Amigo leitor,
Eis o 11º vídeo da série A Bíblia e as novelas. Ao longo da série, estou mostrando que nenhum cristão pode criticar os modelos de família que aparecem nas mais variadas novelas. Por que não podem criticar? Ora, não podem criticar porque os modelos de família na Bíblia eram piores. Ouça, leitor, mais uma vez o que diz Atenéia Araújo, que foi uma cristã evangélica fervorosa, porém, hoje, é uma ateia de primeira qualidade:
Até agora tenho apresentado 6 famílias bíblicas:
Veja, leitor, mais 2 famílias bíblicas:
Na novela Pantanal, da Rede Globo de Televisão, a família de José Leôncio. 2 filhos dele (Joventino e José Lucas) são apaixonados pela mesma mulher: Juma. Os 2 têm péssimo gosto porque Juma é uma mulher do mato, estranha e nojenta. José Lucas, num certo dia, conversou com seu pai, dizendo que iria embora da fazenda porque tinha receio de que, ficando, poderia ocorrer uma tragédia entre ele e seu irmão Joventino, disputando a mesma mulher. O pai o aconselhou a não ir embora. José Lucas permanece lá. Mais à frente, pode até ser que venha a ocorrer um homicídio entre os 2 irmãos. Se isso ocorrer, pessoas dirão que as famílias de hoje estão deterioradas, faltando amor entre os membros. E cristãos dirão que as famílias da Bíblia eram famílias-modelo, exemplares.
Ora, como estou mostrando ao longo dessa série, as famílias bíblicas não eram famílias-modelo, exemplares. De Gênesis ao Apocalipse, era comum irmão matar irmão, pai matar filho, irmão fazer sexo com irmã e com a mulher do pai etc. Mostrei, por exemplo, no vídeo anterior, que o primeiro homicídio que aparece na Bíblia é justamente um irmão matando outro irmão (Caim e Abel). Como se vê, na novela Pantanal, a família de José Leôncio é melhor que a do lendário Adão. Os irmãos Joventino e José Lucas, apaixonados pela mesma mulher, não se odeiam. Na Bíblia, Caim odiava seu irmão Abel. E chegou a matá-lo. Entendeu, leitor?
Veja, leitor, mais uma família bíblica, a família do rei Saul. Saul era pai de um rapaz chamado Jônatas. Esse rapaz era muito amigo de Davi, que não era rei ainda. Saul, com medo de perder o trono para Davi, passou a odiá-lo, queria matá-lo, mas não conseguiu. Já que seu filho Jônatas defendia a Davi, Saul também queria matar o próprio filho. Isso é exemplo de família-modelo, caro leitor? Veja, leitor, o que está escrito em 1 Samuel, capítulo 20, versículo 33:
“Então, Saul atirou-lhe com a lança para o ferir; com isso entendeu Jônatas que, de fato, seu pai já determinara matar a Davi.”
Saul estava conversando com seu filho Jônatas sobre Davi. Já que o filho estava defendendo o amigo, Saul, com muito ódio, pegou uma lança e a jogou contra o próprio filho para matá-lo, mas errou o alvo. Uma família cujo pai deseja matar o próprio filho é uma família-modelo, exemplar, que merece ser elogiada? Claro que não, não é mesmo, leitor?
Veja agora, leitor, outra família presente na Bíblia, a família de Jefté. Após assistir a esse vídeo, por favor, leia por inteiro o capítulo 11 do livro de Juízes. O pai de Jefté se chamava Gileade. Ele manteve relações sexuais com uma prostituta, gerando Jefté. Então, Jefté era filho de uma prostituta. Gileade, o pai de Jefté, teve outra mulher que pariu vários filhos, irmãos de Jefté por parte de pai. Veja, leitor, que família desgraçada! Mais tarde, Jefté foi expulso de casa pelos próprios irmãos, indo morar na terra de Tobe. Isso é exemplo de família-modelo, exemplar? Claro que não, não é mesmo, leitor?
Jefté era um homem valente, temente ao deus hebreu. Num certo dia, o povo de Israel corria perigo. O rei de Amom queria atacar os hebreus, os israelitas. E o que fez Jefté? Ora, ele recorreu ao deus hebreu. Fez um voto. Ele prometeu ao deus hebreu que, se entregasse em suas mãos os guerreiros de Amom, mataria e queimaria a primeira pessoa que saísse de sua casa, em holocausto ao deus hebreu. Mais um sacrifício humano na Bíblia. O deus hebreu, então, entregou os guerreiros de Amom nas mãos de Jefté, que os matou. Quando Jefté, vitorioso, chegou à sua casa, sua única filha, virgem, ía saindo. Ele ficou desesperado porque havia feito o voto ao deus hebreu, não podia anular. Explicou à filha que iria matá-la e queimá-la em homenagem ao deus hebreu. Por favor, leitor, não ria porque está atrapalhando minha concentração aqui. Pois bem! Sua filha entendeu a situação. Pediu a seu pai que, antes de matá-la e queimá-la, permitisse que ela fosse aos montes, juntamente com algumas amigas, para chorar a sua virgindade. Naquele tempo, uma mulher morrer virgem era uma vergonha. Por isso, sua filha foi chorar sua virgindade durante 2 meses. Quando ela retornou, Jefté a matou e queimou seu corpo. Ela morreu virgem, sem ter sido possuída por homem algum. Que coisa horrível, não é mesmo, leitor? Uma família cujo pai mata a própria filha é uma família-modelo, exemplar, que merece ser elogiada? Claro que não, não é mesmo, leitor?
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