COMO A RELIGIÃO ENVENENA TUDO! ( 3º artigo )
Eustáquio
3/10/2015
Caro leitor,
Este é o 3º artigo com o título acima. Trago mais um exemplo de que, de fato, a religião envenena tudo. O título do artigo, caro leitor, fui buscá-lo no livro do intelectual ateu inglês Christopher Hitchens (1949 – 2011). Ei-lo:
“deus não é GRANDE.
Como a religião envenena tudo”
O jornal Correio Braziliense, o mais famoso do Distrito Federal, em sua edição do dia 1º de outubro, quinta-feira passada, na página 15, traz uma matéria com o seguinte título:
“MUÇULMANO É LINCHADO POR COMER CARNE”
Qualquer pessoa normal que venham a ler a matéria jornalística, ficará indignada diante de tamanha violência, diante de chocante ignorância, não é mesmo, distinto leitor? Como é que pode uma pessoa ser barbaramente assassinada apenas porque estava comendo carne de vaca? Apenas porque estava comendo um contrafilé acebolado, uma alcatra, um coxão mole etc. Um absurdo, não é mesmo, caro leitor? Pois é! Esses absurdos só ocorrem no mundo das religiões. Percebeu, leitor, como o Christopher Hitchens tem toda razão quando diz que a religião envenena tudo?
A matéria do jornal começa assim:
“Um muçulmano de 50 anos foi linchado até a morte em uma localidade da Índia por rumores de que teria comido carne de vaca, algo que a religião hindu proíbe, informou a polícia.”
Na Índia, há inúmeras religiões com seus respectivos deuses. São, pois, religiões politeístas. O homem cria deuses, cria religiões, cria ritos, cria costumes que se diferenciam dos demais. Pois bem! O hinduísmo, religião politeísta dominante na Índia, vê a vaca como um animal “sagrado”, protegido pelos deuses! Que loucura, não é mesmo, caro leitor? São coisas das religiões! O jornal diz no final da matéria:
“Matar vacas é proibido na maioria dos estados da Índia”
Veja, leitor, como foi a morte do pobre homem muçulmano apenas porque suspeitaram que ele estava comendo carne de vaca:
“Mohammad Akhlag foi arrastado para fora de sua casa, na noite de segunda-feira, no povoado de Dadri, a 40 km de Nova Délhi, e agredido por centenas de pessoas.”
Os executores do crime foram, pasmem, pessoas religiosas, ligadas ao “sagrado”. Ou seja, em nome da religião, em nome dos deuses, mataram um pobre homem.
Você, leitor, pensa que esses absurdos em nome da religião só ocorrem na Índia? Claro que não, não é mesmo? Ocorrem em todo o planeta Terra! Onde houver religião, haverá essas fantasias, essas monstruosidades. Assim, em nome da religião, o homem tortura, mata, aliena, explora e escraviza seus semelhantes. Veja, como exemplo, o que ocorre aqui no Brasil. Veja o cristianismo no Brasil. Refiro-me ao cristianismo porque é a religião dominante em nosso território. Pois bem! Em nosso país, existem inúmeras igrejas cristãs e afins. E todas são diferentes das outras. E cada uma pensa que é a verdadeira. Já as outras estão erradas. No próprio Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana, está escrito de forma bem clara: “Fora da Igreja, não há salvação.” Ou seja, os cristãos que não são católicos apostólicos romanos, quando morrerem, irão para o inferno, para o sofrimento eterno. Portanto, não basta ser simplesmente um cristão. É preciso que seja um cristão católico apostólico romano. E assim pensa cada igreja cristã. Veja um exemplo de absurdo: o cristão católico possui uma variedade de “santos” para adorar, para invocar. Já o cristão evangélico é contra a adoração a qualquer “santo”; o cristão católico come carne de porco, no que é seguido por quase todos os cristãos. Porém, o cristão adventista evita a carne de porco; o cristão católico trabalha normalmente no dia de sábado. Já o cristão adventista do sétimo dia não trabalha no dia de sábado. Percebeu, leitor, como a religião realmente envenena tudo? Dependendo da igreja, o fiel se comporta de modo diferente. E há mais absurdos: o cristão católico assiste a programas de televisão, sem problema algum; todavia, há inúmeros cristãos evangélicos que não possuem televisor em casa porque sua igreja prega que o aparelho é um instrumento de Satanás; o cristão católico e o cristão evangélico são doadores de sangue e se submetem à transfusão, quando necessário; porém há religiosos que não doam sangue e jamais se submetem à transfusão, e tudo isso apenas por causa da religião, do “sagrado”. Entendeu, agora, leitor, como a religião, de fato, envenena tudo?
No mundo dessa ilusão religiosa, imagine como ficam os deuses nos paraísos celestiais! Na Índia, como os deuses são muitos, há deuses que odeiam quem come carne de vaca, e há deuses que não ligam para isso. No Brasil, a coisa fica pior porque o cristianismo é uma religião monoteísta. Ou seja, apenas 1 Deus. Imagine, leitor, como fica no paraíso celestial o Deus Javé! O Deus Javé não sabe o que fazer diante de tantas loucuras: lá de “cima” vê a quase totalidade dos cristãos trabalhando no dia de sábado, e um pequeno número se recusando a trabalhar nesse dia. O que fazer? Será que o Deus Javé vai mandar para o inferno a quase totalidade dos cristãos brasileiros? E o Deus Javé vê também a quase totalidade dos cristãos brasileiros doando sangue e se submetendo à transfusão. E vê apenas um pequeno grupo que se recusa a doar sangue e a se submeter à transfusão. Será que o Deus Javé vai mandar para o inferno a quase totalidade dos cristãos brasileiros? E o Deus Javé vê também que a quase totalidade dos cristãos brasileiros assistem a programas de televisão. E vê que apenas um pequeno grupo de cristãos não assistem a programas de televisão. Será que o Deus Javé vai mandar para o inferno a quase totalidade dos cristãos brasileiros?
Percebeu, leitor, como o homem cria deuses à sua imagem e semelhança?
Percebeu, leitor, como a religião realmente envenena tudo?
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