sábado, 30 de março de 2019

AS MULHERES NO TÚMULO DE JESUS ( I )



Eustáquio

               
                   
              O lunático cristão protestante Martinho Lutero (1483 -1546) afirmou o seguinte:


                            “A razão é a cortesã do Diabo. Deveria ser destruída em todos os cristãos. Ela é o maior inimigo da Fé.”



                Com razão, Martinho Lutero! De fato, a fé religiosa é inimiga da razão, do raciocínio. Fé religiosa é mera crença, pura imaginação, tanto que não exige provas, evidências e vestígios. A razão, ao contrário, trabalha com provas, evidências e vestígios. Quem faz uso da razão, pesquisa, analisa, compara, emite juízos de valor.
                 A razão, por exemplo, nos diz que a Bíblia está repleta de lendas, mitos, contradições, alegorias, fábulas e erros de qualquer espécie. E tudo isso facilmente mostrado por teólogos sérios, arqueólogos bíblicos, sociólogos, biólogos etc. Já quem vê a Bíblia como um livro “sagrado”, justamente por causa da fé, não consegue captar os absurdos que são vistos facilmente pelos que fazem uso da razão. E neste artigo trarei um exemplo bíblico que retrata bem esse quadro. Pegue, leitor, os relatos sobre a lenda da ressurreição de Jesus que estão nos 4 evangelhos do Novo Testamento. Como se trata de lendas, são muitos os erros e as ingenuidades, mas mostrarei inicialmente apenas um para evitar um artigo bem extenso. A pergunta lançada é:


               ‘O que as mulheres foram fazer no túmulo de Jesus?”


               Se você fizer essa pergunta a um cristão qualquer, ele lhe dirá que as mulheres foram ao túmulo de Jesus para embalsamar seu corpo. Por causa da fé, que cega, o cristão não percebe o absurdo que está aqui, a ingenuidade que é clara e cristalina. Veja o que diz o evangelho de Marcos, capítulo 16, versículo 1:


               “Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamá-lo.”


               Na lenda, Jesus foi sepultado numa sexta-feira. Seu corpo morto foi colocado num túmulo com a entrada fechada por uma grande pedra. E aí passou-se o dia de sábado. No domingo, logo pela manhã, as três mulheres foram ao túmulo com o objetivo de embalsamar o corpo morto de Jesus. Elas compraram aromas, perfumes, fragrâncias e óleo para passar no corpo em putrefação. Você, leitor, não vê nada de maluco nessa lenda? Percebeu, ou não, a maluquice? A ingenuidade? Certo dia, eu fiz um vídeo sobre essa passagem, e o internauta Cláudio, que também tem um canal no You Tube, me escreveu afirmando que tinha sido um cristão católico fervoroso durante mais de 10 anos e que, incrivelmente, não havia notado essa maluquice. O colega Cláudio não percebeu esse absurdo porque, na época, trabalhava com a fé religiosa que leva facilmente seus portadores ao erro.
                 
               Mas onde está o absurdo, a ingenuidade dessa passagem bíblica? Está na afirmação de que as 3 mulheres foram ao túmulo de Jesus para embalsamar seu corpo morto e putrefato. Veja que, na lenda, as mulheres saíram de sua casa com a certeza de que iriam encontrar o corpo de Jesus morto. Ora, só mesmo um maluco para afirmar que alguém vai embalsamar um corpo em putrefação! Até minha cadela chamada Frida sabe muito bem que o embalsamamento é uma técnica utilizada em cadáveres para retardar justamente a putrefação. Ninguém vai embalsamar um cadáver que já foi sepultado. Na lenda, são 3 mulheres completamente malucas! É a razão que nos diz isso. É a razão a verdadeira amiga que nós temos. Essa nossa amiga, segundo Lutero, é a inimiga da fé religiosa. E ele tem razão, leitor.

sexta-feira, 29 de março de 2019

BOLSONARO E UM PRESENTE PARA TRUMP



Eustáquio

               
                    Chovia torrencialmente em Sobral, o que não é comum. Maria do Amparo, filha da terra de Dom José Tupinambá da Frota, estava em sua casa, sozinha, logo após ter deixado seus dois filhos na escolinha situada na rua Padre Fialho. A campainha é acionada. Diante da porta, parcialmente molhada, graças ao guarda-chuva, Gertrudes, vizinha de Maria.

