segunda-feira, 12 de julho de 2021

AS ORAÇÕES NÃO SALVARAM MINHA MÃE

 


                        Em meu vídeo de ontem com o título "Orações não salvaram meu cunhado", fiz uma análise sobre o comentário de Edson Martins acerca da morte de seu cunhado em decorrência da covid-19. Edson enfatizou a ineficácia das orações. Um grupo grande de cristãos composto pela esposa, filha evangélica, parentes e amigos oravam pela recuperação da saúde do paciente, todavia, as orações não surtiram efeito algum. O cunhado veio a óbito. 

                                          Nesse mesmo vídeo, Rodrigo Oliveira, a exemplo do Edson, traz um fato ocorrido com sua querida mãe. Ei-lo:


                      

"Ótimo vídeo! Minha família é cristã, ou seja, uma parte católica e outra evangélica! Minha mãe contraiu aquela terrível doença...a esclerose lateral amiotrófica. Todos oraram(exceto eu) para ela ser curada. Meu irmão quando percebeu que isso não ia acontecer...mudou a oração: ´´Então leve ela logo para parar de sofrer!`` Mesmo vendo a ineficácia da oração, todos continuam com essa crença religiosa e frequentando a igreja. Minha mãe se foi e isso e mais outras coisas só aumentaram o meu ceticismo."

Rodrigo Oliveira diz que sua família é cristã, uma parte, católica, a outra, evangélica. Sua mãe contraiu uma das piores doenças de que tenho conhecimento: ELA (esclerose lateral amiotrófica). Lembrei-me da esposa de um querido amigo de trabalho, cujo fato narrarei mais à frente. Quando sua mãe começou a apresentar os primeiros sintomas da terrível enfermidade, à exceção do Rodrigo, os filhos, parentes e amigos começaram a orar pela recuperação da paciente. Rodrigo, claro, queria que sua mãe se livrasse daquilo, mas não orou porque sabia que oração é pura perda de tempo, uma ilusão religiosa. Seu irmão, cristão fervoroso, orava intensamente, pedindo ao seu deus que curasse aquela mulher que lhe era muito cara. Quanto mais ele orava, mais sua mãezinha piorava. Percebendo que suas orações não estavam surtindo efeito, ele passou a orar de forma diferente, solicitando a seu deus que levasse logo sua mãezinha para que ela não sofresse tanto. Sua mãezinha veio a óbito.
Rodrigo, o único cético da família, bom observador, diz que seus familiares continuam frequentando igrejas e ainda confiando no poder das orações, apesar da inutilidade vivenciada. Como é possível? Um grupo de pessoas passou a fazer orações em benefício de uma mulher, constatando que não houve melhora alguma, resultado algum, e, mesmo assim, ainda continua dando credibilidade às orações? Como isso é possível? É possível porque a fé religiosa conduz o homem a um estado semelhante ao de amência (demência), como já dizia Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, que era judeu e ateu. O homem religioso não consegue raciocinar, daí as afirmações sem fundamentação alguma. Para que você, amigo leitor, entenda melhor esse comportamento, trago aqui um caso hipotético fora da religião, e você verá que a visão de um cristão será diferente. Um determinado cristão está sentindo tonturas diárias, não conseguindo desempenhar funções básicas. Sem saber por que está passando por aquilo e sem vontade de procurar um médico, resolve ouvir um conselho de um amigo. Esse amigo lhe diz que também tinha os mesmos sintomas e que conseguiu a cura tomando chá de erva-cidreira. O cristão agradece o conselho do amigo, passando a tomar 3 chás de erva-cidreira por dia. Porém, as tonturas continuam, mais fortes ainda. O que o cristão fará? Com certeza, ele chegará à conclusão de que erva-cidreira não tem efeito algum para seu problema. Não serve para seu problema. E aí deixará de tomar o chá. O cristão no presente caso raciocinou, percebeu a inutilidade da erva-cidreira para suas tonturas. Assim, deveria agir da mesma forma em relação às orações, só que a coisa aqui é diferente porque ele está no mundo do "sagrado" para ele. O "sagrado" não permite que ele venha a questionar, que ele venha a raciocinar. Por mais inúteis que sejam as orações, ele continuará a propagar sua eficácia, que é nula em todos os aspectos. Como dizia Freud, o homem religioso faz uso de fundamentações miseráveis para seus pontos de vista. Rodrigo, que é cético, vê isso com uma facilidade incrível, mas seus irmãos cristãos não conseguem visualizar por causa da fé religiosa.
Agora narrarei o fato que ocorreu com a esposa de um grande amigo meu, aqui, em Brasília. Não vou citar os nomes. Meu amigo morava em Taguatinga, uma cidade do Distrito Federal, com a esposa e duas filhas. Ele mantém a mesma casa ainda hoje, mas está morando em São Paulo, na capital. Quando ele morava com a família aqui, eu sempre os visitava. A esposa dele era uma mulher extremamente gentil e educada, cristã católica. Certo dia, começou a sentir dormência nos dedos das mãos, perda de sensibilidade. Após os exames, o resultado: ELA. Aquela mulher tão forte, tão alegre, tão gentil, começou a definhar, a perder os movimentos musculares. Seu marido a levou à Alemanha, infelizmente nenhum resultado positivo. Ela viveu ainda durante 8 anos, paralisada totalmente sobre uma cama, nenhuma ação, nenhum movimento. Um quadro realmente muito triste! Ela faleceu há 2 anos em São Paulo. Uma semana antes de seu falecimento, fui visitá-la pela última vez. Uma filha é médica, a outra, advogada, na capital paulista. E meu amigo mora lá e ainda vem a Brasília, onde mantém a casa ainda em Taguatinga.







     

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