quinta-feira, 30 de setembro de 2021

A BÍBLIA É O MELHOR MANUAL ÉTICO

                                      Esse é o 5º vídeo sobre o manual “Lições Bíblicas, 3º trimestre de 2002, Ética Cristã, confrontando as questões morais”. Na página 4, está escrito:




“Entender o que é certo e o que é errado, num mundo em que estão invertidos os valores morais gravados por Deus na consciência do ser humano e ao mesmo tempo exarados no Livro do Senhor, não é tarefa fácil. Graças a Deus, temos o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu: a Palavra de Deus. Ela é lâmpada e luz divinas, tanto para nosso ser interior como para nosso viver exterior.”

 


Para iniciar, mais uma vez, trago o judeu e ateu Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise. Freud deixou registrado que o homem religioso faz uso de fundamentações miseráveis para seu juízo, para seus pontos de vista. Essa verdade é confirmada, mais uma vez, pelo manual bíblico das Assembleias de Deus. No trecho acima, o manual diz que a Bíblia é “o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu”. Ora, quem afirma que a Bíblia é o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu, faz uma afirmação falsa, sem fundamentação lógica e sem fundamentação histórica. É apenas uma afirmação com carga religiosa, ingênua e sem apoio nos fatos históricos. Por exemplo, a Bíblia é um conjunto de livros que incentiva invasões de terras alheias. Isso é ético? Claro que não! A Bíblia é um conjunto de livros que louva a intolerância religiosa, ou seja, que persegue, tortura e mata pessoas que creem em outros deuses, além de Javé. Isso é ético? Claro que não! A Bíblia é um conjunto de livros que aplaude a escravização de seres humanos. Isso é ético? Claro que não! A Bíblia é um conjunto de livros que prega a inferioridade da mulher. Isso é ético? Claro que não! E assim por diante. Faça, leitor amigo, apenas uma comparação. Compare a Bíblia com nossa Constituição Federal atual. Faça isso agora mesmo e verá a diferença. As monstruosidades que estão na Bíblia não estão em nossa Constituição. Você, leitor, sim, pode dizer que nossa Constituição é o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu. A Constituição brasileira, ao contrário da Bíblia, condena invasões de terras alheias, aplaude a liberdade religiosa, garante a tolerância religiosa, isto é, qualquer pessoa pode adorar os deuses que quiser, trata com igualdade o homem e a mulher, proíbe a escravização de seres humanos etc. É fácil ver que, quando um cristão elogia a Bíblia, ele não tem a menor ideia do que está elogiando. O manual das Assembleias de Deus diz:




“(...) Graças a Deus, temos o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu: a Palavra de Deus.”




Isso é um absurdo, caro leitor! Em primeiro lugar, deus algum existe, deus algum deixou palavra alguma registrada em livro algum. Em segundo lugar, a Bíblia está longe de ser um referencial ético recomendável às pessoas. Para esse vídeo, vou trazer uma monstruosidade bíblica que nada tem de ética, mas que loucamente é elogiada por cristãos: a invasão de terras alheias!  O início da civilização hebraica propriamente dito começa com a lenda da família de Abraão, que está no livro de Gênesis, capítulo 12. Veja o primeiro versículo:


“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.”







Nesse relato lendário bíblico, o deus hebreu determina que Abrão, depois chamado de Abraão, saia da terra dele (Ur, atual Iraque) e vá para Canaã, terra de outros povos. Aqui, a monstruosidade bíblica, aqui o incentivo a invasões de terras alheias. O povo da Bíblia sempre esteve ligado a conflitos envolvendo terras, o que era muito comum naquela época. Invadir terras alheias, roubando bens e matando moradores, era uma realidade naquela época. Na passagem lendária bíblica acima, o deus hebreu é o causador maior da desgraça. Ele determina que Abrão saia de sua terra para roubar terras que pertencem a outros povos. Eis a maldade, eis a inexistência de ética! E, pasmem, os cristãos embalados pela fé, enganados pelos discursos de líderes cristãos, louvam essa ordem do deus bíblico imaginário. Eu, Eustáquio, desde que me entendo por gente, lá, em Sobral, no Ceará, aprendi principalmente de meus pais que ninguém deve invadir terras que pertencem a outros povos, que ninguém deve roubar bens de outras pessoas. E, pasmem, cristãos dizem isso, porém, elogiam a Bíblia que incentiva essa monstruosidade. É maluquice um cristão qualquer ser contra a invasão de terras alheias e, ao mesmo tempo, afirmar que a Bíblia é o melhor referencial ético que o mundo já viu, pois ela elogia a invasão de terras alheias. Entendeu, leitor? 



