Leitor amigo,
Alexandre Aganete mora em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Possui um canal no You Tube, cujo link aparece logo abaixo para que você, leitor, possa acessá-lo.
Sábado passado, dia 5 de fevereiro do corrente ano, ele colocou em seu canal um vídeo meu com um novo título Professor Eustáquio explica incoerência de Mateus 2:15. O internauta Herbert Delano afirmou que adorou o vídeo e, logo em seguida, forneceu ao Alexandre 2 ideias para que fossem feitos os vídeos. Li as ideias do Herbert endereçadas ao Alexandre, e não a mim, mas, por achá-las sábias, resolvi fazer os vídeos, antecipando-me ao Alexandre. Para esse vídeo, eis a primeira ideia de Herbert:
“Faz um vídeo falando sobre como curioso fato de deus ter se tornado um curandeiro bem melhor depois medicina e ciência evoluíram e com isso aumento muito a expectativa de vida das pessoas, ou seja, não e milagre não e ciência e medicina mesmo.”
Você, leitor, entendeu o que o Herbert está pedindo ao Alexandre Aganete? Se não entendeu, entenderá agora. Herbert solicita que Alexandre faça um vídeo sobre um fato curioso. Que fato? Ora, o poder de cura do Deus dos cristãos após a evolução da Ciência e da Medicina. Herbert, inteligentíssimo, está afirmando que o Deus dos cristãos, após as grandes descobertas alcançadas pela Ciência e pela Medicina, tem se tornado um curandeiro de primeira categoria. E, num tom irônico, ele diz que, na verdade, deus algum cura, mas a Ciência, a Medicina.
Muito bem! Esse Herbert é um cabra bom! De fato, deus algum existe, deus algum cura alguém. É o homem que, desde os primórdios, cria deuses conforme sua cultura. E é o homem que cura a si próprio desde as eras patriarcais. Para entrar no tema ventilado por Herbert, peguemos, de início, o câncer. No mundo antigo, por exemplo, no mundo da Bíblia, o câncer era uma doença incurável. Nunca apareceu um deus para salvar uma pessoa portadora dessa calamidade. Por quê? Ora, porque era incurável! Então, quando não havia cura para o câncer, os deuses tinham seu poder reduzido. Somente após a evolução da Ciência na área da Medicina, com o surgimento de cura para alguns tipos de câncer, principalmente em sua fase inicial, é que os deuses se tornaram mais eficientes. Por exemplo, hoje, quando um cristão, depois de um sofrimento intenso, vence um câncer, ele diz que seu Deus o salvou. Na verdade, como bem o disse o Herbert, esse cristão foi salvo graças à Ciência, graças à Medicina, que evoluíram e muito. Se esse cristão tivesse vivido na época do Novo Testamento, na Palestina, não teria invocado deus algum porque a cura era inexistente. Para o povo daquela época, os deuses tinham poderes reduzidos. E a Tuberculose? No mundo antigo, era tão fatal quanto o câncer. Os deuses tinham seu poder reduzido, não conseguiam curar alguém com esse problema pulmonar. Nosso poeta Castro Alves morreu com apenas 24 anos de idade, vitimado por esse mal incurável na época. Os deuses nada podiam fazer, dada a limitação de seus poderes. Atualmente, graças à Ciência, à Medicina, a tuberculose é totalmente curável. E os deuses invocados pelos fiéis ganharam fama, apoiaram-se nos ombros da Ciência e hoje se tornaram mais eficientes. Na verdade, deus algum existe, deus algum cura alguém. É a Ciência que realmente cura. E, aproveitando aqui Castro Alves, em 1869, ele sofreu um acidente com uma espingarda, com uma carga de chumbo entrando em seu pé esquerdo. Perda total do pé! Foi obrigado a amputá-lo, diga-se, sem anestesia. Imagine a dor! Naquele ano, a anestesia ainda não havia chegado ao Brasil. Assim, os deuses invocados eram incapazes de anular a dor durante a amputação de órgãos. Com o surgimento da anestesia, o quadro mudou. Atualmente, quando um cristão tem, por exemplo, um pé amputado sem dor, ele agradece a seu Deus. Não, deveria louvar o desenvolvimento da Ciência, da Medicina. Se essa amputação tivesse ocorrido há muitos anos, a dor seria extrema sem que seu Deus nada pudesse fazer.
É simples, pois, entender que os deuses imaginados atuam como parasitas, fazendo sucesso em ombros alheios. Em épocas de doenças incuráveis, deuses ineficientes. Em épocas marcadas pelo avanço da Ciência e, em especial, da Medicina, deuses eficientes.
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