terça-feira, 11 de abril de 2017

EUA, RÚSSIA E A 3ª GUERRA




                      De todos os animais da Terra
                      o homem é o único imbecil.
                      Possui a capacidade da razão,
                      porém, age de modo infantil.

                      Agora, em abril de 2017,
                      mais uma besteira humana marcada pela idiotice,
                      EUA, Rússia e China a ensaiar um conflito mundial
                      o que é uma profunda tolice.

                      E tudo começou na Síria,
                      com o uso de armas químicas pelo ditador,
                      ceifando a vida de pessoas inocentes,
                      sem um pingo sequer de dor.

                      Já que é proibida a utilização de armas químicas,
                      os Estados Unidos resolveram entrar em ação,
                      Lançaram mísseis contra uma base militar síria,
                      causando uma forte reação.      

                      Em repúdio à ação dos Estados Unidos,
                        A Rússia foi a primeira a se manifestar,
                        já que tem longo histórico em ditaduras,
                        E é grande amiga do ditador Bashar al-Assad.

                         E a China também ficou indignada
                         com os Estados Unidos diante da ação,
                         porque, igualmente à Rússia,
                         adora ditadores à frente de qualquer nação.

                          Os Estados Unidos não são flor que se cheire,
                          mas em sua história nunca houve um ditador.
                          Diferentemente de Rússia, China e Síria
                          com tradição em governo matador.

                          Só haverá resquícios de paz na Síria
                          com a saída de seu ditador,
                          mas a Rússia insiste em sua permanência
                          porque não sente do povo sírio a dor.

                           E aqui reside a imbecilidade do homem,
                           já que em defesa de um ditador sanguinário,
                           Rússia e China ameaçam uma guerra
                            que poderá ter um hediondo cenário.


segunda-feira, 10 de abril de 2017

O PAPA FRANCISCO E OS ATAQUES A CRISTÃOS NO EGITO



               Ontem, domingo, dia 9 de abril do fluente ano, como quase sempre faço à noite, estava assistindo ao programa “Fantástico”, exibido pela Rede Globo de Televisão. Entre outras notícias, os ataques com explosivos a duas igrejas cristãs coptas que causaram a morte de quarenta e quatro pessoas e ferimentos em mais de cem. Na matéria televisiva, apareceu o papa Francisco. Em seu discurso, o papa disse que lamentava muito os ataques terroristas e que estava rezando pelas vítimas.
                  Antes de entrar propriamente no assunto, vamos ao Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana. Estou aqui com o livro “Catecismo da Igreja Católica – Edição Típica Vaticana, edições Loyola, 2000. Na página 559, o Parágrafo 2123 diz o seguinte:


                  “Muitos de nossos contemporâneos não percebem de modo algum essa união íntima e vital com Deus, ou explicitamente a rejeitam, a ponto de o ateísmo figurar entre os mais graves problemas de nosso tempo.”


                  Muito bem! O Catecismo católico diz que o ateísmo é um dos mais graves problemas. Se a Igreja Católica afirma que o ateísmo é um dos mais graves problemas de nosso tempo, então deve apresentar as provas que confirmem essa afirmação. E onde estão essas provas? Elas não estão em canto algum porque simplesmente não existem. Não são os ateus que levam o papa a lamentar perdas de vida humana. No caso específico desses dois ataques a cristãos coptas no Egito, nesse domingo, como também em outros casos, não existem ateus ali, atacando cristãos. Na verdade, são religiosos que atacam religiosos. A verdade, pois, está muito longe do que afirma o Catecismo católico. A crença religiosa é que figura entre os mais graves problemas de nosso tempo. E não só do nosso tempo. A história das religiões é uma história recheada de fanatismo e intolerância que banharam de sangue a humanidade. E ainda banham!
                    Esses dois ataques a igrejas cristãs coptas no Egito, com várias vítimas, não foram os primeiros e nem serão os últimos. Haverá outros. Qual a causa desses ataques? Por que ocorrem esses ataques? Justamente por causa da intolerância religiosa. Não se trata, pois, de intolerância ateia. São religiosos atacando religiosos. A intolerância religiosa ocorre quando fiéis de uma religião agem contra fiéis de outra religião. O intolerante religioso vê sua religião como a verdadeira, seus dogmas como os certos, e, em vez de ficar com essa loucura só para ele, quer que outros religiosos venham a aderir à sua loucura. O certo seria que cada religioso vivesse com sua ilusão religiosa, sem se importar com a ilusão religiosa dos outros.
                 Como afirmei no início deste artigo, o papa Francisco, que é gente boa, afirmou que lamentava muito os ataques terroristas e que estava rezando pelas vítimas. A exemplo do papa, eu, que sou ateu, lamento profundamente o que ocorreu no Egito, mais uma vez. Pessoas cristãs (mulheres, idosos, crianças) foram assassinadas por terroristas que têm outra crença religiosa. Só discordo do papa Francisco quando ele afirma que está rezando pelas vítimas. Com todo o respeito que tenho pela figura humana dele, oração e reza são mais duas ilusões religiosas. Não servem para nada! O papa diz que está rezando pelas vítimas. E quais foram as vítimas? 44 mortos e mais de 100 feridos. Os mortos, infelizmente, já estão mortos, não existem mais! Logo, não precisam de rezas! Os que sobreviveram, mais de 100, não precisam de rezas, mas de tratamento médico. E estão, neste momento, em hospitais. Ali muitos já se submeteram a intervenções cirúrgicas. Estão, pois, salvas, graças à medicina que nada tem a ver com orações e rezas, até mesmo feitas pelo papa Francisco.

