O cristão sobrevivente dirá que seu deus provocou a paralisação do trânsito a fim de que ele perdesse o voo. Que seu deus o salvou. Veja, caro leitor, que isso ocorre com frequência diante dos vários acidentes não somente com aviões. O cristão não percebe o absurdo da afirmação acima. Em primeiro lugar, quando afirma que seu deus prejudicou o trânsito para salvá-lo, não percebe o excessivo grau de arrogância. Ele se coloca num plano superior. A vida dele é mais valiosa que a vida dos tripulantes e passageiros que estavam no avião que caiu. Naquele avião, todos ou quase todos eram cristãos, mas o deus cristão apenas direcionou sua proteção para um único cristão. Salvar aquele cristão é mais importante que salvar a vida de 100 ou 200 cristãos. Percebeu, leitor, a arrogância do cristão sobrevivente? Em segundo lugar, o cristão sobrevivente não vê outros problemas decorrentes de uma paralisação do trânsito. Por causa de uma paralisação no trânsito, inúmeras desgraças ocorrem. Ambulâncias levando doentes e feridos acionam a sirene, pedindo passagem, mas, com o trânsito parado, não chegam aos hospitais a tempo de salvar vidas humanas. O deus cristão interferiu no trânsito para salvar apenas um cristão, abandonando outros cristãos. Percebeu, leitor, o absurdo da afirmação do cristão sobrevivente? Crianças sofrem afogamentos em piscinas e rios, sendo levadas rapidamente aos hospitais, mas morrem durante o trajeto por causa do trânsito paralisado, e paralisado pelo deus cristão para salvar apenas um cristão.
SE O AVIÃO NÃO CAI
Se o avião não cai, o cristão muda o discurso. Ele passa a reclamar do prefeito da cidade ou do DETRAN, por causa da paralisação do trânsito. Perdeu o voo, não conseguiu chegar ao aeroporto a tempo. Ele jamais dirá que seu deus agiu para prejudicá-lo. Se o avião tivesse caído, aí sim, ele diria que seu deus agiu para salvá-lo. Mas o avião não caiu, então a culpa só pode ser do prefeito ou do DETRAN. Imagine, leitor, o filho desse cristão, dentro de uma ambulância, precisando de socorro hospital urgente, em um engarrafamento de trânsito. O pai cristão desesperado não vai dizer que seu deus interferiu no trânsito para matar seu filho. É óbvio que não dirá isso! Entendeu, leitor, como os cristãos não raciocinam, não conseguem fazer uma reflexão! Resumindo, a coisa fica assim:
Se o avião cai, o deus cristão interferiu no trânsito para salvar o cristão sobrevivente.
Se o avião não cai, o deus cristão não interferiu no trânsito, ao contrário, a culpa é do prefeito ou do DETRAN.
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