Leitor amigo,
Alexandre Aganete mora em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Possui um canal no You Tube, cujo link aparece logo abaixo para que você, leitor, possa acessá-lo. Aganete foi um cristão evangélico fervoroso, tendo, inclusive, atuado como pastor. Atualmente, é um ateu convicto.
Há pouco tempo, ele fez um vídeo em que presta uma homenagem a dois ateus: a mim mesmo, Eustáquio, e ao Nílton César Santana. Veja, leitor, a parte do vídeo em que sou citado:
“Outro canal que eu devo muito é o canal do meu amigo Eustáquio Presley. Eustáquio é um cara fantástico! É, além de ser um grande professor, né, fiz até um vídeo, apaguei depois, mas depois vou fazer novamente esse vídeo aí, mostrando como é que ele quebrou minhas pernas, né, tentando defender a legis…eu tentando defender, eu tentando defender a legislação judaica, e ele mostrou pra mim e, no final do comentário lá, eu tive que concordar com ele. Eu tentando mostrar pra ele que a legislação judaica era, era uma boa legislação. E ele me mostrou que o código legislativo brasileiro é muito melhor que o código judaico.”
Alexandre Aganete confessa que, quando era um cristão evangélico fervoroso, de vez em quando, acessava meu canal, vendo alguns de meus vídeos acerca de cristianismo. Diz ele que, certa vez, fez um comentário sobre as leis que estão na Bíblia, afirmando que foram leis feitas pelo deus hebreu, portanto, leis perfeitas e muito justas. Não se esqueça, leitor, de que nessa época Aganete era um cristão evangélico, um pastor. Pois bem! Diante dessa afirmação, a de que as leis bíblicas eram perfeitas e justas, eu respondi ao comentário de Aganete, explicando-lhe que não, que as leis bíblicas não eram perfeitas e justas. Leis perfeitas e justas são, por exemplo, as leis atuais brasileiras que estão na Constituição Federal e nas outras leis, leis muito diferentes do que aquelas que estão na Bíblia. Aganete, depois de assistir a alguns vídeos meus sobre o tema e depois de ler meus comentários, afirma que eu quebrei suas pernas, ou seja, no sentido figurado, ele ficou sem chão, sua crença na Bíblia ficou abalada.
Ora, deus algum existe, deus algum faz leis. É público e notório que é o homem, animal racional, que faz leis. O homem (macho e fêmea) é o único animal da Terra que sabe fazer leis. O macaco não sabe fazer leis. O jumento, também não. Em se tratando de Bíblia, quem fez as leis que estão lá, no Velho Testamento, que não é velho para os judeus? A resposta é mais fácil do que empurrar um bêbado ladeira abaixo: as leis que estão na Bíblia foram feitas pelo povo hebreu! Entendeu, caro leitor? Vou repetir: as leis que estão na Bíblia foram feitas pelo povo hebreu! Feitas por homens, machos hebreus, e não por uma divindade “espiritual”. Como são leis muito antigas, em épocas marcadas pela violência, conflitos, guerras, ódio entre os povos, então, leis profundamente injustas e mal-elaboradas.
Padres e pastores evangélicos, por exemplo, dizem aos fiéis que o deus hebreu criou os 10 mandamentos que estão no livro de Êxodo, capítulo 20. E, lamentavelmente, os fiéis acreditam nessa bobagem. O Alexandre Aganete acreditou nessa bobagem também. Porém, hoje, vê a coisa com outros olhos. Na verdade, os dispositivos que estão em Êxodo, capítulo 20, são profundamente injustos e com uma péssima técnica legislativa, provando a deficiência daquela sociedade na elaboração de leis. Só para citar um exemplo, caro leitor, qual é o primeiro mandamento que aparece? Abra sua Bíblia, leitor, e confira comigo, por favor. Em Êxodo, capítulo 20, versículo 3, temos:
“NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM.”
Esse mandamento, leitor amigo, é o pior de todos, terrível! Você tem ideia do que está aí? Os hebreus criaram essa monstruosidade! O que está aí é o ponto mais alto da intolerância religiosa, e os próprios cristãos nem percebem. Naquela época de profundo atraso, não havia liberdade religiosa. Um hebreu não podia adorar outros deuses. Se o fizesse, seria condenado à pena de morte por um método cruel: o apedrejamento! E, pasmem, os cristãos ainda recorrem à Bíblia como livro “santo”!
Você está entendendo, leitor? Esse mandamento proibia a adoração a outros deuses. E a punição era a pena de morte! Imagine, leitor, você, um cristão, morando hoje no Brasil, adorando seu deus hebreu, e sendo condenado à pena de morte por fuzilamento. Você não deveria adorar o deus hebreu, mas outro deus agasalhado pelo povo brasileiro. O que você diria? Com certeza, você gritaria contra essa lei muito má, que não lhe dava o direito à liberdade de crença, não é mesmo? Pois essa lei muito má está aqui, na Bíblia. Repito: no mundo bíblico, não havia liberdade de crença. Intolerância religiosa aos extremos! Que coisa horrível, matar uma pessoa por simplesmente adorar outro deus! Pois essa coisa horrível está aqui na Bíblia, mas, por causa da fé religiosa, que cega seus portadores, os cristãos ainda recorrem à Bíblia como livro “santo”.
E, hoje, no Brasil, por exemplo, alguém pode ser condenado à prisão por adorar outro deus? Você, leitor, mora no Brasil? Você é um cristão, uma cristã? Então, você comete algum crime por adorar o deus hebreu? Claro que não, não é mesmo? Você, leitor, tem liberdade de crença religiosa. Sem exceção. Você atualmente tem um direito importante que era negado a todos no mundo da Bíblia. Como é que você, então, ainda invoca a Bíblia como livro “santo”?
Veja, leitor, o que diz a Constituição Federal, a lei das leis, no artigo 5º, inciso 6º:
“É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”
Que diferença em relação à Bíblia, não é mesmo, leitor? Na Bíblia, o elogio à intolerância religiosa, a pena de morte para o hebreu que viesse a adorar outro deus, além de Javé. Na Constituição Federal vigente, o contrário da Bíblia: liberdade total de crença, proteção absoluta aos locais de culto. Por que, então, leitor cristão, você ainda se refere à Bíblia como livro “santo”?
Alexandre Aganete, que bom, conseguiu sair da ilusão religiosa, que aprisiona, bestializa e explora seus portadores.
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