Na lenda bíblica, Abraão jamais deveria ter saído de sua terra natal. Deveria ter ficado lá, em Ur, atual Iraque. Mas o problema é que o deus hebreu estragou tudo. Mandou que Abraão abandonasse sua terra para se dirigir a Canaã, terra que pertencia a outros povos: filisteus, heteus, heveus, amorreus, cananeus etc. O deus hebreu é o único responsável por essa maldade! Ele disse a Abraão que iria exterminar os atuais moradores de Canaã para entregar suas terras ao povo hebreu. Existe maldade pior que essa, leitor amigo? Isso se chama incentivo a invasões de terras alheias, que nada tem de ético! E o manual das Assembleias de Deus ainda diz que, graças a Deus, a Bíblia é o maior e melhor referencial ético que o mundo já viu. Só mesmo uma pessoa religiosa para afirmar tal imbecilidade porque, como já dizia Freud, a crença religiosa conduz o homem a um estado semelhante ao de amência (demência). Na verdade, invasão de terras alheias é uma coisa abominável, que causa nojo, repugnância a qualquer pessoa de bom senso. 

Assim, uma pessoa de bom senso não pode defender invasões de terras, não pode elogiar, pois, a Bíblia!!!


terça-feira, 28 de setembro de 2021

JESUS E O CASAL ANANIAS E SAFIRA

                                   Esse é o 4º vídeo sobre o manual “Lições Bíblicas, 3º trimestre de 2002, Ética Cristã, confrontando as questões morais”. Na página 39, está escrito:



“2. Em Atos dos Apóstolos.

    No capítulo 5, vemos o caso de Ananias e Safira, sua esposa: ambos fulminados um após o outro, por terem mentido, usando de falsidade ideológica, num ato indigno, de apropriação indébita do dinheiro que não lhes pertencia. (...) Notemos que Deus aplicou a pena capital através dos apóstolos, fato que não voltou a ocorrer na Igreja Primitiva. Certamente isso aconteceu para mostrar que os praticantes de pecados desta natureza são passíveis de juízo, caso não se arrependam.”



Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, judeu e ateu, afirmou que a crença religiosa conduz o homem a um estado semelhante ao de amência (demência), uma confusão alucinatória radiante. O homem religioso não consegue fazer um exercício de raciocínio. 

O manual das Assembleias de Deus, no trecho acima, traz mais uma prova da afirmação freudiana. É dito que, no Novo Testamento, precisamente em Atos dos Apóstolos, capítulo 5º, aparece mais um relato que mostra o valor da ética cristã. Ora, na verdade, nessa lenda, pode existir tudo, menos ética. O cristão que escreveu essa lenda tinha um objetivo claro: levar o medo àquelas pessoas ignorantes da Palestina para que, ao venderem algum bem, deveriam levar o dinheiro total aos apóstolos cristãos. E o que ocorreria se eles não fizessem isso, se não levassem o dinheiro? Resposta: o deus hebreu os castigaria com a morte. Como os cristãos eram e são apaixonados pelo vil metal!