                  A Igreja Católica Apostólica Romana deveria, pois, mudar o texto de seu catecismo no que se refere ao ateísmo. Ou não?

domingo, 9 de abril de 2017

A BÍBLIA, O LAZIE E A INFERIORIDADE DA MULHER


            Em meu vídeo “O melhor livro de ateísmo”, publicado no dia 7 de junho de 2013, o internauta Lazie Lopes, ontem, 7 de abril de 2017, fez o seguinte comentário:


             “ no livro de Levíticos, a mulher que der a luz um filho varão, estaria impura 40 dias e no caso de uma menina 66 dias ou mais....fiz essa pergunta a um crente ele, me falou que era porque existem casos em que a menina tem sua primeira menstruação, já no ventre materno etc. citou Paul Ducan, como fonte.”


          O comentário do Lazie Lopes traz um tema bíblico mais do que claro: a inferioridade da mulher, da fêmea. Líderes cristãos enganam os fiéis, dizendo-lhes que, na Bíblia, homem e mulher são equiparados em direito! Que mentira absurda! Qualquer teólogo sério e qualquer historiador não menos sério sabem muito bem que, nas sociedades hebraica (Velho Testamento) e judaica (Novo Testamento), a mulher, a fêmea, se encontrava em posição inferior, sendo quase equiparada a um mero objeto. Essas sociedades eram patriarcais, isto é, o homem, o macho, numa posição superior, já a mulher, a fêmea, numa posição inferior. E essa verdade está clara na própria Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse. Na Bíblia, a pobre mulher apanha do início ao fim.
            Diz o Lazie Lopes que perguntou a um crente por que, no livro de levíticos, a mulher que desse à luz um filho estaria impura durante 40 dias, e no caso de uma menina, estaria impura durante 66 dias ou mais. Por que a situação era pior quando nascia uma criança do sexo feminino? E sabe o que o crente respondeu? Por favor, não ria! Não ria, Bebedouro! Não ria, Telmo Gama! Não ria, Ferreira Rassier! Pois o crente respondeu que era porque havia casos em que o feto tinha sua primeira menstruação dentro do útero. Lembrei-me agora do meu conterrâneo Chico Anysio, em um de seus personagens, dizendo: “É MENTIRA, TERTA?”. Que loucura! Como já dizia Sigmund Freud, a crença religiosa conduz o homem a um estado equiparável ao de amência, demência.
                Vamos à Bíblia! Em Levítico 12:2,4 e 5, está escrito:





        “2 Fala aos filhos de Israel: Se uma mulher conceber e tiver um menino, será imunda sete dias; como nos dias da sua menstruação, será imunda.
         4 Depois, ficará ela trinta e três dias a purificar-se do seu sangue; nenhuma coisa santa tocará, nem entrará no santuário até que se cumpram os dias da sua purificação.
         5 Mas, se tiver uma menina, será imunda duas semanas, como na sua menstruação; depois, ficará sessenta e seis dias a purificar-se do seu sangue. “


