segunda-feira, 19 de julho de 2021

SÓ JESUS SALVA!!!!

    


  Em meu vídeo “Graças a Jesus, venci a covid-19”, publicado neste canal, anteontem, domingo, dia 18 do corrente ano, recebi o comentário de Nalmira Damasceno. Ei-lo na íntegra:


                                       

                             “  Parabéns professor Esse é um dos melhores vídeos Eu também vi essa reportagem e fiquei indignada ao ver tanto egoísmo e demência intelectual Pois as pessoas que sobrevivem não pensam nas que morreram se Deus curou as Deus e milagroso e as que morreram porque Deus não as curou Esses dementes não tem em mente a capacidades de raciocínio para perceber que se Deus curasse alguém curaria a todos”



                                 Nalmira Damasceno torna pública sua indignação diante do fato trazido naquele vídeo pelo professor de desenho Henrique Agostinho Silvério. Henrique viu uma mulher, numa cadeira de rodas, saindo de um hospital, após vencer a covid-19, e, erguendo a Bíblia com a mão direita, dizer em voz alta que foi salva por Jesus. Nalmira também viu a cena e ficou extremamente indignada diante do egoísmo e da demência intelectual daquela mulher cristã. 

                                 Sigmund Freud (1856 - 1939), o Pai da Psicanálise, judeu e ateu, em seu livro “O futuro de uma ilusão”, 2010, editora Pallotti, página 110, afirma sobre a religião:


                               

                                  “(...) ela contém um sistema de ilusões de desejo com recusa da realidade como apenas encontramos isolado na amência, uma confusão alucinatória radiante.”




                                  Eis mais uma verdade freudiana incontestável, inatacável. O homem religioso vive afundado numa ilusão, recusa-se a ver a realidade que o cerca, age num estado semelhante ao de amência (demência), está mergulhado numa confusão alucinatória extrema. Nalmira, boa observadora, destaca, naquela mulher cristã que sobreviveu à covid-19, duas coisas: o egoísmo e a demência intelectual. 

                                           Em primeiro lugar, veja o EGOÍSMO, que é tão claro e comum no meio das fantasias religiosas. Aquela mulher cristã, ao dizer que foi salva por Jesus, não consegue enxergar a carga de egoísmo contida em suas palavras. Ela foi salva por Jesus, enquanto 534 mil brasileiros deixaram de ser salvos por Jesus. Existe egoísmo maior do que esse? Estou tratando apenas do Brasil, nem vou citar outros países. No ápice da pandemia, pela televisão, brasileiros assistiam a cenas de terror. Famílias destroçadas, filhos perdendo ao mesmo tempo pais e mães, pais e mães perdendo filhos, netos e amigos. Sem vaga em leitos hospitalares, pessoas com falta de ar morriam em sua casa. Cadáveres eram expostos nas calçadas e jogados em caminhões com refrigeração. Um espetáculo macabro! E tudo isso permitido por Jesus, segundo as palavras da mulher cristã. Agora, ela não! Com ela a coisa foi diferente. Jesus olhou para ela, resolvendo salvá-la porque ela é mais importante do que as 534 mil pessoas que pereceram diante da pandemia. Existe EGOÍSMO maior do que isso? Nalmira, com seu olhar crítico, acertou na mosca!

                                     Em segundo lugar, a DEMÊNCIA daquela mulher cristã. Nalmira diz:



                                    “ Esses dementes não tem em mente a capacidades de raciocínio para perceber que se Deus curasse alguém curaria a todos”




                                             Nalmira vê facilmente que aquela mulher cristã não raciocinou quando afirmou que foi salva por Jesus. Segundo seu estado de demência, não percebe que, se Jesus a tivesse salvado, teria feito a mesma coisa em relação ao universo de pessoas que sucumbiram. Aquela mulher cristã não consegue ver a maluquice presente em sua afirmação. Em sua fantasia religiosa, o Jesus dela é de uma monstruosidade sem fim. Veja os médicos e enfermeiras. Quando não conseguem salvar um paciente, vão ao desespero, ao choro. Fizeram de tudo, porém, fracassaram. Já o Jesus imaginário daquela mulher cristã foi o responsável pelas mortes, pouco importando o trabalho desempenhado pelos médicos, enfermeiras e auxiliares de enfermagem. O Jesus imaginário dela não estava nem aí para os esforços dos médicos, para as orações que os próprios familiares critãos faziam em prol dos doentes. Como se vê, os piores inimigos do imaginário Jesus são cristãos como aquela mulher sentada em sua cadeira de rodas, lembrei-me agora do cantor Fernando Mendes. Segundo ela, Jesus também deixou de salvar os 6 milhões de judeus que foram mortos pelos soldados de Adolf Hitler nos campos de concentração, no final da 2ª Guerra Mundial, em 1945. Crianças, idosos, mulheres grávidas foram levados para as câmaras de gás e depois aos crematórios. Jesus não os salvou, mas resolveu salvar aquela mulher da covid-19. Por favor, não ria, caro leitor, porque vai atrapalhar minha explicação aqui. 

Você, que está assistindo a esse vídeo, entendeu a loucura, não é mesmo? Serei mais claro ainda! Se você é um cristão e diz, por exemplo, que Jesus o salvou, ao mesmo tempo está afirmando que Jesus deixa de salvar todas as pessoas que são vítimas das piores desgraças. Você está afirmando que Jesus o salvou, mas deixou de salvar, por exemplo, os pais de Suzane Von Richthofen quando foram barbaramente assassinados pelos irmãos cravinhos. Você diz que Jesus o salvou, mas deixa de salvar um exército de mulheres cristãs que são estupradas pelo Brasil a cada dia. Entendeu como realmente o homem religioso não consegue raciocinar, que a fé religiosa elimina a arte de raciocinar?

                                       Como diz o ateu Roberto I. Santos, “a ignorância pariu a religião!”


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