Esse é o 5º vídeo sobre o manual “Lições Bíblicas, 3º trimestre de 2002, Ética Cristã, confrontando as questões morais”. Na página 4, está escrito:
“Entender o que é certo e o que é errado, num mundo em que estão invertidos os valores morais gravados por Deus na consciência do ser humano e ao mesmo tempo exarados no Livro do Senhor, não é tarefa fácil. Graças a Deus, temos o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu: a Palavra de Deus. Ela é lâmpada e luz divinas, tanto para nosso ser interior como para nosso viver exterior.”
Para iniciar, mais uma vez, trago o judeu e ateu Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise. Freud deixou registrado que o homem religioso faz uso de fundamentações miseráveis para seu juízo, para seus pontos de vista. Essa verdade é confirmada, mais uma vez, pelo manual bíblico das Assembleias de Deus. No trecho acima, o manual diz que a Bíblia é “o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu”. Ora, quem afirma que a Bíblia é o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu, faz uma afirmação falsa, sem fundamentação lógica e sem fundamentação histórica. É apenas uma afirmação com carga religiosa, ingênua e sem apoio nos fatos históricos. Por exemplo, a Bíblia é um conjunto de livros que incentiva invasões de terras alheias. Isso é ético? Claro que não! A Bíblia é um conjunto de livros que louva a intolerância religiosa, ou seja, que persegue, tortura e mata pessoas que creem em outros deuses, além de Javé. Isso é ético? Claro que não! A Bíblia é um conjunto de livros que aplaude a escravização de seres humanos. Isso é ético? Claro que não! A Bíblia é um conjunto de livros que prega a inferioridade da mulher. Isso é ético? Claro que não! E assim por diante. Faça, leitor amigo, apenas uma comparação. Compare a Bíblia com nossa Constituição Federal atual. Faça isso agora mesmo e verá a diferença. As monstruosidades que estão na Bíblia não estão em nossa Constituição. Você, leitor, sim, pode dizer que nossa Constituição é o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu. A Constituição brasileira, ao contrário da Bíblia, condena invasões de terras alheias, aplaude a liberdade religiosa, garante a tolerância religiosa, isto é, qualquer pessoa pode adorar os deuses que quiser, trata com igualdade o homem e a mulher, proíbe a escravização de seres humanos etc. É fácil ver que, quando um cristão elogia a Bíblia, ele não tem a menor ideia do que está elogiando. O manual das Assembleias de Deus diz:
“(...) Graças a Deus, temos o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu: a Palavra de Deus.”
Isso é um absurdo, caro leitor! Em primeiro lugar, deus algum existe, deus algum deixou palavra alguma registrada em livro algum. Em segundo lugar, a Bíblia está longe de ser um referencial ético recomendável às pessoas. Para esse vídeo, vou trazer uma monstruosidade bíblica que nada tem de ética, mas que loucamente é elogiada por cristãos: a invasão de terras alheias! O início da civilização hebraica propriamente dito começa com a lenda da família de Abraão, que está no livro de Gênesis, capítulo 12. Veja o primeiro versículo:
“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.”
Nesse relato lendário bíblico, o deus hebreu determina que Abrão, depois chamado de Abraão, saia da terra dele (Ur, atual Iraque) e vá para Canaã, terra de outros povos. Aqui, a monstruosidade bíblica, aqui o incentivo a invasões de terras alheias. O povo da Bíblia sempre esteve ligado a conflitos envolvendo terras, o que era muito comum naquela época. Invadir terras alheias, roubando bens e matando moradores, era uma realidade naquela época. Na passagem lendária bíblica acima, o deus hebreu é o causador maior da desgraça. Ele determina que Abrão saia de sua terra para roubar terras que pertencem a outros povos. Eis a maldade, eis a inexistência de ética! E, pasmem, os cristãos embalados pela fé, enganados pelos discursos de líderes cristãos, louvam essa ordem do deus bíblico imaginário. Eu, Eustáquio, desde que me entendo por gente, lá, em Sobral, no Ceará, aprendi principalmente de meus pais que ninguém deve invadir terras que pertencem a outros povos, que ninguém deve roubar bens de outras pessoas. E, pasmem, cristãos dizem isso, porém, elogiam a Bíblia que incentiva essa monstruosidade. É maluquice um cristão qualquer ser contra a invasão de terras alheias e, ao mesmo tempo, afirmar que a Bíblia é o melhor referencial ético que o mundo já viu, pois ela elogia a invasão de terras alheias. Entendeu, leitor?
Na lenda bíblica, Abraão jamais deveria ter saído de sua terra natal. Deveria ter ficado lá, em Ur, atual Iraque. Mas o problema é que o deus hebreu estragou tudo. Mandou que Abraão abandonasse sua terra para se dirigir a Canaã, terra que pertencia a outros povos: filisteus, heteus, heveus, amorreus, cananeus etc. O deus hebreu é o único responsável por essa maldade! Ele disse a Abraão que iria exterminar os atuais moradores de Canaã para entregar suas terras ao povo hebreu. Existe maldade pior que essa, leitor amigo? Isso se chama incentivo a invasões de terras alheias, que nada tem de ético! E o manual das Assembleias de Deus ainda diz que, graças a Deus, a Bíblia é o maior e melhor referencial ético que o mundo já viu. Só mesmo uma pessoa religiosa para afirmar tal imbecilidade porque, como já dizia Freud, a crença religiosa conduz o homem a um estado semelhante ao de amência (demência). Na verdade, invasão de terras alheias é uma coisa abominável, que causa nojo, repugnância a qualquer pessoa de bom senso.
Assim, uma pessoa de bom senso não pode defender invasões de terras, não pode elogiar, pois, a Bíblia!!!