          O mundo da Bíblia, como se vê acima, era tão arcaico que a mulher, quando paria, era considerada imunda. E quando menstruava também. Como a sociedade hebraica era patriarcal, o homem numa posição privilegiada, em detrimento da pobre mulher, quando paria um menino (macho), era considerada imunda por 7 dias. E, para se purificar, eram exigidos 33 dias. Não se esqueça: essa regra era para o nascimento de um menino. E se nascesse uma menina? Ora, a regra era outra e desfavorável para a pobre mulher. Nascendo uma menina, a mãe seria considerada impura durante 2 semanas, ou seja, o dobro. E, para se purificar, eram exigidos 66 dias, isto é, o dobro também, em relação ao macho. Percebeu como a Bíblia trata de forma diferenciada o homem e a mulher? O homem (macho) sempre numa posição superior. E veja que a menina, recém-nascida, ainda com o cordão umbilical ligado à mãe, era considerada impura. Daí os prazos em dobro para a mãe. E, na narração bíblica, essas regras absurdas foram fixadas pelo Deus Javé. Na verdade, deuses não existem, não fixam regras, não discriminam homem e mulher. Tudo isso é criação de um povo arcaico: os deuses e regras injustas para a fêmea. Essa desigualdade entre o homem e a mulher, como já frisei acima, é do conhecimento de qualquer teólogo sério e de qualquer historiador. Como exemplo, trago Will Durant (1855-1981), um dos maiores historiadores de todos os tempos. Em seu maravilhoso livro “A história da civilização --- A Idade da Fé --- 2ª edição, 1950, na página 324, escreve o seguinte:


         “Os judeus, como seus contemporâneos, não gostavam de ter filhas, mas rejubilavam-se com o nascimento de um filho; este, e não a filha, podia continuar o nome, a família e a propriedade do pai e ainda cuidar do túmulo deste.” 

          Percebeu o tratamento diferenciado para o homem e a mulher? E, na página 326, ainda diz o historiador:

    
           “Acima de tudo, a lei talmúdica, como a maometana, era feita pelo homem, e favorecia demasiadamente o sexo masculino, de maneira a insinuar, nos rabinos, um verdadeiro terror pelo poder da mulher.”



           Eis, pois, um exemplo do deplorável quadro da mulher no mundo bíblico. 

sexta-feira, 7 de abril de 2017

A LEITURA DA BÍBLIA E O ATEU LUIZ TRINDADE


            Em meu vídeo “O Washington e a tristeza dos ateus”, publicado no dia 6 de abril de 2017, o internauta Luiz Trindade fez um extenso e brilhante comentário. Neste vídeo, darei ênfase ao que ele escreveu quase no final de seu recado:


           “Me tornei ateu lendo a bíblia, e se você que é cristão não quiser deixar de ser, não leia a bíblia.


         Antes de entrar propriamente no assunto, quero esclarecer uma coisa: faço vídeos para todos, sem distinção alguma. Porém, se você, que está assistindo a esse vídeo neste momento, é um cristão e não gosta de críticas à sua crença religiosa, por favor, saia deste canal agora. E seja feliz!
         Muito bem! O ateu Luiz Trindade, com frequência, escreve nesta página. No trecho de seu comentário acima, ele diz que hoje é ateu justamente porque resolveu ler e estudar a Bíblia, que é o livro “sagrado” dos cristãos. Para o universo de cristãos que frequenta as mais diferentes igrejas cristãs e que, no fundo, não leem a Bíblia e muito menos a estudam, a afirmação do Luiz pode parecer estranha. Como assim, uma pessoa lê a Bíblia e se torna um ateu? Mas a afirmação do Luiz não é estranha, não. O que aconteceu com o Luiz, aconteceu também comigo e com vários ateus que escrevem em minha página. E, claro, não só em relação à Bíblia, mas no tocante a qualquer livro de caráter religioso.
          Desde que eu me entendo por gente, ainda durante minha adolescência lá em Sobral, minha querida cidade cearense, quando passava por uma praça qualquer, via dependurada numa árvore uma placa com os seguintes dizeres:


“LEIA A BÍBLIA”