Por favor, leitor amigo, após assistir a esse vídeo, abra sua Bíblia e leia o capítulo 5º de Atos dos Apóstolos. Vou narrá-lo nos mínimos detalhes. O casal Ananias e Safira resolveu vender uma propriedade, um imóvel. Com o dinheiro da venda, os dois resolveram ficar com a maior parte, levando o restante ao discípulo Pedro. Ananias levou o dinheiro, dizendo à esposa que voltaria logo. Pedro, percebendo que Ananias estava mentindo, que com certeza o imóvel fora vendido por um preço maior, com raiva, invocou o deus hebreu que imediatamente matou o pobre homem. Ananias, coitado, caiu ao chão, morto. Cristãos seguidores de Pedro cobriram o cadáver e o sepultaram. A pobre esposa Safira, em casa, aguardava o retorno do marido. Nada! Começou a ficar preocupada! 3 horas depois da saída do marido, Safira resolveu ir ao encontro do discípulo Pedro. Chegando lá, perguntou a ele sobre o paradeiro do marido. Pedro, antes de qualquer coisa, perguntou-lhe se o casal realmente havia vendido o imóvel pelo dinheiro trazido por Ananias. Safira, mentindo, disse que sim. E, novamente, Pedro, com raiva, invocou o deus hebreu que matou também a pobre mulher. Apareceram, então, de novo, cristãos que levaram o cadáver para sepultamento. 

Eis, caro leitor, mais uma lenda cristã monstruosa, que nada tem de ética! Repito: o cristão que inventou essa história o fez para levar o medo àquelas pessoas analfabetas que infestavam a Palestina há 2 mil anos a fim de que, quando vendessem algum bem, levassem o dinheiro por completo ao discípulo Pedro. O manual das Assembleias de Deus traz:


“(...) o caso de Ananias e Safira, sua esposa: ambos fulminados um após o outro, por terem mentido, usando de falsidade ideológica, num ato indigno, de apropriação indébita do dinheiro que não lhes pertencia.”






Ora, o manual diz que o casal Ananias e Safira foram fulminados pelo deus hebreu por causa da “apropriação indébita do dinheiro que não lhes pertencia”.  É muita maluquice, leitor amigo! Ora, não existe a apropriação indébita do dinheiro. Ao contrário! A propriedade era do casal, registrada no nome do casal, PERTENCIA ao casal. Logo, o dinheiro da venda era do casal, pertencia ao casal. E o maluco manual diz que o dinheiro não pertencia ao casal. Por favor, leitor, não ria porque seus risos estão me atrapalhando aqui. É fácil ver que esses manuais evangélicos são extremamente bobos, só fazem sucesso num público não menos bobo. E o manual continua:



“ (... ) Notemos que Deus aplicou a pena capital através dos apóstolos.



O manual está a dizer que o deus hebreu aplicou a pena capital (pena de morte) ao pobre casal por meio dos apóstolos. Por quê? Porque Ananias e Safira mentiram! É ou não é uma lenda hedionda, caro leitor? Existe ética nisso? Vê-se que a “ética cristã” é uma coisa realmente horrorosa. Deus algum existe, deus algum castiga quem mente. Na Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, nas lendas, o próprio deus hebreu mentiu demasiadamente e não se suicidou. Os personagens bíblicos lendários mentiram também e não foram punidos. Dos discípulos do Jesus das narrativas lendárias do Novo Testamento, Pedro é o que mais mentiu diante do próprio Jesus e não foi fulminado pelo deus hebreu. 

O versículo 11, o último da lenda do casal Ananias e Safira, traz a finalidade:





“E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos.”



O cristão que inventou essa história macabra, nesse versículo, para amedrontar os analfabetos da época, escreveu que a notícia  desse castigo do deus hebreu se espalhou por todas as regiões da Palestina. Ai daqueles que, ao venderem algum bem, não trouxessem o dinheiro por completo aos apóstolos cristãos!

TEMPLO é DINHEIRO!


sábado, 25 de setembro de 2021

JESUS MUDOU O ADULTÉRIO ( II )

    Em meu vídeo de ontem com o título “Jesus mudou o adultério”, sobre o manual Lições Bíblicas das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus, DANIEL VIEIRA escreve o seguinte:



“Essas revistinhas de escola dominical já estudei demais na congregação, todo ano é a mesma coisa, ciclo eterno de enganação kkkkkkkk mudam uma coisinha ou outra , mudam ordem de questões, mas o conteúdo é sempre o mesmo PQP”




Daniel Vieira diz que foi um cristão fervoroso de uma das Igrejas Assembleias de Deus e que, obviamente, conhece muito bem essas revistas. Ele as estudava intensamente e realmente levava a sério os textos. Com o passar do tempo, conseguiu sair da ilusão religiosa cristã, e hoje vê que essas lições, na verdade, são um ciclo eterno de enganação. 

