quarta-feira, 5 de abril de 2017

O ATEU LUIZ E OS CRISTÃOS EM ISRAEL




            Em meu recente vídeo “O ateu Moab e a esquizofrenia dos cristãos”, o internauta Luiz Trindade fez o seguinte comentário:


             “Olá Eustáquio. Acompanho o seu canal desde o início, assisto a todos os vídeos e senti falta quando você parou de fazê-los por um ano, que bom que você continuou. No final do ano passado estive em Israel por 18 dias e lá conheci muitos lugares, histórias e estórias de seu povo. 80% da população é judia 19% muçulmana e 1% é dividida para outras religiões incluindo o cristianismo. Em todo país há 5000 cristãos, 95% desses cristãos vieram de outros países para cuidar das igrejas, locais importantes para eles e trabalhar com turismo religioso. Apenas 5% são judeus cristãos..É quase uma anomalia nascer judeu cristão por lá. O povo judeu considera Jesus uma fralde e o povo muçulmano um profeta. Em qualquer lugar do mundo os religiosos são iguais, querem impor suas crenças e suas verdades sobre as demais. Os seus deuses são únicos e melhores que os de outras religiões. O que eles não compreendem é que existem pessoas que não precisam da ideia do sobrenatural pra sobreviver (deuses invisíveis, mudos, controlador e que não curam amputados). Parabéns pelos vídeos. Abraço.”


          O comentário do Luiz Trindade traz dados estatísticos atuais sobre a religiosidade no estado de Israel. Já que é um comentário de primeira qualidade, não pode ficar esquecido, razão por que resolvi abordá-lo por meio deste vídeo.
          O Luiz diz que, no final de 2016, esteve em Israel. Permaneceu lá durante 18 dias. E conheceu vários lugares recheados de dados históricos. Segundo os dados colhidos por Luiz, lá, em Israel, nos dias atuais, 80% da população são adeptos do judaísmo, 19% do islamismo e apenas 1% para outras religiões, incluído aí o cristianismo. Como se vê facilmente, em Israel, o cristianismo é uma religião minoritária, ou seja, os cristãos são uma minoria, diferentemente do que ocorre no Brasil. Diz o Luiz que, em todo o estado de Israel, existem apenas cinco mil cristãos. Desses cinco mil cristãos, 95% são fiéis que vieram de outros países. Ou seja, não são cristãos nascidos lá, em Israel. Cristãos realmente judeus, nascidos em Israel, são apenas 5%. Luiz afirma que é quase uma anomalia nascer um judeu cristão por lá. E diz também:


                “O povo judeu considera Jesus uma fralde e o povo muçulmano um profeta”.


                   Eis mais uma verdade dita por Luiz Trindade! De fato, para o povo judeu em geral, Jesus foi uma fraude. Já para o povo muçulmano, outra religião, Jesus foi um profeta menor que Maomé, mas foi um profeta. Veja como os cristãos são ingratos! Eles enaltecem o povo judeu (Israel) que afirma ser Jesus uma fraude. E detestam o povo muçulmano que coloca Jesus como um profeta. Um absurdo, não é mesmo? E Luiz Trindade diz mais:


                  “ Em qualquer lugar do mundo os religiosos são iguais, querem impor suas crenças e suas verdades sobre as demais. Os seus deuses são únicos e melhores que os de outras religiões.”


                Eis outra verdade dita por Luiz Trindade! De fato, em qualquer lugar do planeta Terra, os religiosos são iguais. Eles impõem suas crenças sobre as demais. Seus deuses são os únicos. E por que isso acontece? Ora, porque o homem se agarra totalmente aos costumes de sua sociedade. Para ele, os costumes de sua sociedade é que são corretos. As outras sociedades são estranhas. Veja um exemplo: no Brasil, a direção dos automóveis fica do lado esquerdo. E isso é o natural no Brasil, o correto. Na Inglaterra e em outros países, a direção fica do lado direito, ou seja, do lado do passageiro. Um brasileiro acha aquilo estranho, errado, porque não faz parte de sua cultura. Entendeu? Veja outro exemplo: no Brasil, o certo é o casamento monogâmico porque faz parte da cultura. Um brasileiro acha errado o casamento poligâmico porque não faz parte de sua cultura. Já quem reside em lugares em que existe casamento poligâmico isso é visto como uma coisa natural. Ou seja, tudo é visto sob o ponto de vista da cultura de cada povo. É assim em relação à direção dos automóveis, é assim em relação aos casamentos, é assim em relação aos hábitos alimentares, é assim em relação às religiões, é assim em relação aos deuses etc. O homem cria tudo isso conforme seus costumes. O homem cria deuses, anjos, demônios, lobisomem, saci-pererê, mula sem cabeça, veículos, casamentos etc. E cada sociedade vê suas criações como as certas, as verdadeiras. Já as criações de outras sociedades são erradas. Na verdade, o certo e o errado são relativos, e não absolutos. Os valores variam conforme os costumes de uma sociedade. Hoje, no planeta Terra, existem, no mínimo, dez mil religiões. E cada uma diz ser realmente a verdadeira. E também existem, no mínimo, dois mil deuses. E cada povo diz que seu deus ou deuses são os verdadeiros. E a ignorância religiosa é tão extrema que, ainda hoje, muitos religiosos se matam defendendo seus deuses. Essa matança era regra no mundo antigo, basta abrir a Bíblia para comprovar essa verdade. Os hebreus matavam outras pessoas que viessem a adorar deuses que não o Javé. Egípcios, fenícios, heteus e outros também praticavam a mesma maldade. Ou seja, cada povo via seus deuses como os verdadeiros. E Luiz Trindade conclui seu artigo, dizendo o seguinte:


              “O que eles não compreendem é que existem pessoas que não precisam da ideia do sobrenatural pra sobreviver (deuses invisíveis, mudos, controlador e que não curam amputados).”



             Luiz Trindade diz aqui que as pessoas religiosas em geral não compreendem que existem outras pessoas que não precisam de deuses invisíveis, mudos, controladores e que não curam amputados. No caso aqui, os ateus. Já que as pessoas religiosas vivem no mundo da ilusão, da fantasia, deveriam se ater ao seu mundo. Deveriam propagar sua fé, sua crença, seus deuses, sem se preocuparem com a fé, com a crença e com os deuses dos outros. Cada pessoa religiosa ficaria com seu deus ou deuses, deixando de lado os deuses dos outros. Mas, infelizmente, não é esse o quadro que vemos por aí. Já os ateus estão em outro campo. Estão fora de um mundo fantasioso assombrado pelos deuses e demônios, como já dizia Carl Sagan.  

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