Leitor amigo,
No vídeo anterior 2 sacrifícios para Deus, fiz uma análise sobre atrocidades praticadas por um casal cristão fanático, na cidade Rexburg, estado de Idaho, nos EUA, em junho de 2020, há 2 anos e 3 meses. Chad Daybell e Lory Vallow, cristãos fanáticos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons), entre outras coisas, mataram e queimaram o menino Colby, 7 anos, e a menina Tylee, 17 anos, filhos de Lory, em sacrifício ao deus da Bíblia, inspirando-se na lenda bíblica do sacrifício de Isaque, que está no livro de Gênesis.
Em toda a história do homem na Terra (2 milhões de anos), jamais um casal ateu matou e queimou um animal irracional, muito menos um ser humano, em sacrifício a qualquer deus. Jamais! É o homem religioso que, em muitos casos, adora sacrifícios e holocaustos. É por isso também que Edson Martins, residente em Rio Grande da Serra, no estado de São Paulo, sempre escreve:
"Não existe coisa pior que as religiões para fazer o homem de idiota.”
Nesse vídeo, caro leitor, vou trazer mais um fato horroroso ocorrido também nos EUA, e novamente com cristãos fanáticos, “profetas” da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons). Por que trago esse caso? Ora, trago esse caso porque foi lançado, neste ano, na NETFLIX. Se você, leitor amigo, for assinante, procure o excelente documentário Rezar e Obedecer, com 4 episódios. Antes de entrar no assunto, é bom explicar uma coisa. Veja, leitor, o quadro abaixo:
Os nomes são parecidos, não é mesmo, leitor? Eles são diferentes apenas no adjetivo “fundamentalista”. Qual o motivo da diferença? O motivo é simples. No quadro, à esquerda, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sem a palavra “fundamentalista”. O espertalhão e lunático Joseph Smith (1805 - 1844) foi o fundador da igreja, hoje, uma das mais ricas da Terra, com sede na cidade de Salt Lake City, nos EUA. Desde o início, os conhecidos mórmons pregavam o casamento plural, ou seja, a poligamia, na modalidade poliginia, um homem casado com duas ou mais mulheres, no mesmo formato do mundo da Bíblia. Como os EUA já haviam adotado o monoteísmo, apenas um homem com apenas uma mulher, houve o choque, o conflito. O espertalhão Joseph Smith e seus seguidores foram perseguidos pelo estado norte-americano a fim de abandonarem a prática da poligamia. Após anos e anos sob fortes pressões e perseguições, os mórmons resolveram abandonar a prática da poligamia.
E o que aconteceu? Ora, os mórmons que não concordavam com o fim da poligamia, resolveram sair da Igreja tradicional, fundando outra com o nome Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Entendeu agora, leitor, a diferença? Na Igreja Fundamentalista, os mórmons praticam até hoje a poligamia. É comum você ver, lá, nos EUA, um mórmon vivendo com várias mulheres.Já os mórmons da Igreja tradicional hoje são contra a poligamia. Eis a diferença.
Os fatos que você, leitor, verá aqui, se referem aos membros da Igreja Fundamentalista, que defendem a poligamia, um homem com duas ou mais mulheres. Em destaque, o “profeta” Rulon Jeffs e, depois de sua morte, seu filho Warren Jeffs. Na verdade, não existe esse negócio de “profeta”. Alguns líderes religiosos espertalhões dizem que são “profetas”, que conversam com o deus da Bíblia, e os pobres fiéis passam a acreditar nessa enganação. Como diz o Edson Martins, não existe coisa pior que as religiões para fazer o homem de idiota. Deus algum existe, deus algum conversa com alguém. Se alguém lhe disser que conversou com um deus qualquer, essa pessoa está pensando que você é um idiota. Muito cuidado, leitor!
Nesse maravilhoso documentário, mulheres que foram estupradas pelos 2 “profetas”, na época crianças e adolescentes menores, narram o sofrimento que vivenciaram dentro da igreja cristã. Logo no início, aparece a passagem bíblica que está em Efésios, capítulo 5, versículo 22:
“Esposas, sujeitai-vos a vossos próprios maridos, como ao Senhor.”
Na Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, a mulher era considerada um ser inferior ao homem, uma propriedade do marido. O texto acima foi atribuído ao apóstolo cristão Paulo de Tarso, o verdadeiro fundador do cristianismo. Está escrito aí que a esposa deve ser submissa ao marido, como também é submissa a Jesus. Quando uma mulher cristã elogia a Bíblia, é fácil ver que a lavagem cerebral está presente. Como é possível uma mulher elogiar um conjunto de livros que a coloca numa posição de inferioridade diante do homem? Se uma mulher cristã brasileira de hoje estivesse vivendo na época do apóstolo Paulo de Tarso, choraria de sofrimento todos os dias.