Daniel Vieira é mais uma prova viva de que a religião destrói a capacidade de raciocínio do ser humano, elimina totalmente a razão. No dizer de Freud, o Pai da Psicanálise, que foi um judeu ateu, ela conduz o homem a um estado semelhante ao de amência, demência, uma confusão alucinatória radiante. O homem religioso não consegue fazer sequer uma única afirmação que resista a uma análise lógica. Volto aqui ao adultério para mais uma análise específica. Na página 10 do manual, está escrito:




“Cristo não apenas condena o ato, mas os pensamentos impuros, as fantasias sexuais, envolvendo uma pessoa que não é o cônjuge do transgressor. É condenado o adultério mental.





Em primeiro lugar, o Jesus das narrativas lendárias do Novo Testamento nunca foi o Cristo aguardado pelo povo judeu naquela época, na Palestina. Já falei sobre isso em muitos vídeos. Veja o absurdo do manual evangélico! Está afirmando que Jesus vê como adúltero o homem que simplesmente vem a olhar para uma mulher, desejando-a sexualmente. Esse aí, quando morrer, vai arder para sempre no fogo do inferno. Não adianta dizer:



--- Mas, querido Jesus, eu não fiz relação sexual com a minha vizinha, apenas a desejei sexualmente porque ela tem um corpo lindo! Não posso ser condenado por algo que foge de meu controle, no caso, o desejo sexual.



Segundo o manual evangélico, para Jesus, um homem casado fazer sexo com outra mulher ou apenas desejá-la sexualmente é a mesma coisa: comete adultério! Sendo assim, um homem casado poderia dizer:



“Jesus, já que eu, casado, sou um adúltero quando apenas desejo sexualmente outra mulher, então, compensa fazer sexo com ela porque irei para o inferno de qualquer jeito. Entendeu, Jesus? Serei mais claro para que você entenda: se eu desejo sexualmente minha vizinha linda, com corpo violão, e por isso irei para o inferno, mesmo sem ter feito sexo com ela, então é melhor que eu faça sexo com ela porque o fim será o mesmo, o inferno, entendeu, Jesus?”






E o homem casado poderia continuar seu diálogo com Jesus:



“E mais, Jesus! O Sr. condena o adultério mental. Mas esse adultério escapa do controle do homem porque o desejo é próprio da natureza humana. Senhor Jesus, nenhum homem é responsável pelo surgimento do desejo. O desejo surge espontaneamente sem provocação do homem. É impossível um homem não desejar. Não posso, Jesus, ser punido por desejar sexualmente minha vizinha por duas razões: primeiro, a atração sexual escapa de meu controle. Segundo, minha vizinha não sofreu dano algum por eu apenas desejá-la sexualmente. Eu não fiz sexo com ela, mas apenas a desejei. Entendeu, Senhor Jesus? E mais, Jesus: já que o Senhor vai mandar para o fogo do inferno o homem casado que deseja sexualmente outra mulher, então o Sr. vai ficar sozinho no Céu por toda a eternidade porque todos os homens cristãos casados também desejam sexualmente outras mulheres, ou seja, cometem adultério mental. E não somente os homens cristãos, Jesus, mas as mulheres cristãs também.”



E Jesus só ouvindo com atenção. E o homem casado continuando:


“Sinceramente, não entendo o Senhor, Jesus! Ora, o Senhor elogia o rei Davi que já morreu há milênios. O Senhor elogia um homem safado que praticou adultério real com uma mulher casada, chamada Bate-Seba. Não foi um adultério mental, só no pensamento, mas um adultério de fato, Jesus! E seu pai, o deus hebreu, não castigou o estuprador, mas a criança inocente, fruto do adultério! Como é que o Senhor, Jesus, vem agora dizendo que mandará para o fogo do inferno o homem casado que apenas olhar com desejo sexual para outra mulher?”


