sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

PAPA FRANCISCO E O AMOR DE JESUS

 Leitor amigo,


A NETFLIX lançou recentemente a série A sabedoria do tempo com papa Francisco, com 4 episódios, abordando, respectivamente, 4 temas: amor, sonhos, luta e trabalho. O primeiro episódio, com duração de 49 minutos, traz o AMOR. No tempo de 2 minutos e 54 segundos, um jornalista pergunta ao papa Francisco o que é o amor. Veja, leitor, a resposta do papa:



“Sim, eu posso dizer que o amor é um sentimento, são ondas elétricas do organismo, que funcionam da mesma maneira quando polos se encontram, se atraem mutuamente. Sei de muitas explicações científicas, mas o que é o amor em si? Quando ouço confissões de jovens casais, eu pergunto a eles: vocês brincam com seus filhos? Isso é crucial, a gratuidade de brincar. Ou o amor é gratuito, ou não é amor.”



Em sua fala acima, papa Francisco enaltece o sentimento chamado de AMOR. No final, ele diz que o amor é gratuito. Se não for gratuito, então não é amor. Muito bem. Você, leitor, tem ideia do que seja amor gratuito? Amor gratuito é o amor que vem de graça, sem exigir a reciprocidade. Incondicional, ou seja, que não impõe condições. Para que você, leitor, entenda melhor, dar-lhe-ei um exemplo de amor gratuito: o amor de mãe! Regra geral, uma mãe ama o filho de forma gratuita, sem a exigência da reciprocidade, ou seja, mesmo que seu filho não a ame. Não é verdade, leitor? O filho pode ser desobediente, mas sua mãe vai amá-lo profundamente porque seu amor não impõe condições, é um amor incondicional. 

Em outro vídeo, mostrei um exemplo na prática, o amor de dona Alzira pelo filho Euclides. Em minha adolescência, lá, em Sobral, no Ceará, morava perto da casa de dona Alzira, que era uma costureira. O filho Euclides, com seus 22 anos de idade, por aí, desempregado, era alcoólatra e espancava a própria mãe à procura de dinheiro para sustentar seu vício. Eu tinha dó de dona Alzira, do sofrimento dela. Num certo dia, após espancar novamente a mãe, Euclides foi preso. Alguém chamou a polícia militar. Lembro-me desse fato como se fosse hoje, como estivesse ocorrendo agora. Dois policiais pegaram o Euclides e o jogaram no cubículo, na parte traseira de uma viatura policial. Eu e os vizinhos ficamos muito felizes porque aquele filho malvado, enfim, era levado preso. E qual foi a reação da mãe dele, de dona Alzira? Será que ela ficou feliz também diante da prisão do filho? Não, caro leitor, não! Por incrível que pareça, ela, que era espancada diariamente pelo filho, diante de sua prisão, corria atrás da viatura policial, implorando que seu filho fosse solto, que não o levassem preso. Entendeu, leitor? Isso, sim, é amor de mãe, um amor gratuito, incondicional, que não exige reciprocidade. Dona Alzira, apesar das agressões físicas vindas do filho, não queria que ele sofresse. Um amor gratuito!!! O papa Francisco diz:




OU O AMOR É GRATUITO, OU NÃO É AMOR




Agora, pergunto-lhe, leitor amigo: o AMOR pregado pelo cristianismo, pelo Jesus das narrativas lendárias do Novo Testamento, é um amor gratuito? Pense, leitor, reflita, analise! Vou perguntar novamente: o AMOR do Jesus do Novo Testamento é um amor gratuito, que não impõe condições, que não exige reciprocidade? Veja, leitor, que o próprio papa Francisco diz acima que o verdadeiro amor é gratuito, se não for gratuito, não é amor. Então, leitor? O amor do Jesus do Novo Testamento é gratuito, ou não? A resposta é simples: Não, o amor de Jesus não é gratuito, é um amor condicional, que impõe condições, que exige reciprocidade. Logo, pelas palavras do papa, o amor de Jesus não é amor porque o verdadeiro amor é gratuito, não exige condições. É simples entender que o amor pregado pelo papa, infelizmente, nada tem a ver com o amor pregado pelo Jesus do Novo Testamento, mas o papa não percebe essa realidade. Uma pena!

É fácil ver que o amor do Jesus do Novo Testamento não é amor. Qual é, leitor, a principal propaganda do cristianismo? É a seguinte: se você não aceitar Jesus, quando morrer, irá sofrer eternamente no fogo do inferno. Eis a loucura cristã! Eis a prova de que o cristianismo não é uma religião de amor, como propagam o papa Francisco e os pastores evangélicos. Ao contrário, o amor está longe da religião cristã. Veja, leitor, com seus próprios olhos, o que está escrito no evangelho de Marcos, capítulo 16, versículo 16:



“Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.”