          Na época, eu já era ateu. Tinha por volta de 16 anos de idade. Minha família é católica. Havia lá em casa uma Bíblia, claro, católica, e não protestante. Ninguém a lia. A Bíblia ficava sobre um armário da sala de visita, toda aberta, toda arreganhada. Porém, mamãe não a lia, minhas irmãs não a liam, meus irmãos também não. O único da casa que lia a Bíblia todos os dias era justamente eu, e aquele que se tornaria um ateu convicto. Justamente por ler a Bíblia. Eu não tenho culpa alguma no cartório. Os culpados pelo meu ateísmo são as igrejas evangélicas que mandaram colocar aqueles cartazes com os dizeres “Leia a Bíblia”. Li, e não deu outra!
            Como eu já era ateu, passei a criticar a crença religiosa de meus amigos de adolescência. Muitos ficavam com raiva de mim, mas eu não estava nem aí. Hoje, continuam meus amigos, e muitos deixaram essa ilusão. Um deles, o Paulo, era membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mais uma ilusão religiosa norte-americana que infelizmente chegou também ao Brasil. Tudo o que não presta os EUA enviam para cá. O Paulo, que não lia a Bíblia, enchia o saco dos outros, convidando a todos para irem aos cultos. E eu, que lia a Bíblia, dizia que ele estava numa seita norte-americana, que não levava a nada. O pobre Paulo, que ainda hoje é vivo, mas não vai a igreja alguma, na época, dizia que quem trabalhava no dia de sábado iria direto para o inferno. Que loucura, não é mesmo? E hoje ele trabalha até nos domingos, imagine no sábado. Atualmente ele ri da fantasia que pregava naquela época. Essa igreja colocou na cabeça do pobre Paulo que o Deus Javé fez todas as coisas em 6 dias, e, como estava muito cansado, resolveu descansar no sábado. Já que a entidade descansou no sábado, então todos devem descansar nesse dia. Por favor, não ria! Não ria! Como é que uma pessoa normal, com o cérebro funcionando a cem por cento, consegue aceitar uma loucura dessa? Só mesmo Sigmund Freud para explicar uma idiotice dessa, e ele, de fato, explicou muito bem, como já mostrei numa série de vídeos.
                   Os cristãos, aqueles que vão a igrejas, realmente aceitam essa loucura como se fosse um fato realmente ocorrido. Eles não conseguem ver a infantilidade do relato, a ingenuidade da narrativa bíblica. Imagine uma entidade “espiritual” criar todas as coisas, ficar bastante cansada e descansar num sábado. Como o sagrado inspira medo, o crente não consegue raciocinar o seguinte: se a entidade trabalhou durante 6 dias, descansando no sábado, então ela não descansou apenas no sábado. Se a obra foi concluída em 6 dias, então nada mais havia para ser criado. Logo, o sábado não foi o dia de descanso, mas o primeiro dia de descanso. Ou seja, a entidade descansou no sábado, no domingo, na segunda, terça etc. E o pior vem depois: a entidade que ficou satisfeita com a própria criação, tempos depois, se arrepende do que criou. E aí resolve destruir todas as coisas porque o homem se comportou mal. Por causa do homem, a entidade resolve destruir até mesmo os animais irracionais que não tinham culpa alguma no cartório. Por favor, não ria! Não ria!
            Naquela época, em que eu apenas lia a Bíblia, sem estudá-la, aqueles relatos eram irracionais, bobos, ingênuos demais. Depois, ao estudá-la com atenção, é que tudo ficou mais claro ainda. A Bíblia é um conjunto de livros muito antigo que traz a visão arcaica do povo hebreu. Está repleta de lendas, mitos, alegorias, fábulas etc. O mundo da Bíblia era um mundo muito atrasado se comparado com o nosso mundo de hoje. Era um mundo bárbaro, muito violento, em que predominava o fio da espada. Não havia liberdade de expressão, não havia liberdade de crença, praticavam-se os terríveis sacrifícios e holocaustos em homenagem aos deuses. As doutrinas do cristianismo, por exemplo, são terríveis. Essa religião está assentada sobre o alicerce do sacrifício humano. O sacrifício de animais era uma barbaridade do mundo antigo, e ainda hoje permanece vivo em muitas sociedades primitivas e religiões. Um desastre total! Imagine uma entidade “espiritual” que adorava ver o homem matando animais e lhe oferecendo a gordura. Por favor, não ria! Não ria! E, no caso do cristianismo, pior ainda porque o sacrificado não foi um bode ou carneiro, mas um ser humano. E esse sacrifício humano mostra a errônea visão de justiça dos cristãos primitivos. Naquela época, a visão de justiça era defeituosa. A punição alcançava os inocentes para salvar os pecadores. Na lenda bíblica, Jesus morreu para que a entidade “espiritual” livrasse os pecadores. Um verdadeiro absurdo inaceitável no mundo civilizado de hoje. Atualmente, o inocente não é condenado para que o estado deixe quieto o real criminoso. Por exemplo, se um filho mata alguém, ele é que será processado e preso, e não seu pai. Cada pessoa, e somente ela, responde por seus atos.

                         Entendeu, de forma bem resumida, por que a leitura da Bíblia leva facilmente uma pessoa normal ao ateísmo? 

