sexta-feira, 7 de abril de 2017

O SEBASTIÃO E UMA FORÇA (NÃO DEUS)



            Em meu vídeo “O Washington e a tristeza dos ateus”, publicado hoje, dia 6 de abril de 2017, o internauta Sebastião Davgens fez o seguinte comentário:



            “Eu nao sou dirigido por uma ordem religiosa nem manipulado tenho dentro de mim uma esperanca que nao surgimos do nada mais sim do tudo se nao a nossa vida era uma mera ilusao esse tudo e a causa porque existimos e esse tudo nao e um deus criado pelo homem mais sim uma fonte de forca geradora de luz ou seja de vida e vida e vida embora em cada fase passando por pdocesso de evolucao tanto o ateu tanto o crente tanto o que vive como luz esta passando por um processso de evolucao e cada um se alegra no seu modo de viver os enlurdido por ideologia criado pelo homem se desvia da luz e se prende dentro de um sistema que retarda a seu proprio progresso e cai em sofrimento e as vez passar por momento de uma ilusao de felicidade e de alegria.”
                               
          O internauta Sebastião assistiu ao meu vídeo “O Washington e a tristeza dos ateus”. Naquele vídeo, abordei um artigo de outro internauta. Ali afirmei que os fiéis religiosos, aqueles que frequentam igrejas, são manipulados, conduzidos e até explorados financeiramente por líderes religiosos. E as provas são claras e cristalinas. Basta, por exemplo, ver a realidade das igrejas no Brasil.
           Pois bem! O internauta Sebastião escreve afirmando que, diferentemente de outros fiéis, ele não é dirigido, manipulado, por ordem religiosa alguma e nem explorado. Porém, diz que, dentro dele, existe uma esperança de que o homem não surgiu do nada porque, do contrário, a vida seria uma mera ilusão. E conclui que o homem surgiu do tudo e que esse tudo é uma força geradora de luz, de vida, com vários estágios de evolução. Bem! O internauta Sebastião não diz se é cristão, budista, hinduísta, espírita etc. Mas de uma coisa estou certo: ele acredita em reencarnação, em estágios de evolução espiritual.
          O Sebastião tem todo o direito de acreditar em qualquer coisa, até mesmo de acreditar que o Nestor Cerveró terá seu olho esquerdo consertado. Ninguém paga imposto por acreditar, com exceção, claro, daqueles fiéis que pagam dízimo. Assim como o Sebastião tem o direito de acreditar em uma força sobrenatural geradora de luz, eu, ateu, tenho também o direito de dizer que essa força sobrenatural geradora de luz não existe de fato. Trata-se apenas de mais uma ilusão do homem.  
          No início de seu comentário, Sebastião diz:

          “(... ) tenho dentro de mim uma esperanca que nao surgimos do nada mais sim do tudo se nao a nossa vida era uma mera ilusão.”


             Com todo respeito, o Sebastião está completamente desorientado. Isso ocorre quando alguém tenta explicar o sobrenatural. Ou seja, quando alguém tenta explicar o que não existe. Sebastião diz que, dentro dele, existe uma esperança de que o homem não surgiu do nada, mas do tudo, do contrário a vida seria uma mera ilusão. Puro engano do Sebastião! Na verdade, dentro dele não existe uma esperança, mas uma ilusão. E que ilusão? A ilusão de que o homem é eterno, de que existe vida após a morte. E Sebastião diz que, sem essa esperança, a vida do homem seria uma mera ilusão. Mais um erro do Sebastião! Ora, ateus não têm essa esperança, a ilusão da vida depois da morte. Nem por isso, os ateus vivem iludidos. Nem por isso, os ateus vivem infelizes. Nem por isso, os ateus levam uma vida sem sentido. Ao contrário! Levam uma vida normal, estudam, trabalham, divertem-se etc. Na verdade, para ser feliz, ninguém necessita de ilusões, de acreditar em vida depois da morte. O ateu sabe que o que se leva da vida é a vida que se leva. Para o ateu, a certeza da morte é algo natural por que passa não só o homem, mas todos os seres vivos. Outro erro do Sebastião é afirmar que o homem não surgiu do nada, mas sim do tudo. Mais uma bobagem dos que tentam explicar o que não existe. Ora, Sebastião diz que o homem não surgiu do nada, mas sim do tudo. Só que o tudo veio do nada. Entendeu? Antes de o tudo aparecer, havia o nada. Portanto, o Sebastião morre afogado no próprio cuspe.
              Mais à frente, Sebastião escreve:

              “esse tudo e a causa porque existimos e esse tudo nao e um deus criado pelo homem mais sim uma fonte de forca geradora de luz.”



              Sebastião diz que esse tudo é a causa por que o homem existe. Não se trata de um deus criado pelo homem, mas sim uma fonte de força geradora de luz. Como já dizia Sigmund Freud, a fé religiosa conduz o homem a um estado equiparável ao de amência. Diante da fé religiosa, o homem perde sua capacidade de raciocínio. Por que o Sebastião diz que existe uma fonte de força geradora de luz? Por que ele não diz que existem duas fontes de força geradora de luz? Por que apenas “uma”? Por que não “duas”? Por que não “mil” forças?  A resposta é fácil: o Sebastião diz apenas “uma” força porque ele vive numa sociedade marcada fortemente por uma religião monoteísta que prega apenas a existência de um deus, e não de dois, três ou mil. Entendeu? O mundo “espiritual” do Sebastião só vê o numeral “um” porque esse foi o numeral transmitido a ele por seus pais e pessoas próximas. Se o Sebastião vivesse em uma sociedade politeísta, com muitos deuses, com certeza não estaria falando acerca de apenas uma força, mas de várias forças. Na verdade, não existem forças sobrenaturais geradoras de luz, nem de trevas. Tudo isso é ilusão humana! 

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