quinta-feira, 21 de julho de 2022

A BÍBLIA E AS NOVELAS ( 12º )

                                      Amigo leitor,

Eis o 12º vídeo da série A Bíblia e as novelas. Ao longo da série, estou mostrando que nenhum cristão pode criticar os modelos de família que aparecem nas mais variadas novelas. Por que não podem criticar? Ora, não podem criticar porque os modelos de família na Bíblia eram piores. Ouça, leitor, mais uma vez o que diz Atenéia Araújo, que foi uma cristã evangélica fervorosa, porém, hoje, é uma ateia de primeira qualidade:



             “A Bíblia tem um monte de histórias mostrando famílias disfuncionais. A Bíblia é um manual de maus costumes.”




Até agora tenho apresentado 8 famílias bíblicas:


ADÃO

ABRAÃO

ISAQUE

  JACÓ

   LÓ

 JOSÉ

   SAUL

JEFTÉ









Veja, leitor, mais 2 famílias bíblicas:



                     GIDEÃO

                        DAVI



Pastores evangélicos pregam por aí que as famílias de hoje estão deturpadas, sofrem de inversão de valores. E, lamentavelmente, os fiéis acreditam nesses pastores. Ora, ao longo dessa série, estou mostrando que as famílias que estão na Bíblia não foram famílias-modelo, exemplares. Longe disso! E aqui estou, trazendo mais 2 famílias bíblicas, totalizando, até agora, 10 famílias

Veja, leitor, a família de Gideão. Após assistir a esse vídeo, você, leitor, deve ler os capítulos 6,7 e 8 do livro de Juízes. Não deixe de lê-los, por favor. Pois bem! Gideão era um homem temente ao deus hebreu. Na lenda bíblica, o deus hebreu adorava esse homem. Gideão era chamado também de Jerubaal. Com a ajuda do deus hebreu, Gideão matou milhares de pessoas. Você, leitor, sabe quantas mulheres ele possuiu ao mesmo tempo? 

Na novela Pantanal, da Rede Globo de Televisão, Tenório tem 2 mulheres: Maria Bruaca e Zuleica. Com Maria Bruaca, 1 filha. Com Zuleica, 3 filhos. Ou seja: 2 mulheres e 4 filhos. Cristãos dizem que as novelas da Rede Globo mostram safadezas familiares, no caso, 1 homem com 2 mulheres. Lamentavelmente, esses cristãos não conseguem ver que, na Bíblia, isso era mais popular do que bacalhau na Semana Santa. As novelas da Rede Globo são inocentes diante dos textos bíblicos. O Tenório da novela Pantanal tem 2 mulheres. Já o Gideão, na Bíblia, possuía inúmeras mulheres. Tenório tem apenas 4 filhos. Isso não é nada diante do Gideão bíblico. Ele teve 72 filhos com várias mulheres. Isso mesmo, leitor: 72 filhos. Veja, leitor, o que está escrito em Juízes, capítulo 8, versículos 30 e 31:


“Teve Gideão setenta filhos, todos provindos dele, porque tinha muitas mulheres. A sua concubina, que estava em Siquém, lhe deu também à luz um filho; e ele lhe pôs por nome Abimeleque.”


Viu aí, leitor? Gideão possuía, ao mesmo tempo, várias mulheres que lhe deram 72 filhos. Como é que pode um cristão criticar a família de Tenório com apenas 2 mulheres e 4 filhos? E mais: a família de Gideão era terrível, não era um modelo, como dizem os pastores evangélicos. Na novela Pantanal, os 4 filhos de Tenório não se odeiam. Já na Bíblia, na família de Gideão, a coisa era diferente. Quando ele morreu, bateu as botas, seu filho Abimeleque, com a ajuda de outros homens violentos, foi até à localidade de Ofra para matar seus 71 irmãos por parte de pai. Ele matou 70 irmãos, escapando apenas Jotão, o filho mais novo de Gideão, que escapou porque havia se escondido. Uma família em que 1 irmão mata 70 irmãos é uma família-modelo, exemplar, que merece ser elogiada? Claro que não, não é mesmo, leitor? Por isso mesmo, cristãos não podem criticar as famílias que aparecem nas novelas porque, na Bíblia, eram piores. Entendeu, leitor? 

