quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

OS CRISTÃOS E O RACIOCÍNIO ( I )

      Em meu  vídeo de ontem, com o título Jesus e a tragédia em Capitólio-MG, recebi vários comentários. Quem acompanha meu canal sabe muito bem que adoro fazer vídeos analisando comentários elaborados em minha página. Para esse vídeo, trago o comentário feito pelo Manuel Nunes. Ei-lo na íntegra:



 “Mesma coisa em desastre de avião . Cheguei atrasado por causa do trânsito tinha um ônibus quebrado perdoe o aviao Foi deus que quebrou o ônibus. Obrigado senhor. Mas não faz uma reflexão e os quinhentos que morreu inclusive crianças pastor, padres etc . Quem matou?”




Você, leitor, entendeu facilmente o comentário feito pelo Manuel Nunes, não é mesmo? O Manuel está a dizer que o cristão não consegue fazer uma reflexão. Se você, leitor, for um cristão, não entenda essa afirmação como uma ofensa, mas como um fato, uma realidade, algo que pode ser comprovado. E o Manuel traz um exemplo prático: desastres com avião. Quando um avião cai, é fértil a imaginação de um cristão sobrevivente. Dependendo da situação, o cristão muda o discurso. Por exemplo, se o cristão perde o voo por causa do trânsito, e o avião cai, ele dirá que seu deus o salvou, interferindo no trânsito de sua cidade. Se o avião não cai, faz uma viagem normal, o cristão jamais dirá que seu deus interferiu no trânsito para prejudicá-lo. Para ficar mais claro, vamos analisar mais profundamente os casos. 






                SE O AVIÃO CAI





O cristão sobrevivente dirá que seu deus provocou a paralisação do trânsito a fim de que ele perdesse o voo. Que seu deus o salvou. Veja, caro leitor, que isso ocorre com frequência diante dos vários acidentes não somente com aviões. O cristão não percebe o absurdo da afirmação acima. Em primeiro lugar, quando afirma que seu deus prejudicou o trânsito para salvá-lo, não percebe o excessivo grau de arrogância. Ele se coloca num plano superior. A vida dele é mais valiosa que a vida dos tripulantes e passageiros que estavam no avião que caiu. Naquele avião, todos ou quase todos eram cristãos, mas o deus cristão apenas direcionou sua proteção para um único cristão. Salvar aquele cristão é mais importante que salvar a vida de 100 ou 200 cristãos. Percebeu, leitor, a arrogância do cristão sobrevivente? Em segundo lugar, o cristão sobrevivente não vê outros problemas decorrentes de uma paralisação do trânsito. Por causa de uma paralisação no trânsito, inúmeras desgraças ocorrem. Ambulâncias levando doentes e feridos acionam a sirene, pedindo passagem, mas, com o trânsito parado, não chegam aos hospitais a tempo de salvar vidas humanas. O deus cristão interferiu no trânsito para salvar apenas um cristão, abandonando outros cristãos. Percebeu, leitor, o absurdo da afirmação do cristão sobrevivente? Crianças sofrem afogamentos em piscinas e rios, sendo levadas rapidamente aos hospitais, mas morrem durante o trajeto por causa do trânsito paralisado, e paralisado pelo deus cristão para salvar apenas um cristão. 



                    SE O AVIÃO NÃO CAI

 



Se o avião não cai, o cristão muda o discurso. Ele passa a reclamar do prefeito da cidade ou do DETRAN, por causa da paralisação do trânsito. Perdeu o voo, não conseguiu chegar ao aeroporto a tempo. Ele jamais dirá que seu deus agiu para prejudicá-lo. Se o avião tivesse caído, aí sim, ele diria que seu deus agiu para salvá-lo. Mas o avião não caiu, então a culpa só pode ser do prefeito ou do DETRAN. Imagine, leitor, o filho desse cristão, dentro de uma ambulância, precisando de socorro hospital urgente, em um engarrafamento de trânsito. O pai cristão desesperado não vai dizer que seu deus interferiu no trânsito para matar seu filho. É óbvio que não dirá isso! Entendeu, leitor, como os cristãos não raciocinam, não conseguem fazer uma reflexão! Resumindo, a coisa fica assim:


Se o avião cai, o deus cristão interferiu no trânsito para salvar o cristão sobrevivente.

Se o avião não cai, o deus cristão não interferiu no trânsito, ao contrário, a culpa é do prefeito ou do DETRAN. 


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