A primeira mulher que aparece falando no documentário é a Rebecca Wall, filha de uma família rica. Ela, segurando o choro, narra seu sofrimento quando era membro da Igreja Fundamentalista. Na época, o chefe maior era o “profeta” cristão Rullon Jeffs, que estava com 86 anos de idade. Rebecca diz que realmente acreditava ser a poligamia uma ordem dada pelo deus da Bíblia. Quando chegou aos 19 anos de idade, linda, seu pai, Lloyd Wall, a entregou, como esposa, ao “profeta” Rullon Jeffs, repito, com 86 anos de idade. Ela jamais queria se casar com um velho, porém, não havia saída. O “profeta” dizia-lhe que era ordem do deus bíblico, e a pobre jovem acreditava nessa maluquice. O pai dela, Lloyd Wall, também cristão fanático, louco pelo “profeta” Rullon, tinha 2 esposas: Myrna, 1ª esposa, com quem teve 9 filhos, e Sharon, 2ª esposa, com quem teve 14 filhos. Rebecca diz também que pensava ser o “profeta” um homem imortal, que não morreria. No dia 6 de agosto de 1998, estava no quarto com ele, quando percebeu que o velho havia abaixado a cabeça. Teve um derrame, ficou inutilizado. Morreu no dia 8 de setembro de 2002. Os membros da Igreja diziam que o “profeta” ressuscitaria durante o sepultamento. Rebecca estava aguardando, pensando mesmo que haveria a ressurreição. Seu filho Warren Jeffs assumiu o comando, e a situação ficou ainda pior.
A segunda mulher a falar no documentário é a Elissa Wall, irmã de Rebecca. Ela diz que foi a 19ª filha de seu pai, Lloyd Wall. Acreditava também que o “profeta” Rullon era o representante do deus bíblico na Terra. E aí seu pai a entregou também ao velho tarado.
Wallace Jeffs também fala no documentário. Ele é um dos filhos do “profeta” Rulon. Diz que seu pai teve 62 filhos com 23 esposas. Rulon lhe dizia que o homem deve ter, no mínimo, 3 esposas para alcançar o céu. Diz também que as mulheres na Igreja eram consideradas uma propriedade do homem.
A terceira mulher a narrar seu sofrimento é a Alícia Rohbock. Com apenas 20 anos de idade, foi forçada a ser mais uma das esposas do “profeta” Rulon, que estava com 86 anos. Ela diz que amava um garoto da Igreja, mas teve seus sonhos defeitos. Narra que, quando recebeu o primeiro beijo na boca, ficou com nojo, com vontade de vomitar, colocando listerine, aquele líquido que proporciona um bom hálito.
A quarta mulher a comentar sobre seu sofrimento foi a Ruby Jessop. Vivendo na comunidade da Igreja, aos 14 anos de idade, era apaixonada por um rapaz chamado Joe Rohbock, também cristão fanático, mas não podia revelar essa paixão. Num dado dia, foi chamada pelo “profeta” Warren Jeffs, substituto de seu pai Rulon, que havia falecido. O “profeta”, que ficou com todas as mulheres do pai, lhe disse que ela se casaria com um primo de 2º grau. Ruby ficou desesperada, conhecia o primo, mas não gostava dele. Chorou diante do “profeta” Warren, pedindo-lhe que não a obrigasse a se casar com o primo, mas o “profeta” lhe disse que o deus da Bíblia havia dito aquilo a ele, ela não podia desobedecer à ordem do deus bíblico. Ela se casou, mas, num certo dia, resolveu fugir da comunidade. Dias depois, longe dali, aparece diante dela o Joe Rohbock, fanático cristão por quem ela era apaixonada, a mando do “profeta”, sem que ela soubesse. Joe pediu que ela voltasse para a comunidade da Igreja porque o “profeta” havia dito que casaria os dois. Tudo mentira! Ela acreditou, voltou para a Igreja e foi obrigada a ficar com o esposo Haven, seu primo. No documentário, Joe Rohbock, fora da Igreja hoje, fala também sobre seu relacionamento com ela.
O “profeta” cristão Warren Jeffs, além de ter ficado com as esposas de seu pai, pegou mais esposas ainda, menores de idade, configurando estupros, mas tudo isso não chegava ao conhecimento da polícia. Pais cristãos entregavam suas próprias filhas para a satisfação sexual do “profeta”, pensando que estavam agindo conforme a vontade do deus da Bíblia. Warren proibiu também qualquer tipo de divertimento (televisor, vídeos, livros) e instituiu para as mulheres o uso obrigatório de roupas cobrindo quase o corpo todo, do pulso aos pés. E fixou os tipos de cortes de cabelo, somente para as mulheres, claro. E elas aceitavam porque ele lhes dizia que o deus bíblico havia estabelecido essas regras. Como diz o Edson Martins, nada pior que as religiões para fazer o homem de idiota!