Veja agora, leitor, a família de Davi. Mais uma família horrível, depravada. O lendário Davi não era flor que se cheirasse. Ele possuía também, ao mesmo tempo, várias mulheres. Mais uma vez, leitor, após assistir a esse vídeo, leia os capítulos 3, 5, 11, 12, 13, 14 e 15 de 2 Samuel. Para evitar um vídeo longo, dividirei alguns detalhes da família de Davi. Vou começar com o estupro e o adultério praticados por Davi. Isso está escrito no capítulo 11 de 2 Samuel


Davi, nesse relato, já possuía várias mulheres, entre elas, Mical, Abigail e Ainoã. Num certo dia, ele, em seu palácio, em Jerusalém, viu uma mulher muito bonita tomando banho. Ela se chamava Bate-Seba e era mulher de Urias, um dos soldados do exército de Davi. É bom que você, leitor, saiba que, naquela época bem distante, o adultério não era aplicado igualmente ao homem e à mulher. No mundo injusto da Bíblia, o macho tinha privilégios que eram negados à fêmea. O homem casado podia trair sua esposa livremente, desde que suas amantes não pertencessem a outro homem. Já a mulher casada não podia trair seu marido em hipótese alguma. Por quê? Ora, porque a mulher era equiparada a um mero objeto, era uma propriedade do marido. Ela devia respeito ao marido, mas este não devia respeito a ela. E mais: os reis daquela época estavam acima das leis, podiam agir livremente sem punição alguma. 

Davi era rei. Quando viu a linda mulher Bate-Seba tomando banho, desejou-a sexualmente. Foi dito a ele que aquela mulher era de outro homem, de Urias, um de seus soldados. Se Davi fizesse sexo com ela, estaria cometendo adultério. Davi, como era rei, não deu a mínima importância para isso. Deu ordem a seus soldados para que trouxessem Bate-Seba. Ela, coitada, sem saída, foi obrigada a fazer sexo com o rei. Isso é um crime chamado de estupro, que ocorre quando uma mulher é obrigada a fazer sexo com um homem. Bate-Seba devia respeito a seu marido Urias, mas, diante do poder do rei, ficou sem saída. Dias depois, ela avisou a Davi que estava grávida. E agora? 






Davi teve uma ideia. Mandou que seus soldados trouxessem Urias ao palácio. Diante de Urias, Davi determinou que ele fosse descansar da guerra em sua casa, ao lado de sua esposa Bate-Seba. Só que Urias não foi para sua casa, não fez sexo com sua mulher. O objetivo do rei Davi era que Urias fosse dormir em casa porque, como sua mulher estava grávida e não havia exame de DNA na época, ele pensaria que seria o responsável pela gravidez da esposa. Como esse plano de Davi não deu certo, ele teve outra ideia. Escreveu uma carta para o comandante Joabe, mandando que ele colocasse o pobre Urias na frente da tropa para que morresse logo. Se Urias morresse, Davi ficaria com sua esposa. Urias morreu, e Davi ficou com Bate-Seba. Que coisa horrível, não é mesmo, leitor? A família de Davi é uma família-modelo, exemplar, que merece ser elogiada? Uma família em que o homem estupra mulher estranha e comete adultério é um núcleo familiar que merece ser copiado? 

E veja, leitor, mais uma aberração nesse relato bíblico. Quem escreveu essa lenda não tinha a menor noção de justiça. Está escrito que o deus hebreu, em vez de castigar Davi, matando-o, foi se vingar na criança, fruto do adultério. Você, leitor, está entendendo? O rei Davi não foi punido. Não foi punido pelo estupro, não foi punido pelo adultério e não foi punido pela morte do pobre Urias. O deus hebreu puniu a criança, um ser inocente. Veja, leitor, o que está escrito em 2 Samuel, capítulo 12, versículos 15 e 18:


“Então, Natã foi para sua casa.

                                E o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera à luz a Davi; e a criança adoeceu gravemente.

                                        Ao sétimo dia, morreu a criança.”



Entendeu, leitor? Imagine, hoje, no Rio de Janeiro, uma mulher sendo estuprada e ficando grávida. O estuprador manda matar o marido dela. Nenhuma punição para o estuprador e mandante do homicídio. Quando a criança, fruto do adultério, nasce, sai do útero, é condenada pelo STF. Um absurdo, não é mesmo, leitor?

 Pois fique sabendo que esse absurdo se encontra na Bíblia


Nenhum comentário:

Postar um comentário