O PAPA FRANCISCO E A PENA DE MORTE NOS EUA
Eustáquio
2/10/2015
Caro leitor,
O jornal Correio Braziliense, o mais famoso no Distrito Federal, em sua edição de ontem, dia 1º de outubro, na página 15, trouxe uma matéria com o seguinte título:
“GEÓRGIA IGNORA O PAPA E EXECUTA CONDENADA”
Diz o jornal que a norte-americana Kelly Gissendaner foi executada anteontem, dia 30 de outubro, no estado da Geórgia. Qual foi o crime cometido por ela? Em 1997, ela tramou com o amante o assassinato do marido. Estava presa até anteontem, quando foi executada.
O estado da Geórgia ignorou o pedido do papa Francisco. Como é do conhecimento de todos, o papa Francisco, há poucos dias, fez um discurso perante as duas casas do Congresso norte-americano, defendendo o fim da pena de morte em escala global. Veja, leitor, um dos trechos do discurso do papa, constante da matéria jornalística:
“Toda vida é sagrada, toda pessoa tem o direito inalienável à dignidade, e a sociedade só tem de beneficiar com a reabilitação dos que são condenados por seus crimes.”
O papa Francisco, com esse discurso acima, apesar de eu, ateu, ser a favor da pena de morte, merece meus mais sinceros aplausos. Você, leitor, entendeu o recado do papa? Ora, ele está dizendo que é contra a pena de morte, e a favor da reabilitação daquelas pessoas que praticam crimes. Por exemplo, se uma pessoa comete crimes graves, deve sofrer apenas prisão, devendo, depois, ser solta para que retorne à sociedade. É a reabilitação!
Para quem conhece a história da Igreja Católica Apostólica Romana, assusta-se, e muito, com esse discurso do papa. E por que o susto? Ora, porque essa organização cristã não costumava prender pessoas, e até pessoas inocentes. Em vez de prendê-las, ainda que injustamente, queimava-as em fogueiras “santas”. Como o mundo evoluiu, não é mesmo, caro leitor?
Mesmo assim, leitor, o discurso do papa é ainda estranho, óbvio, para quem conhece profundamente a Bíblia cristã, o cristianismo? E por que o discurso do papa é estranho? Ora, é estranho porque é diferente daquilo que diz a própria Bíblia. Como assim? Ora, a Bíblia é, e sempre foi, a favor da pena de morte. E digo mais: a Bíblia detesta a reabilitação, ou seja, a recuperação do criminoso. Como assim? Ora, pergunte, leitor amigo, a um cristão o que vai acontecer com as pessoas que não aceitarem Jesus como seu salvador pessoal. Esse cristão lhe dirá que, de acordo com o Novo Testamento, aquele que não aceitar a Jesus vai sofrer ETERNAMENTE nas caldeiras do inferno criado pelo cristianismo. Entendeu agora, leitor, que o discurso do papa a favor da reabilitação do condenado, ou seja, da recuperação do “pecador” nada tem a ver com a própria propaganda cristã fajuta da condenação ETERNA do “pecador”?
Ora, no Brasil, por exemplo, não existe pena de morte para quem pratica homicídios. Se uma pessoa mata alguém, será condenada e presa. Essa prisão não é eterna. Tem prazo de validade. E não pode passar dos 30 anos. Não é uma condenação ETERNA!
Já, no mundo fantasioso da religião do papa Francisco, a coisa é diferente, irracional, absurda! E nem há necessidade de uma pessoa praticar crime algum. Basta não aceitar Jesus como seu salvador pessoal. Se uma pessoa morrer sem aceitar a Jesus, vai para o inferno criado pelos cristãos. Ou seja, no inferno, a pena é ETERNA, não tem prazo de validade. Não há chance para a REABILITAÇÃO, para a RECUPERAÇÃO do “pecador”.
Entendeu, agora, leitor, por que o discurso do papa é diferente do que diz a Bíblia?
Veja, leitor, o absurdo da ideia religiosa! O papa Francisco é contra a pena de morte e a prisão perpétua para os piores criminosos. Já a religião dele, o cristianismo, é a favor da PENA PERPÉTUA DE SOFRIMENTO para as pessoas que nem precisam ser criminosas, mas apenas porque não aceitam a Jesus como seu salvador pessoal!
E, por incrível que pareça, quase 2 bilhões de pessoas seguem essa fantasia religiosa!
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