Depois de ouvir as lamentações do homem casado, Jesus abaixou a cabeça, retirando-se, sem pronunciar uma palavra sequer. 


quinta-feira, 23 de setembro de 2021

JESUS MUDOU O ADULTÉRIO ( I )

                                      Há uma semana, precisamente no dia 14 de setembro do corrente ano, tornei público o vídeo “Bíblia - minha bússola”, em que analisei um trecho do manual “Lições Bíblicas, 3º trimestre de 2002, Ética Cristã, confrontando as questões morais”, relativo ao adultério que se encontra no livro de Êxodo, capítulo 20, versículo 14.

Naquele vídeo, afirmo que líderes religiosos cristãos enganam os fiéis acerca da figura do adultério no mundo da Bíblia. Na página 10 do manual das Assembleias de Deus, é dito que a proibição do adultério era um mandamento que valorizava e protegia a família e o casamento. Uma grande mentira! Na verdade, o homem hebreu, o macho, podia trair sua esposa, desde que suas amantes não fossem de outro homem, do próximo. Já a mulher, a fêmea, de forma alguma, podia trair seu esposo, nem com homem solteiro, nem com homem casado. Por que essa diferença? Porque o mundo bíblico era um mundo patriarcal, em que o macho se sobressaía em detrimento da pobre mulher. Por isso mesmo, na Bíblia, a mulher apanha de Gênesis ao Apocalipse. 

E agora volto à pagina 10 do manual para a continuidade do tema. Está escrito assim:

 


“a) No Antigo Testamento. (...) O adultério só era realmente condenado se ocorresse a conjunção carnal.

 b) Na ética de Cristo. (...) A exigência agora é muito maior, porque parte dos motivos, e não apenas do ato. Cristo não apenas condena o ato, mas os pensamentos impuros, as fantasias sexuais, envolvendo uma pessoa que não é o cônjuge do transgressor. É condenado o adultério mental”. 

 



Você, leitor, já sentiu a maluquice presente nas afirmações acima, não é mesmo? O manual evangélico está afirmando que antes o adultério só era condenado quando ocorresse a conjunção carnal, isto é, quando houvesse sexo. Até aqui tudo bem. De fato, somente ocorria o adultério se houvesse relação sexual. E até hoje é assim, com a realização do ato sexual. Sem o ato sexual, não se pode falar em adultério. E, no Brasil, o adultério não é mais crime, os adúlteros não são mais punidos. 


E agora vem a maluquice do manual evangélico. Está escrito que Jesus era inteligentíssimo e mudou a dinâmica do adultério. Segundo a cabeça de Jesus, para um homem ser condenado eternamente ao fogo do inferno por causa do adultério, nem é preciso que  realmente pratique relação sexual fora do casamento, bastando apenas que venha a DESEJAR sexualmente uma mulher, isto é, o chamado adultério mental. Que maluquice, caro leitor! Que maluquice! Essa passagem bíblica atribuída a Jesus, apenas atribuída, está no evangelho de Mateus, capítulo 5, versículos 27 e 28:

 



“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás.

 Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.”




Em primeiro lugar, o cristão que escreveu essa aberração acima era uma pessoa extremamente burra, nada sabia sobre a natureza humana. O cristão que escreveu essa besteira a atribuiu a um certo Jesus. Os absurdos contidos nessa passagem bíblica são públicos e notórios. De início, veja o erro sobre o coração. No mundo antigo, o homem não conhecia a fundo a fisiologia do corpo humano. Até hoje, ano 2021, por exemplo, muitas pessoas não sabem qual é a função do pâncreas, do intestino delgado, da bílis etc. Pior ainda no mundo antigo, no mundo da Bíblia. O homem bíblico pensava erroneamente que o coração humano era a sede do pensamento, da intenção, da maldade, da bondade, do desejo etc. E esse erro sobre o coração está, mais uma vez, na passagem bíblica acima. É dito que um homem que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. Ou seja, intenção no coração. Percebeu o erro, caro leitor? Esse cristão pensava que a intenção era proveniente do coração, e não é. Depois de muitos séculos, é que o homem descobriu que a intenção nasce no cérebro, e não no coração. O coração humano é apenas um músculo que bombeia sangue para as partes do corpo humano. Esse órgão não pensa, não tem intenção, não tem bondade, não tem maldade etc. 

