sexta-feira, 3 de março de 2017

JESUS, AS GUERRAS E O FIM DOS TEMPOS





Em Mateus 24: 6, Jesus, no monte das Oliveiras, diz a seus discípulos acerca dos sinais que antecedem à sua vinda, descendo sobre as nuvens do céu:



“6 E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.”


Eis aqui mais um erro de Jesus. É sempre bom repetir que estou tratando do Jesus das narrativas bíblicas que estão no Novo Testamento. Não estou, pois, analisando o Jesus histórico, fora dos relatos bíblicos. O Jesus histórico é um nada. Digo isso porque algumas pessoas escrevem em minha página no “You Tube”, afirmando que eu não deveria falar sobre Jesus porque ele nunca existiu. Na história propriamente dita, não há Jesus algum, mas nas narrativas bíblicas, sim, existe esse Jesus, aliás, vários Jesus. Esse Jesus é que é objeto de estudo por parte de todos.
Na passagem bíblica acima, Jesus estava no monte das Oliveiras. Ao seu lado, os discípulos. Estes perguntam a Jesus qual seria o sinal da vinda do Filho do Homem e da consumação do século. E Jesus responde a eles, nomeando vários sinais e aí surgem os inúmeros erros. No vídeo anterior, mostrei o primeiro erro de Jesus. Ele disse aos discípulos que o aparecimento de vários falsos cristos era um dos sinais do fim dos tempos. Jesus, obviamente, pregava o fim para seu tempo, para sua época. O mundo de Jesus era repleto de “profetas” e de judeus que afirmavam ser o Messias, em grego Cristo. Por isso mesmo, Jesus dizia que surgiriam vários afirmando ser o Cristo. Esse era o mundo de Jesus. E o Filho do Homem não retornou à Terra, descendo pelas nuvens do céu. A pregação de Jesus nada tem a ver com os mundos que surgiriam depois. Nada tem a ver, por exemplo, com o mundo em que vivemos hoje. Atualmente, os falsos cristos desapareceram, não existem mais. Em Israel, hoje, você não encontra um judeu sequer afirmando ser o Cristo. Isso é coisa do passado. Fantasia da época de Jesus. E neste vídeo Jesus comete outro erro relativo ao seu conhecimento limitado. Ele afirma que, antes da volta do Filho do Homem, surgiriam guerras e rumores de guerra. Percebeu, como Jesus via o mundo sob a visão de seu tempo? Como é comum, as pessoas escrevem de acordo com seus conhecimentos limitados, de acordo com aquilo que ocorre em seu mundo. E com Jesus não seria diferente. Jesus era judeu. Vivia em Israel. Para que você entenda o erro de Jesus, basta comparar o Estado de Israel de seu tempo com Israel do fluente ano (2017). O Estado de Israel da época de Jesus, há 2 mil anos, estava sob domínio dos romanos. Hoje, Israel é um Estado livre, independente e democrático. O Estado de Israel da época de Jesus estava infestado pela fome e analfabetismo. Atualmente, é um estado com fartura e um excelente índice de educação. O Estado de Israel da época de Jesus vivia mergulhado em guerras e conflitos sociais. Atualmente, os conflitos são ínfimos, apenas com os palestinos e por causa de terras. Como se vê facilmente, o Israel de hoje é muito diferente do Israel do tempo de Jesus. Já que Jesus vivia num mundo movido por guerras, e como ele pregava a vinda do Filho do Homem para sua época, é óbvio que iria erroneamente ver a ocorrência de guerras como um sinal do fim dos tempos. Você está entendendo, não é mesmo? Jesus, para onde olhava, via guerras e guerras. Daí ter afirmado que as guerras seriam mais um sinal de que o Filho do Homem estava para chegar com poder e glória. E as guerras continuaram, Jesus morreu, os discípulos morreram e o Filho do Homem não chegou. Se Jesus fosse vivo hoje, e tivesse o prazer de retornar a Israel, morreria de ataque cardíaco ao ver tudo diferente.
É uma ignorância sem fim associar guerras ao retorno de Jesus ao planeta Terra. Só para ilustrar essa fantasia religiosa, se as guerras fossem um sinal da proximidade da volta de Cristo, o mundo teria sido extinto há 2 mil anos quando as guerras davam as cartas. O mundo de Jesus estava mergulhado num mar de guerras. O mundo atual, não! O mundo antigo era muito bárbaro, infestado de guerras. Veja, por exemplo, o nosso país, o Brasil. Atualmente, não existem guerras e conflitos sociais armados em todo o território brasileiro. Somente a paz. Mas no passado o quadro não era esse. Basta abrir qualquer livro de história do Brasil para conhecer essa verdade. Em 1838, houve a revolta dos balaios, no Estado do Maranhão. Em 1835, a guerra dos cabanos, no Estado do Pará. No mesmo ano, a guerra dos farrapos, no Estado do Rio Grande do Sul, terra do Ferreira Rassier. E fora do Brasil, no mundo antigo, as guerras eram intensas. Na verdade, se as guerras estivessem relacionadas ao fim do mundo, esse teria sido extinto na época da Idade da Pedra Lascada quando nem havia Jesus, Maomé, Buda, Confúcio, Zaratustra, Sílvio Santos, Tiririca, Ferreira Rassier, Edson Martins, Telmo Gama, Aparecido Bebedouro, Divino Moab e outros.

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