O SEBASTIÃO E UMA FORÇA (NÃO DEUS)



            Em meu vídeo “O Washington e a tristeza dos ateus”, publicado hoje, dia 6 de abril de 2017, o internauta Sebastião Davgens fez o seguinte comentário:



            “Eu nao sou dirigido por uma ordem religiosa nem manipulado tenho dentro de mim uma esperanca que nao surgimos do nada mais sim do tudo se nao a nossa vida era uma mera ilusao esse tudo e a causa porque existimos e esse tudo nao e um deus criado pelo homem mais sim uma fonte de forca geradora de luz ou seja de vida e vida e vida embora em cada fase passando por pdocesso de evolucao tanto o ateu tanto o crente tanto o que vive como luz esta passando por um processso de evolucao e cada um se alegra no seu modo de viver os enlurdido por ideologia criado pelo homem se desvia da luz e se prende dentro de um sistema que retarda a seu proprio progresso e cai em sofrimento e as vez passar por momento de uma ilusao de felicidade e de alegria.”
                               
          O internauta Sebastião assistiu ao meu vídeo “O Washington e a tristeza dos ateus”. Naquele vídeo, abordei um artigo de outro internauta. Ali afirmei que os fiéis religiosos, aqueles que frequentam igrejas, são manipulados, conduzidos e até explorados financeiramente por líderes religiosos. E as provas são claras e cristalinas. Basta, por exemplo, ver a realidade das igrejas no Brasil.
           Pois bem! O internauta Sebastião escreve afirmando que, diferentemente de outros fiéis, ele não é dirigido, manipulado, por ordem religiosa alguma e nem explorado. Porém, diz que, dentro dele, existe uma esperança de que o homem não surgiu do nada porque, do contrário, a vida seria uma mera ilusão. E conclui que o homem surgiu do tudo e que esse tudo é uma força geradora de luz, de vida, com vários estágios de evolução. Bem! O internauta Sebastião não diz se é cristão, budista, hinduísta, espírita etc. Mas de uma coisa estou certo: ele acredita em reencarnação, em estágios de evolução espiritual.
          O Sebastião tem todo o direito de acreditar em qualquer coisa, até mesmo de acreditar que o Nestor Cerveró terá seu olho esquerdo consertado. Ninguém paga imposto por acreditar, com exceção, claro, daqueles fiéis que pagam dízimo. Assim como o Sebastião tem o direito de acreditar em uma força sobrenatural geradora de luz, eu, ateu, tenho também o direito de dizer que essa força sobrenatural geradora de luz não existe de fato. Trata-se apenas de mais uma ilusão do homem.  
          No início de seu comentário, Sebastião diz:

          “(... ) tenho dentro de mim uma esperanca que nao surgimos do nada mais sim do tudo se nao a nossa vida era uma mera ilusão.”


             Com todo respeito, o Sebastião está completamente desorientado. Isso ocorre quando alguém tenta explicar o sobrenatural. Ou seja, quando alguém tenta explicar o que não existe. Sebastião diz que, dentro dele, existe uma esperança de que o homem não surgiu do nada, mas do tudo, do contrário a vida seria uma mera ilusão. Puro engano do Sebastião! Na verdade, dentro dele não existe uma esperança, mas uma ilusão. E que ilusão? A ilusão de que o homem é eterno, de que existe vida após a morte. E Sebastião diz que, sem essa esperança, a vida do homem seria uma mera ilusão. Mais um erro do Sebastião! Ora, ateus não têm essa esperança, a ilusão da vida depois da morte. Nem por isso, os ateus vivem iludidos. Nem por isso, os ateus vivem infelizes. Nem por isso, os ateus levam uma vida sem sentido. Ao contrário! Levam uma vida normal, estudam, trabalham, divertem-se etc. Na verdade, para ser feliz, ninguém necessita de ilusões, de acreditar em vida depois da morte. O ateu sabe que o que se leva da vida é a vida que se leva. Para o ateu, a certeza da morte é algo natural por que passa não só o homem, mas todos os seres vivos. Outro erro do Sebastião é afirmar que o homem não surgiu do nada, mas sim do tudo. Mais uma bobagem dos que tentam explicar o que não existe. Ora, Sebastião diz que o homem não surgiu do nada, mas sim do tudo. Só que o tudo veio do nada. Entendeu? Antes de o tudo aparecer, havia o nada. Portanto, o Sebastião morre afogado no próprio cuspe.
              Mais à frente, Sebastião escreve:

              “esse tudo e a causa porque existimos e esse tudo nao e um deus criado pelo homem mais sim uma fonte de forca geradora de luz.”