Outra maluquice presente na afirmação bíblica acima reside na condenação de um homem que apenas DESEJAR sexualmente uma mulher. Existe loucura maior que essa, caro leitor? O cristão que escreveu esse absurdo nada entendia da fisiologia humana. E aqui dois absurdos: em primeiro lugar, o DESEJO SEXUAL faz parte da natureza humana. É próprio do homem e, claro, de muitos animais irracionais. Uma pessoa sente DESEJO SEXUAL por outra da mesma forma que sente DESEJO em comer uma gostosa feijoada, em assistir a uma peça teatral, a um filme etc. Pessoa alguma, portanto, pode ser condenada por simplesmente DESEJAR sexualmente outra, por DESEJAR uma feijoada, por DESEJAR uma casa porque o DESEJO faz parte da natureza humana, é da essência humana. Em segundo lugar, o DESEJO SEXUAL é INVOLUNTÁRIO, isto é, não depende da vontade do homem. Ele surge sem que o homem tenha culpa. Quando, por exemplo, um homem resolve se casar com uma mulher, o DESEJO SEXUAL é recíproco, um DESEJA SEXUALMENTE o outro, e isso é algo natural. Isso não é um “adultério mental”, como escreveu o cristão sem juízo. É comum, por exemplo, um homem casado sentir DESEJO SEXUAL por outras mulheres. É comum e faz parte da natureza humana. Uma coisa é um homem casado DESEJAR SEXUALMENTE outra mulher, coisa bem diferente é realizar esse desejo, pô-lo em prática. Da mesma forma, uma mulher casada sentir DESEJO SEXUAL por outros homens. Uma coisa é uma mulher casada DESEJAR SEXUALMENTE outro homem, coisa bem diferente é realizar esse desejo, pô-lo em prática. Ninguém pratica adultério por simplesmente DESEJAR. Condenar o DESEJO SEXUAL é condenar a natureza humana. Uma loucura sem fim! Ora, todos os cristãos sadios física e mentalmente, solteiros ou casados, sem exceção, sentem DESEJO SEXUAL por outras pessoas. Um cristão casado sente DESEJO SEXUAL por outras mulheres, sem que com isso esteja praticando adultério mental. Da mesma forma, uma cristã casada. Nenhum deles deve ser condenado por esse DESEJO porque não é voluntário, não depende de sua vontade, ao contrário, surge inesperadamente. Uma certidão de casamento não anula esse desejo porque é NATURAL, não está preso a uma convenção chamada casamento. Ninguém pode ser condenado por algo que está além de seu controle. Uma pessoa pode ser condenada por acionar os músculos de seu braço para matar alguém porque movimentar os braços depende de sua vontade. Todavia, uma pessoa não pode ser condenada por movimentar os músculos do coração porque essas batidas cardíacas são involuntárias, não dependem da vontade humana. Do mesmo jeito, o DESEJO SEXUAL. Ele brota NATURALMENTE. Surge sem que o homem tenha participação alguma, da mesma maneira que o desejo em comer uma feijoada. Se um homem casado sente DESEJO SEXUAL por uma bela morena com fio dental que passa diante dele, na Praia de Copacabana,  jamais deve ser condenado porque esse desejo lhe é natural, não depende da vontade dele. Ao contrário, é uma prova de que ele é um ser humano.


terça-feira, 14 de setembro de 2021

ASSEMBLEIA DE DEUS E O ADULTÉRIO

                                                  O manual Lições Bíblicas, 3º trimestre de 2002, traz a Lição 2 com o título “A ética cristã e os dez mandamentos”, nas páginas 8 a 12. 

Em primeiro lugar, deus algum existe, deus algum fez os dez mandamentos que estão no livro de Êxodo, capítulo 20. Em segundo lugar, não são 10 mandamentos. Em terceiro lugar, não são leis inteligentes e justas.

Líderes cristãos enganam os fiéis, afirmando-lhes que o deus hebreu criou os 10 mandamentos, razão pela qual são dispositivos legais inteligentes, justos e fraternos. E os fiéis acreditam porque não conhecem o mundo bíblico, nada sabem sobre os costumes da civilização hebraica. Sobre o adultério, por exemplo, veja, leitor, o que está escrito no manual, na página 10:


“2. ‘Não adulterarás’ (Êx 20.14; Dt 5.18). O sétimo mandamento visava valorizar e proteger a família e o casamento, livrando-o dos males funestos e destruidores da infidelidade conjugal, bem como defender a pureza sexual.”