Essa maluquice bíblica acima é atribuída a Jesus. Na verdade, o escritor cristão que escreveu esse texto nada entendia de amor. Segundo a ingenuidade dos fiéis cristãos, Jesus está afirmando que mandará para o fogo eterno do inferno quem não acreditar nele e não for batizado. E os cristãos ainda dizem que o amor de Jesus  é o amor mais puro de todos. Na verdade, não há amor no Jesus das narrativas lendárias do Novo Testamento. Isso não é amor! É algo doentio que está exigindo reciprocidade, que impõe loucamente condições insanas para que uma pessoa ame outra. Olhe o “SE”, condicional, leitor. SE você não aceitar Jesus, irá para o fogo eterno do inferno. SE você não for batizado em nome de Jesus, irá sofrer eternamente no fogo do inferno. Isso é amor, caro leitor? De maneira alguma! Ao contrário, essa propaganda cristã é de uma maldade sem fim, mas os fiéis cristãos não conseguem enxergar essa verdade. 

Esse amor atribuído a Jesus não chega nem perto do amor de dona Alzira pelo filho Euclides, como mostrei acima. Aquele, sim, o verdadeiro amor, que não exige condições. Dona Alzira amava seu filho Euclides, que a maltratava diariamente. Ela ficou desesperada quando seu filho foi preso. Não queria a prisão do filho, muito menos que seu filho sofresse eternamente no fogo do inferno. Mãe alguma deseja que um filho sofra, muito menos eternamente. Por quê? Porque ela verdadeiramente o ama. Isso é amor, caro leitor! Já o Jesus do Novo Testamento vai mandar para o fogo eterno do inferno quem não o aceitar como salvador pessoal. Há amor nesse Jesus, caro leitor? Claro que não!!! O amor pregado pela doutrina cristã não é amor na pura acepção da palavra. Papa Francisco afirma que ou o amor é gratuito, ou não é amor. Ele dá uma definição de amor que é contrária ao “amor” de Jesus, e nem percebe. 

O escritor cristão que escreveu essa aberração que está no evangelho de Marcos, além de não saber o que é o amor, era uma pessoa excessivamente ignorante. Ora, é maluquice exigir que alguém creia em alguém, em alguma coisa. Por que é maluquice? Simplesmente porque o ato de crer em alguém não depende da vontade da pessoa. É loucura alguém dizer a alguém:


“Se você não crer em Buda, quando morrer, irá sofrer eternamente no fogo do inferno.”



Ora, crer em Buda escapa de meu controle, de minha vontade. Não depende de mim. Está além de minhas forças. Se escapa de minha vontade, então eu não posso sofrer punição alguma por não crer em Buda. Entendeu, leitor? Para que essa aberração fique mais clara, veja, leitor, um exemplo comparativo, envolvendo o coração. Imagine uma pessoa lhe dizendo o seguinte:



“Você deve parar os movimentos de seu coração por 2 horas, do contrário sofrerá eternamente no fogo do inferno.”



O que você, leitor, dirá a essa pessoa? Ora, você dirá que não tem controle sobre os movimentos de seu coração, que são movimentos involuntários, que não dependem de sua vontade. Logo, você não pode ser punido por isso. Da mesma forma, o ato de crer. Ninguém diz assim: vou CRER em Jesus, vou CRER em Maomé, vou CRER em duendes, vou CRER em lobisomem. Por quê? Porque o CRER não é uma escolha pessoal, escapa de sua vontade, depende de fatores externos. Entendeu, leitor? Você pode escolher, por exemplo, sua alimentação, o que vai almoçar hoje, ou jantar. Se você, por exemplo, odeia repolho, jamais poderá ser condenada ao fogo do inferno por recusar repolho. Você não tem culpa por não gostar de repolho. Isso escapa de seu controle, de sua vontade. Do mesmo jeito, a crença em Jesus, em Maomé, em lobisomem etc. CRER é algo que independe de nossa vontade. Depende unicamente do que é exterior à nossa vontade. Por exemplo, você crê no poder da dipirona para eliminar dor de cabeça? Sim, você crê que a dipirona tem esse poder porque já fez uso dela e a dor de cabeça sumiu. Sua crença na dipirona partiu dela, do resultado obtido. Por outro lado, você não crê na dipirona para combater um câncer. Por mais que alguém obrigue você a acreditar nisso, você não acreditará porque a crença não depende de sua vontade, mas de fatores externos a ela, não é mesmo, leitor? Pois ocorre a mesma coisa em relação a crença em Jesus, em Maomé, em Buda, em lobisomem etc.  

Você, leitora, é mãe? Por favor, imagine a seguinte situação: você tem um filho com 25 anos de idade. Você não tem renda alguma para sobreviver. Seu filho a sustenta com tudo. É um jovem trabalhador, honesto e excelente filho. Ele é budista. Você, mãezinha, é cristã. Segundo a doutrina cristã, após sua morte e a de seu querido filho, ocorrerá o seguinte: você, mãezinha, que aceitou a Jesus como seu salvador pessoal, irá para o céu. Já seu filho, a única pessoa que a amava na Terra, que cuidava de você, irá para o fogo eterno do inferno. Sabe por quê? Porque apenas era um budista, e não um cristão. Esse amor de Jesus é realmente amor? Pense, mãezinha, reflita, raciocine! 

Voltando ao papa Francisco, quando ele diz que ou o amor é gratuito, ou não é amor, está dizendo a verdade. Só que esse amor gratuito não tem semelhança com o “amor” do Jesus do Novo Testamento. Um cristão, ouvindo essa fala do papa, pensará que ele está descrevendo o amor de Jesus. Jamais!!! 

Isso aí atribuído a Jesus pode ter outro nome, mas AMOR, jamais!


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