Esse é o 4º vídeo sobre o manual “Lições Bíblicas, 3º trimestre de 2002, Ética Cristã, confrontando as questões morais”. Na página 39, está escrito:
“2. Em Atos dos Apóstolos.
No capítulo 5, vemos o caso de Ananias e Safira, sua esposa: ambos fulminados um após o outro, por terem mentido, usando de falsidade ideológica, num ato indigno, de apropriação indébita do dinheiro que não lhes pertencia. (...) Notemos que Deus aplicou a pena capital através dos apóstolos, fato que não voltou a ocorrer na Igreja Primitiva. Certamente isso aconteceu para mostrar que os praticantes de pecados desta natureza são passíveis de juízo, caso não se arrependam.”
Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, judeu e ateu, afirmou que a crença religiosa conduz o homem a um estado semelhante ao de amência (demência), uma confusão alucinatória radiante. O homem religioso não consegue fazer um exercício de raciocínio.
O manual das Assembleias de Deus, no trecho acima, traz mais uma prova da afirmação freudiana. É dito que, no Novo Testamento, precisamente em Atos dos Apóstolos, capítulo 5º, aparece mais um relato que mostra o valor da ética cristã. Ora, na verdade, nessa lenda, pode existir tudo, menos ética. O cristão que escreveu essa lenda tinha um objetivo claro: levar o medo àquelas pessoas ignorantes da Palestina para que, ao venderem algum bem, deveriam levar o dinheiro total aos apóstolos cristãos. E o que ocorreria se eles não fizessem isso, se não levassem o dinheiro? Resposta: o deus hebreu os castigaria com a morte. Como os cristãos eram e são apaixonados pelo vil metal!
Por favor, leitor amigo, após assistir a esse vídeo, abra sua Bíblia e leia o capítulo 5º de Atos dos Apóstolos. Vou narrá-lo nos mínimos detalhes. O casal Ananias e Safira resolveu vender uma propriedade, um imóvel. Com o dinheiro da venda, os dois resolveram ficar com a maior parte, levando o restante ao discípulo Pedro. Ananias levou o dinheiro, dizendo à esposa que voltaria logo. Pedro, percebendo que Ananias estava mentindo, que com certeza o imóvel fora vendido por um preço maior, com raiva, invocou o deus hebreu que imediatamente matou o pobre homem. Ananias, coitado, caiu ao chão, morto. Cristãos seguidores de Pedro cobriram o cadáver e o sepultaram. A pobre esposa Safira, em casa, aguardava o retorno do marido. Nada! Começou a ficar preocupada! 3 horas depois da saída do marido, Safira resolveu ir ao encontro do discípulo Pedro. Chegando lá, perguntou a ele sobre o paradeiro do marido. Pedro, antes de qualquer coisa, perguntou-lhe se o casal realmente havia vendido o imóvel pelo dinheiro trazido por Ananias. Safira, mentindo, disse que sim. E, novamente, Pedro, com raiva, invocou o deus hebreu que matou também a pobre mulher. Apareceram, então, de novo, cristãos que levaram o cadáver para sepultamento.
Eis, caro leitor, mais uma lenda cristã monstruosa, que nada tem de ética! Repito: o cristão que inventou essa história o fez para levar o medo àquelas pessoas analfabetas que infestavam a Palestina há 2 mil anos a fim de que, quando vendessem algum bem, levassem o dinheiro por completo ao discípulo Pedro. O manual das Assembleias de Deus traz:
“(...) o caso de Ananias e Safira, sua esposa: ambos fulminados um após o outro, por terem mentido, usando de falsidade ideológica, num ato indigno, de apropriação indébita do dinheiro que não lhes pertencia.”
Ora, o manual diz que o casal Ananias e Safira foram fulminados pelo deus hebreu por causa da “apropriação indébita do dinheiro que não lhes pertencia”. É muita maluquice, leitor amigo! Ora, não existe a apropriação indébita do dinheiro. Ao contrário! A propriedade era do casal, registrada no nome do casal, PERTENCIA ao casal. Logo, o dinheiro da venda era do casal, pertencia ao casal. E o maluco manual diz que o dinheiro não pertencia ao casal. Por favor, leitor, não ria porque seus risos estão me atrapalhando aqui. É fácil ver que esses manuais evangélicos são extremamente bobos, só fazem sucesso num público não menos bobo. E o manual continua:
“ (... ) Notemos que Deus aplicou a pena capital através dos apóstolos.”
O manual está a dizer que o deus hebreu aplicou a pena capital (pena de morte) ao pobre casal por meio dos apóstolos. Por quê? Porque Ananias e Safira mentiram! É ou não é uma lenda hedionda, caro leitor? Existe ética nisso? Vê-se que a “ética cristã” é uma coisa realmente horrorosa. Deus algum existe, deus algum castiga quem mente. Na Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, nas lendas, o próprio deus hebreu mentiu demasiadamente e não se suicidou. Os personagens bíblicos lendários mentiram também e não foram punidos. Dos discípulos do Jesus das narrativas lendárias do Novo Testamento, Pedro é o que mais mentiu diante do próprio Jesus e não foi fulminado pelo deus hebreu.
O versículo 11, o último da lenda do casal Ananias e Safira, traz a finalidade:
“E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos.”
O cristão que inventou essa história macabra, nesse versículo, para amedrontar os analfabetos da época, escreveu que a notícia desse castigo do deus hebreu se espalhou por todas as regiões da Palestina. Ai daqueles que, ao venderem algum bem, não trouxessem o dinheiro por completo aos apóstolos cristãos!
TEMPLO é DINHEIRO!
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