              Sebastião diz que esse tudo é a causa por que o homem existe. Não se trata de um deus criado pelo homem, mas sim uma fonte de força geradora de luz. Como já dizia Sigmund Freud, a fé religiosa conduz o homem a um estado equiparável ao de amência. Diante da fé religiosa, o homem perde sua capacidade de raciocínio. Por que o Sebastião diz que existe uma fonte de força geradora de luz? Por que ele não diz que existem duas fontes de força geradora de luz? Por que apenas “uma”? Por que não “duas”? Por que não “mil” forças?  A resposta é fácil: o Sebastião diz apenas “uma” força porque ele vive numa sociedade marcada fortemente por uma religião monoteísta que prega apenas a existência de um deus, e não de dois, três ou mil. Entendeu? O mundo “espiritual” do Sebastião só vê o numeral “um” porque esse foi o numeral transmitido a ele por seus pais e pessoas próximas. Se o Sebastião vivesse em uma sociedade politeísta, com muitos deuses, com certeza não estaria falando acerca de apenas uma força, mas de várias forças. Na verdade, não existem forças sobrenaturais geradoras de luz, nem de trevas. Tudo isso é ilusão humana! 

quarta-feira, 5 de abril de 2017

O ATEU LUIZ E OS CRISTÃOS EM ISRAEL




            Em meu recente vídeo “O ateu Moab e a esquizofrenia dos cristãos”, o internauta Luiz Trindade fez o seguinte comentário:


             “Olá Eustáquio. Acompanho o seu canal desde o início, assisto a todos os vídeos e senti falta quando você parou de fazê-los por um ano, que bom que você continuou. No final do ano passado estive em Israel por 18 dias e lá conheci muitos lugares, histórias e estórias de seu povo. 80% da população é judia 19% muçulmana e 1% é dividida para outras religiões incluindo o cristianismo. Em todo país há 5000 cristãos, 95% desses cristãos vieram de outros países para cuidar das igrejas, locais importantes para eles e trabalhar com turismo religioso. Apenas 5% são judeus cristãos..É quase uma anomalia nascer judeu cristão por lá. O povo judeu considera Jesus uma fralde e o povo muçulmano um profeta. Em qualquer lugar do mundo os religiosos são iguais, querem impor suas crenças e suas verdades sobre as demais. Os seus deuses são únicos e melhores que os de outras religiões. O que eles não compreendem é que existem pessoas que não precisam da ideia do sobrenatural pra sobreviver (deuses invisíveis, mudos, controlador e que não curam amputados). Parabéns pelos vídeos. Abraço.”


          O comentário do Luiz Trindade traz dados estatísticos atuais sobre a religiosidade no estado de Israel. Já que é um comentário de primeira qualidade, não pode ficar esquecido, razão por que resolvi abordá-lo por meio deste vídeo.
          O Luiz diz que, no final de 2016, esteve em Israel. Permaneceu lá durante 18 dias. E conheceu vários lugares recheados de dados históricos. Segundo os dados colhidos por Luiz, lá, em Israel, nos dias atuais, 80% da população são adeptos do judaísmo, 19% do islamismo e apenas 1% para outras religiões, incluído aí o cristianismo. Como se vê facilmente, em Israel, o cristianismo é uma religião minoritária, ou seja, os cristãos são uma minoria, diferentemente do que ocorre no Brasil. Diz o Luiz que, em todo o estado de Israel, existem apenas cinco mil cristãos. Desses cinco mil cristãos, 95% são fiéis que vieram de outros países. Ou seja, não são cristãos nascidos lá, em Israel. Cristãos realmente judeus, nascidos em Israel, são apenas 5%. Luiz afirma que é quase uma anomalia nascer um judeu cristão por lá. E diz também:


                “O povo judeu considera Jesus uma fralde e o povo muçulmano um profeta”.


                   Eis mais uma verdade dita por Luiz Trindade! De fato, para o povo judeu em geral, Jesus foi uma fraude. Já para o povo muçulmano, outra religião, Jesus foi um profeta menor que Maomé, mas foi um profeta. Veja como os cristãos são ingratos! Eles enaltecem o povo judeu (Israel) que afirma ser Jesus uma fraude. E detestam o povo muçulmano que coloca Jesus como um profeta. Um absurdo, não é mesmo? E Luiz Trindade diz mais:


                  “ Em qualquer lugar do mundo os religiosos são iguais, querem impor suas crenças e suas verdades sobre as demais. Os seus deuses são únicos e melhores que os de outras religiões.”


