quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O PAPA FRANCISCO E O FÍSICO STEPHEN HAWKING



                       Eustáquio
                                                                                                               

                     Caro leitor,

                      Ontem, dia 19, pela manhã, aqui, em Brasília, fui a uma clínica a fim de buscar o resultado de exames realizados em minha próstata. Todos os anos, submeto-me a uma bateria de exames: próstata, sangue, urina, coração, diabetes etc.
                      Enquanto eu aguardava o chamado do médico, na sala de espera, peguei uma revista Veja entre várias que estavam ali, à disposição dos pacientes. A que estava em minhas mãos era do dia 1º de outubro de 2014. Na página 52, vi a matéria que me levou a fazer este pequeno artigo. Trata-se de duas frases: uma, do físico inglês Stephen Hawking; a outra, do papa Francisco. O médico, gentilmente, me deu a revista, e ela está aqui comigo.
                    Pois bem, caro leitor. Tenho, aqui, uma afirmação de um cientista (Hawking) e uma afirmação de um homem religioso (papa Francisco). Vou mostrar-lhe, leitor amigo, como a ideia religiosa leva facilmente o homem ao erro, ao absurdo, à fantasia, como já bem o dizia o psicanalista Sigmund Freud (1856-1939). Veja, leitor, primeiramente, a afirmação verdadeira do cientista Stephen Hawking:

                   “Antes de entendermos a ciência, era natural acreditar que Deus criou o Universo. Mas agora a ciência oferece uma explicação mais convincente.”

                     Você, caro leitor, entendeu o que diz acima o notável físico inglês Stephen Hawking, não é mesmo? Ora, ele diz a pura verdade, não é mesmo? O que ele está afirmando? Ora, ele está afirmando que, em épocas remotas, antes do aparecimento do conhecimento científico, era natural o homem acreditar em deuses e atribuir a eles todos os fenômenos que presenciava. Em sua ignorância, o homem criou deuses sob as mais diferentes formas. E, em sua imaginação, colocou esses deuses como os protagonistas de todos os fenômenos que presenciava. Por exemplo, quando um raio caía sobre uma pessoa, matando-a instantaneamente, o homem antigo entendia que aquilo era uma punição dos deuses. Da mesma forma, diante de um terremoto. Pensava que eram os deuses que estavam com muita raiva do comportamento dos membros da comunidade. Quanto ao Universo, o mesmo erro. Pensava que os deuses haviam criado a Terra, o Sol, a Lua, os rios, os mares etc. Ou seja, atribuía tudo aos deuses pelo simples fato de desconhecerem a natureza daqueles fenômenos. Com o aparecimento da ciência, caracterizada por um conhecimento sólido, racional, lógico, baseado em experiências, métodos de comparação, comprovação, experimentação etc., tudo mudou. A visão científica é completamente diferente da religiosa. Por exemplo, quando um raio cai sobre uma pessoa, matando-a instantaneamente, isso ocorre por causa da mera probabilidade. Quando chove, a incidência de raios é enorme. Muitos atingem o solo, causando desgraças e destruições. Não há deus algum por trás dos raios, com raiva de pessoas, de animais irracionais e de edifícios. Nos campos, devido à existência de várias árvores, os raios caem com mais frequência, matando inúmeros animais irracionais (bois, vacas, ovelhas, carneiros, cavalos). Não há deus algum por trás desses raios, com ódio mortal aos pobres animais irracionais. Percebeu, leitor, como a afirmação do cientista Stephen Hawking representa a pura verdade?
                   Infelizmente, já não posso dizer a mesma coisa diante da afirmação do papa Francisco. Nada pessoal contra o papa. Estou apenas analisando uma afirmação dele. Ei-la:

                    “Que ninguém pense que pode se escudar em Deus quando projeta e realiza atos de violência e abusos.”

                   O papa Francisco, segundo a revista Veja, pronunciou a frase acima quando estava visitando a Albânia. Ora, a frase do papa não tem sentido algum, não tem lógica alguma, não tem sustentação alguma, como é comum em frases de caráter religioso. Você, leitor, entendeu o que o papa diz acima? Ora, ele está dizendo que homem algum deve se apoiar em Deus para realizar atos de violência e abusos. Ou seja, segundo o papa Francisco, Deus nada tem a ver com violência e abusos. Veja, leitor, a ingenuidade das palavras do papa. A que Deus o papa se refere, já que temos hoje, no mínimo, 2 mil deuses? Ora, o papa se refere ao Deus hebreu, ao Deus da Bíblia. Pois bem! Agora vem a pergunta: será que o Deus hebreu era contra a violência e os mais diversos abusos? Para responder a essa pergunta, é fácil. Basta abrir a Bíblia, começando logo pelo livro de Gênesis, o primeiro. A própria Bíblia é a prova maior de que o papa não diz coisa por coisa. Nas lendas bíblicas, há um universo de violência e de abusos praticado pelo povo hebreu sob o comando do Deus Javé. Como é, então, que o papa diz que o Deus dele é totalmente contrário a atos de violência e de abusos? Ora, ele mesmo diz que o Deus dele é o da Bíblia. Percebeu, leitor, como a afirmação do papa carece de lógica? Ora, o papa, em suas missas, elogia Moisés, Josué, Davi e outros personagens bíblicos (lendários ou não). A própria Bíblia narra que Moisés, Josué e Davi praticavam atos de violência e abusos sob o comando e proteção do próprio Deus hebreu. Como então o papa Francisco pode afirmar que “ninguém pense que pode se escudar em Deus quando projeta e realiza atos de violência e abusos”.
                        Percebeu, leitor, a infantilidade do discurso religioso do papa Francisco, não é mesmo?
                      Em relação ao resultado dos exames relativos à minha próstata, o médico me deu os parabéns, afirmando que minha próstata é a mesma de um jovem de 18 anos. Segundo ele, eu jamais serei um homem prostático, ou seja, jamais sofrerei um câncer de próstata.

                     Fiquei feliz, óbvio!

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