sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O ATEÍSMO CONDUZ O HOMEM AO DESESPERO




Eustáquio
                                                                                                             


Caro leitor,

É muito comum a gente ouvir que a não crença na vida após a morte conduz o homem ao desespero, ao desânimo e ao suicídio. Assim sendo, os ateus vivem desesperados, imersos numa tristeza profunda, sem gosto pela vida, próximos do suicídio porque sabem que a morte física é o fim de tudo.  
Um exemplo dessa falsa propaganda religiosa está no livro “O evangelho segundo o espiritismo”, de Allan Kardec (1804-1869). Em sua 21ª edição, editora Lake, 1980, página 84, Kardec escreve:


“(..) Quando vemos, pois, homens de ciência, que se apoiam na autoridade do seu saber, esforçarem-se para provar aos seus ouvintes ou aos seus leitores que eles nada têm a esperar depois da morte, não o vemos tentando convencê-los de que, se são infelizes, o melhor que podem fazer é matar-se? Que poderiam dizer para afastá-los dessa idéia? Que compensação poderão oferecer-lhes? Que esperanças poderão propor-lhes? Nada além do nada! De onde é forçoso concluir que, se o nada é o único remédio heróico, a única alternativa possível, mais vale atirar-se logo a ele, do que deixar para mais tarde, aumentando assim o sofrimento.”

Você, leitor amigo, entendeu o recado acima do espírita Allan Kardec? O que ele está afirmando acerca dos ateus, dos que negam a existência de vida depois da morte? Ora, Kardec está dizendo que quem nega a existência de vida depois da morte vive uma vida muito infeliz, sem esperança alguma. Já que sabe que a morte é o fim de tudo, então o ateu perde o gosto pela vida. Para que trabalhar, se a morte é o fim de tudo? Para que estudar anos a fio, se a morte é o fim de tudo? Para que comprar uma casa ou um carro, se a morte é o fim de tudo? Segundo Kardec, por tudo isso, o ateu vive uma vida infeliz, sem esperança, sem alegria, à beira de um ataque de nervos, a um passo do suicídio.
Percebeu, leitor amigo, a infantilidade das palavras do espírita Allan Kardec? Ele está mais perdido que cego em tiroteio. Ora, o ateu não é nada disso que ele prega. Veja, leitor, por exemplo, o meu caso. Sou ateu desde os 12 anos de idade. Portanto, desde jovem, sei que não existe vida depois da morte. E, ao contrário do que diz Kardec, desde criança sou uma pessoa muito feliz. Aonde quer que eu vá, levo comigo a alegria. Sempre sou considerada a pessoa mais alegre de qualquer ambiente onde eu esteja. Rio bastante, gosto de contar piadas e até incentivo pessoas quando estão passando por momentos difíceis. Sempre fui um excelente filho, um irmão maravilhoso, um esposo amigo e um pai exemplar. A certeza de que a morte física é o fim jamais me subtraiu a alegria de viver a vida com intensidade, garra e amor. Mesmo sabendo que a morte física é o fim, não deixei de estudar. Ao contrário, um de meus prazeres diários é justamente o estudo, a leitura. Como já dizia um filósofo de cujo nome não me lembro neste momento, “o que se leva da vida é a vida que se leva”. Ou seja, o importante é a gente viver a vida a cada instante, a cada momento, a cada dia. Não importa se, amanhã, a morte virá. Trabalhei com alegria durante 35 anos, mesmo sabendo que poderia morrer a qualquer momento. Como já afirmei, a pessoa deve viver a vida intensamente, sem se preocupar com a morte. Mesmo sabendo que minha vida chegará ao final com a morte, continuo vivendo com felicidade e alegria porque o importante é a vida que se leva.

Percebeu, leitor, a bobagem do Allan Kardec? Essa ilusão de vida depois da morte foi criada pelo homem porque ele deseja ser eterno. O homem quer ser eterno, quer que a vida dele se prolongue após a morte. Essa ilusão é criada justamente para dar uma vã esperança a pessoas fracas. Eu, como ateu, não necessito de ilusões para ser feliz. Não recorro a ilusões para alcançar a felicidade. Alcanço a felicidade com a realidade. 

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