                Eis outra verdade dita por Luiz Trindade! De fato, em qualquer lugar do planeta Terra, os religiosos são iguais. Eles impõem suas crenças sobre as demais. Seus deuses são os únicos. E por que isso acontece? Ora, porque o homem se agarra totalmente aos costumes de sua sociedade. Para ele, os costumes de sua sociedade é que são corretos. As outras sociedades são estranhas. Veja um exemplo: no Brasil, a direção dos automóveis fica do lado esquerdo. E isso é o natural no Brasil, o correto. Na Inglaterra e em outros países, a direção fica do lado direito, ou seja, do lado do passageiro. Um brasileiro acha aquilo estranho, errado, porque não faz parte de sua cultura. Entendeu? Veja outro exemplo: no Brasil, o certo é o casamento monogâmico porque faz parte da cultura. Um brasileiro acha errado o casamento poligâmico porque não faz parte de sua cultura. Já quem reside em lugares em que existe casamento poligâmico isso é visto como uma coisa natural. Ou seja, tudo é visto sob o ponto de vista da cultura de cada povo. É assim em relação à direção dos automóveis, é assim em relação aos casamentos, é assim em relação aos hábitos alimentares, é assim em relação às religiões, é assim em relação aos deuses etc. O homem cria tudo isso conforme seus costumes. O homem cria deuses, anjos, demônios, lobisomem, saci-pererê, mula sem cabeça, veículos, casamentos etc. E cada sociedade vê suas criações como as certas, as verdadeiras. Já as criações de outras sociedades são erradas. Na verdade, o certo e o errado são relativos, e não absolutos. Os valores variam conforme os costumes de uma sociedade. Hoje, no planeta Terra, existem, no mínimo, dez mil religiões. E cada uma diz ser realmente a verdadeira. E também existem, no mínimo, dois mil deuses. E cada povo diz que seu deus ou deuses são os verdadeiros. E a ignorância religiosa é tão extrema que, ainda hoje, muitos religiosos se matam defendendo seus deuses. Essa matança era regra no mundo antigo, basta abrir a Bíblia para comprovar essa verdade. Os hebreus matavam outras pessoas que viessem a adorar deuses que não o Javé. Egípcios, fenícios, heteus e outros também praticavam a mesma maldade. Ou seja, cada povo via seus deuses como os verdadeiros. E Luiz Trindade conclui seu artigo, dizendo o seguinte:


              “O que eles não compreendem é que existem pessoas que não precisam da ideia do sobrenatural pra sobreviver (deuses invisíveis, mudos, controlador e que não curam amputados).”



             Luiz Trindade diz aqui que as pessoas religiosas em geral não compreendem que existem outras pessoas que não precisam de deuses invisíveis, mudos, controladores e que não curam amputados. No caso aqui, os ateus. Já que as pessoas religiosas vivem no mundo da ilusão, da fantasia, deveriam se ater ao seu mundo. Deveriam propagar sua fé, sua crença, seus deuses, sem se preocuparem com a fé, com a crença e com os deuses dos outros. Cada pessoa religiosa ficaria com seu deus ou deuses, deixando de lado os deuses dos outros. Mas, infelizmente, não é esse o quadro que vemos por aí. Já os ateus estão em outro campo. Estão fora de um mundo fantasioso assombrado pelos deuses e demônios, como já dizia Carl Sagan.  

terça-feira, 4 de abril de 2017

O ATEU MOAB E A ESQUIZOFRENIA DOS CRISTÃOS



            Em meu recente vídeo “O ateu Garrotti, o Deus hebreu e o Japão”, o internauta Divino Moab fez o seguinte comentário:


         “e o que eu fico mais revoltado é que os cristãos são iguais as pessoas esquizofrênicas. eles percebem a realidade de forma distorcida e ainda dizem que os ateus é que são cegos, os ateus são burro, os ateus tem a mente fechada. tudo isso porque nós ateus enxergamos as coisas do jeito que elas realmente são; & não do jeito que a gente acredita que são.”