O papa Francisco, os padres, pastores evangélicos e protestantes dizem que o “Não adulterarás”, que está no livro de Êxodo, capítulo 20, versículo 14, foi um mandamento do deus hebreu para valorizar e proteger a família e o casamento, contra a praga chamada infidelidade conjugal. Ora, amigo leitor, eis mais uma mentira cristã!!! Essa propaganda cristã sobre o adultério não é verdadeira, não retrata o verdadeiro significado do adultério dentro da sociedade hebraica. A coisa é mais feia do que dizem os cristãos.



Ao contrário do que propagam os líderes cristãos, dentro da sociedade hebraica, o “não adulterarás” não valorizava e protegia a família e o casamento, não era contra a infidelidade conjugal. Ora, para que uma pessoa entenda a Bíblia, é preciso conhecer os costumes da sociedade hebraica da época. Era uma sociedade patriarcal, em que o homem (macho) se destacava, em detrimento da mulher (fêmea). Por isso mesmo, em toda a Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, a mulher, a parte mais fraca, apanha muito, sofre muito. 

Como funcionava isso? Ora, funcionava assim: um homem hebreu casado podia livremente trair sua esposa, não lhe devia fidelidade conjugal porque a esposa era equiparada a um bem de sua propriedade, ela pertencia ao esposo. Então, um homem hebreu casado podia trair sua esposa com várias amantes livres. Ele só não podia se envolver com mulher casada, de outro homem, do próximo, porque estaria ofendendo o direito de propriedade do outro homem. Entendeu, leitor? Um homem hebreu casado podia trair sua esposa, desde que a amante não fosse casada, de outro homem. É por isso que está escrito nos mandamentos: “Não desejarás a mulher do teu próximo”! Se a mulher fosse solteira, não tivesse um proprietário, podia ser desejada. 

E como funcionava para a mulher? Ora, já que a mulher, coitada, era vista como um ser inferior, uma propriedade do homem, então, ela jamais podia traí-lo. Uma mulher hebreia casada jamais podia trair o marido, nem com homem solteiro, nem com homem casado. Percebeu, leitor, como os líderes cristãos enganam os fiéis quando afirmam que essa lei era igual para o homem e a mulher? Repito: fiéis cristãos são enganados porque não estudam a Bíblia, nada sabem sobre os costumes da sociedade hebraica da época. 

Uta Ranke-Heinemann, considerada a maior teóloga da Terra, de raiz católica, em seu maravilhoso livro “Eunucos pelo Reino de Deus - Igreja Católica e sexualidade - de Jesus a Bento XVI”, 5ª edição, editora Rosa dos Tempos, 2019, na página 45, escreve:


“(...) O povo judaico entendia “Não cometerás adultério” com implicações diferentes para homens e mulheres; para o homem, só a relação sexual com a esposa de outro era adultério; para a mulher, a relação com qualquer outro afora o esposo era adultério. O homem só violava o casamento de outro homem; o próprio casamento é violado só pela esposa. A razão disso é que a esposa era considerada não uma companheira ou parceira do homem, mas sua posse. Ao cometer adultério, a esposa estava depreciando as posses do marido, enquanto o marido, ao cometê-lo, estava depreciando as posses de outro homem. O adultério era uma espécie de crime contra a propriedade. Assim, a relação sexual com uma mulher solteira não constituía adultério para o homem.”


O que Uta Ranke-Heinemann afirma acima é do conhecimento de qualquer estudioso sério e honesto da Bíblia. O “não adulterarás”, que está em Êxodo, era uma lei boa para o macho, mas péssima para a mulher. Era uma lei que não protegia a família e o casamento porque o homem, o macho, podia trair sua esposa com qualquer mulher, desde que não fosse casada com outro homem. O manual das Assembleias de Deus diz que era uma lei contra a infidelidade conjugal. Conversa fiada! Era uma lei contra a infidelidade conjugal DA ESPOSA, mas a favor da infidelidade conjugal DO MARIDO, do MACHO!