A cada dia, a Igreja ia ficando mais rica, apossando-se dos bens dos fiéis (imóveis, empresas, carros, máquinas agrícolas). Os adolescentes eram usados como mão de obra gratuita, nas várias construções da comunidade. Em fevereiro de 2002, as olimpíadas chegaram à cidade de Salt Lake City. O “profeta” Warren havia propagado que, se as olimpíadas chegassem à cidade, a Terra seria destruída pelo deus da Bíblia, com Jesus voltando pelas nuvens. As olimpíadas chegaram. E o que aconteceu, leitor? Calma, muita calma nessa hora! O “profeta” disse aos membros da comunidade da Igreja que vendessem seus imóveis e fossem para a localidade de Short Creek, na fronteira entre Utah e Arizona. No documentário, aparecem os fiéis deixando, de carro, em filas imensas, Salt Lake City. Dez mil pessoas acreditaram no “profeta”, aguardando a volta de Jesus. Como é óbvio, Jesus algum apareceu. Em Short Creek, muitos fiéis perguntaram ao “profeta” por que sua revelação não se concretizou, ou seja, porque Jesus não desceu pelo céu. E o “profeta”, muito esperto, disse àqueles abestados que o deus da Bíblia havia mudado de ideia, que resolveu fazer apenas um teste. E os fiéis acreditaram de novo. Não se esqueça, leitor, das palavras do Edson Martins: nada pior que as religiões para fazer o homem de idiota.
Muito bem! E, a partir de quando, a coisa começou a ficar feia para o “profeta” cristão Warren Jeffs? Até então nenhuma autoridade de Short Creek ligava para essas maldades praticadas contra mulheres fiéis cristãs e, pior ainda, contra crianças. Policiais, comerciantes e muitos ricos da região também eram membros da Igreja e sabiam de tudo, mas nada faziam. Então, a partir de quando a coisa começou a ficar feia para o “profeta” Warren Jeffs? Ora, graças à ação do detetive particular, Sam Brower, e do jornalista Mike Watkiss.
Em 2004, o detetive Sam Brower viu, num jornal, que o “profeta” Warren havia expulsado da comunidade vários garotos do sexo masculino, que passaram a viver perambulando pelas ruas. Veja, leitor, como a lavagem cerebral religiosa é forte. Esses garotos aparecem no documentário, sentados no chão. Seus pais, adoradores do “profeta”, rejeitaram os próprios filhos. A partir daí, Sam Brower passou a dedicar atenção à Igreja do “profeta”. Entra em cena o jornalista Mike Watkiss, que começa a investigar a vida dos cristãos fundamentalistas. Encontrou um policial polígamo, Rod Holm, levando-o a julgamento, tendo sido condenado por ter se casado com uma menor. O “profeta” Warren já começou a ficar com medo. Sabe o que ele fez, leitor? Não, não orou ao deus da Bíblia. Fugiu, leitor, isso mesmo, fugiu! Foi para uma fazenda em Eldorado, no Texas. Lá, com muito dinheiro oriundo dos fiéis bobos, passou a construir vários imóveis, inclusive uma grande igreja, dizendo aos fiéis que era a terra prometida pelo deus bíblico. E os fiéis foram para lá. E já havia mandado de prisão contra ele.
No dia 28 de agosto de 2006, a polícia, à noite, vê um carro com a placa meio apagada, na estrada deserta, dando ordem para que o motorista parasse o veículo. Adivinhe, leitor, quem estava no carro? Isso mesmo: Warren Jeffs, seu irmão Isaac Jeffs e uma mulher. A cena também está no documentário. Os 3 foram presos, encaminhados a uma penitenciária. Em 13 de setembro de 2007, a realização da primeira audiência. Warren, ainda preso desde 2006, comparece algemado e escoltado. Mulheres vítimas do abuso sexual são ameaçadas por cristãos fanáticos ligados ao “profeta”. Ao ser chamada pelo juiz para depor, Elissa Wells, chorando, diz que foi obrigada a se casar com o “profeta” quando tinha apenas 14 anos de idade. Segundo as leis americanas, estava configurado o estupro. E seguiram outras acusações. 12 dias depois, em 25 setembro de 2007, o “profeta” foi condenado por 2 estupros. Em 3 de abril de 2008, uma garota da Igreja, com apenas 16 anos de idade, abre a boca, dizendo que tem um filho do “profeta” e está grávida de novo. No dia seguinte, a polícia vai à fazenda, com uma ordem judicial para retirar todas as crianças. 421 crianças são colocadas em ônibus e levadas para a cidade, sob o desespero das mães cristãs fanáticas. Em seguida, a polícia entra em contato com Rebecca Wall, solicitando-lhe ajuda para pôr a mão em mais provas contra o “profeta”. Ela diz à polícia que, na igreja, existe um cofre numa sala secreta, com vários documentos. No dia seguinte, a polícia entra no luxuoso templo, encontrando o cofre. Ao abri-lo, mais provas contra o “profeta”: certidões de casamento com meninas com 13 e 14 anos, áudios do “profeta”, com sua própria voz, orientando crianças a fazer carinhos sexuais, fotos de crianças nuas etc. Diante dessas provas, o “profeta” foi condenado por vários estupros. Possuía 78 esposas, sendo 24 delas menores de idade. No total, foi condenado a 100 anos de prisão. Infelizmente, na prisão, recebe visitas de fiéis que estão à frente da Igreja, sendo considerado ainda um homem do deus bíblico.
Você, leitor, já esqueceu o que o Edson Martins disse? Vou repetir aqui. Ele disse o seguinte:
“Não existe coisa pior que as religiões para fazer o homem de idiota!”
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