        O Divino Moab, com frequência, assiste a meus vídeos. E gosta de tecer comentários. Ele adora o tema religião, e lê bastante sobre isso. Divino Moab é, pois, uma exceção, num país como o nosso em que poucas pessoas leem. Pois bem! Em seu comentário, Moab afirma que “os cristãos são iguais as pessoas esquizofrênicas”. Por que ele diz isso sobre os cristãos? Ora, porque, segundo ele, os cristãos “percebem a realidade de forma distorcida”.
          Será que o Divino Moab realmente tem razão quando diz que os cristãos percebem a realidade de forma distorcida? Bem! Que eu saiba, o Moab não tem ainda 60 anos de idade. Está muito longe dessa faixa etária. Em 1927, portanto, há 90 anos, o pai do Moab não existia, sua mãe também não. E muito menos o Moab. Só que, naquele ano, existia uma pessoa chamada Sigmund Freud. E esse Sigmund Freud foi um médico neurologista de formação. Ficou conhecido como o Pai da Psicanálise, graças à sua contribuição fundamental para a elucidação dos problemas psíquicos. Freud era judeu e ateu, tendo estudado a fundo o fenômeno religioso. Em 1927, ele escreveu mais um livro em que aborda o assunto religião, com o título “O futuro de uma ilusão”.
           Neste momento, você, que está assistindo a esse vídeo, deve estar perguntando a si mesmo qual é a associação entre o Sigmund Freud e o brasileiro Divino Moab? A resposta é fácil: os dois acertaram em cheio sobre a afirmação de que os cristãos percebem a realidade de forma distorcida. E não só os cristãos, mas os religiosos em geral. Em seu famoso livro “O futuro de uma ilusão”, editora Pallotti, L&PM POCKET, 2010, página 86, acerca das doutrinas religiosas, Freud escreve o seguinte:

            “Todas são ilusões, são indemonstráveis, e ninguém pode ser obrigado a tomá-las por verdadeiras, a acreditar nelas. Algumas são tão inverossímeis, se encontram de tal modo em contradição com tudo que descobrimos arduamente sobre a realidade do mundo, que podem ser comparadas --- considerando devidamente as diferenças psicológicas --- às ideias delirantes.”

              Percebeu, agora, como Freud e Divino Moab estão unidos nessa afirmação? E veja que Freud era um especialista no assunto, um homem que revolucionou o mundo psíquico de sua época. Freud diz acima que o homem religioso vive uma ilusão, um estado de fantasia, numa fuga da realidade. Para ele, a religião é uma neurose. Uma esquizofrenia.
              Para ilustrar essa verdade, basta citar alguns exemplos. Já que o cristianismo é a religião predominante no Brasil, fiquemos com ela. Poderia pegar aqui outras religiões, mas vamos ficar com o cristianismo. Pois bem! Líderes religiosos colocam na cabeça dos fiéis que a Bíblia é um conjunto de livros que foi escrito sob a orientação do Deus dos hebreus. Dizem que a Bíblia, apesar de velha, é um livro atual, que aborda tudo o que ocorre no mundo de hoje. Que a Bíblia está repleta de profecias que se concretizam dia a dia. Que a Bíblia é um livro de amor, de progresso, de solidariedade etc. E os fiéis passam realmente a acreditar nessas fantasias. Logo de início, não existe a Bíblia, mas as bíblias. A Bíblia hebraica lida até hoje por um judeu não é a mesma Bíblia cristã. E a Bíblia cristã protestante não é a mesma Bíblia cristã católica. É fácil perceber que a cabeça do fiel varia conforme sua crença. Para um cristão evangélico, a Bíblia verdadeira é a protestante. Já para um cristão católico, a católica. E para um judeu ortodoxo, nem uma, nem outra, mas a hebraica, que não contém o Novo Testamento. Portanto, não existe a Bíblia verdadeira. O adjetivo “verdadeira” varia de acordo com a ilusão de cada fiel. E veja que não estou nem falando acerca dos outros livros “sagrados” de outras religiões.
                  Veja como os cristãos, a exemplo de outros religiosos, percebem a realidade de forma distorcida. Se você perguntar a um cientista por que ocorrem terremotos, a resposta será apenas uma, e demonstrável. Porém, se a mesma pergunta for dirigida a um cristão evangélico, ele lhe dirá que ocorrem terremotos por causa do pecado do homem e porque Jesus está chegando. A resposta do cristão evangélico é uma das provas de que o homem religioso tem uma visão distorcida da realidade. Qualquer pessoa mentalmente sadia sabe muito bem que ocorrem terremotos em razão das falhas geológicas. Países situados sobre essas falhas geológicas são os que mais sofrem com os terremotos. É o caso do Japão, do Haiti, da Itália etc. Terremotos nada têm a ver com os “pecados” do homem. Ocorrem terremotos em outros planetas totalmente desabitados. E, se terremotos fossem uma consequência dos pecados, o Brasil teria desaparecido do mapa, já que, ao contrário do Japão, é um dos países mais violentos do mundo e lotado de traficantes e corruptos. E os terremotos também nada têm a ver com a volta de Jesus, como diz a Bíblia. Na época de Jesus, há 2 mil anos, os terremotos já eram frequentes, até mesmo antes de Jesus vir ao mundo.
           Percebeu como os cristãos realmente têm uma visão distorcida da realidade em que vivem?