenda o erro de Jesus, basta comparar o Estado de Israel de seu tempo com
Israel do fluente ano (2017). O Estado de Israel da época de Jesus, há 2 mil
anos, estava sob domínio dos romanos. Hoje, Israel é um Estado livre,
independente e democrático. O Estado de Israel da época de Jesus estava
infestado pela fome e analfabetismo. Atualmente, é um estado com fartura e um
excelente índice de educação. O Estado de Israel da época de Jesus vivia
mergulhado em guerras e conflitos sociais. Atualmente, os conflitos são
ínfimos, apenas com os palestinos e por causa de terras. Como se vê facilmente,
o Israel de hoje é muito diferente do Israel do tempo de Jesus. Já que Jesus
vivia num mundo movido por guerras, e como ele pregava a vinda do Filho do
Homem para sua época, é óbvio que iria erroneamente ver a ocorrência de guerras
como um sinal do fim dos tempos. Você está entendendo, não é mesmo? Jesus, para
onde olhava, via guerras e guerras. Daí ter afirmado que as guerras seriam mais
um sinal de que o Filho do Homem estava para chegar com poder e glória. E as
guerras continuaram, Jesus morreu, os discípulos morreram e o Filho do Homem
não chegou. Se Jesus fosse vivo hoje, e tivesse o prazer de retornar a Israel,
morreria de ataque cardíaco ao ver tudo diferente.
É uma ignorância sem fim associar
guerras ao retorno de Jesus ao planeta Terra. Só para ilustrar essa fantasia religiosa,
se as guerras fossem um sinal da proximidade da volta de Cristo, o mundo teria
sido extinto há 2 mil anos quando as guerras davam as cartas. O mundo de Jesus
estava mergulhado num mar de guerras. O mundo atual, não! O mundo antigo era
muito bárbaro, infestado de guerras. Veja, por exemplo, o nosso país, o Brasil.
Atualmente, não existem guerras e conflitos sociais armados em todo o
território brasileiro. Somente a paz. Mas no passado o quadro não era esse.
Basta abrir qualquer livro de história do Brasil para conhecer essa verdade. Em
1838, houve a revolta dos balaios, no Estado do Maranhão. Em 1835, a guerra dos
cabanos, no Estado do Pará. No mesmo ano, a guerra dos farrapos, no Estado do
Rio Grande do Sul, terra do Ferreira Rassier. E fora do Brasil, no mundo
antigo, as guerras eram intensas. Na verdade, se as guerras estivessem
relacionadas ao fim do mundo, esse teria sido extinto na época da Idade da
Pedra Lascada quando nem havia Jesus, Maomé, Buda, Confúcio, Zaratustra, Sílvio
Santos, Tiririca, Ferreira Rassier, Edson Martins, Telmo Gama, Aparecido
Bebedouro, Divino Moab e outros.
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