                     --- Gertrudes, querida, entre logo, senão ficará toda encharcada.

                     --- Obrigada, querida! Maria você tá sabendo da última do Bolsonaro?

                     --- Não, Gertrudes! O que é?

                     --- Mulher, você sabe que Bolsonaro, há alguns dias, realizou um dos grandes sonhos da vida dele, que era conhecer o presidente norte-americano Donald Trump. Pois bem, mulher, Bolsonaro tomou uma decisão que deixou Trump muito feliz.

                    --- E que decisão foi essa, Gertrudes? – perguntou Maria.

                    --- Ora, Maria. O Bolsonaro, a partir de agora, dispensou a exigência de visto para os norte-americanos. Dizem que, depois dessa decisão, Trump teve um orgasmo de felicidade.
                     Ao ouvir a notícia, Maria, embalada pela alegria, gritou com todas as forças:

                     --- Meu Deus, que homem maravilhoso esse Bolsonaro! Agora, finalmente, poderei conhecer os Estados Unidos. Meu filho que trabalha na prefeitura, graças ao político Cid Gomes, até já me prometeu a pagar minha passagem, só que não fui ainda porque não tive o visto aprovado.

                      Enquanto Maria elogiava a atitude de Bolsonaro, Gertrudes teve seu rosto invadido pela tristeza. E, com delicadeza, foi falando:

                     --- Espere um pouquinho, querida Maria! Só que há um porém. Essa dispensa de visto concedida pelo Bolsonaro só vale para os norte-americanos. Eles podem vir para cá sem empecilho algum. Todavia, nós, brasileiros, para irmos aos EUA, necessitamos ainda do visto.

                     Maria quase cai para trás. A alegria que lhe havia invadido a mente há pouco se esvaiu. Perguntou sem entender nada:

                     --- Peraí, Gertrudes! Você está me dizendo que nosso presidente liberou o visto para os norte-americanos, porém para nós, brasileiros, o visto ainda é exigido?

                      --- Isso mesmo, Maria!

                      E Maria sem freios na língua:

                      --- Puta que pariu, Gertrudes! Puta que pariu!

quinta-feira, 28 de março de 2019

O SERGE RENINE E UM ATEU FUNDAMENTALISTA




Eustáquio


            Caro Serge Renine,


                 Em meu vídeo “Ateu Eustáquio responde a fundamentalista cristão”, em que faço uma abordagem acerca da ingênua e errônea pergunta “Existe moral sem Deus?”, você, Serge, escreveu o que segue abaixo:


                  Eustáquio: você também e um fundamentalista. Um fundamentalista ateu, mas ainda um  fundamentalista.


                   Você afirma que eu sou um ateu fundamentalista, não no mesmo sentido de um fundamentalista religioso, mas assim mesmo um fundamentalista. Agradeço-lhe por não me colocar no mesmo rol de um fundamentalista religioso, já que as diferenças são gritantes. Se você abrir qualquer dicionário da língua portuguesa, encontrará facilmente o vocábulo “fundamentalista”. E, nesses dicionários, você verá que sempre há referência a religiosos. Estou aqui com o Dicionário Aurélio, e lá está escrito, entre outras coisas, que fundamentalista é aquele, por exemplo, “que enfatiza a interpretação literal das escrituras, a segunda ressurreição de Cristo, a virgindade de Maria etc.” Como se vê, não sou esse tipo de fundamentalista, mas os fiéis cristãos o são. E o dicionário diz também que é fundamentalista aquele “que confere um caráter de certeza absoluta em relação ao seu ponto de vista”. Conforme seu comentário, é provável que eu, Eustáquio, me encaixe aqui. Mas será que eu sou realmente uma pessoa que bota na cabeça uma coisa e não abre mão dela, mesmo que alguém prove o contrário? Todas as pessoas que convivem comigo, com certeza, não me posicionam nesse grupo. Você, Serge, igualmente a mim, tem verdades absolutas que são intocáveis, ou seja, não há o que discutir. E nem por isso você pode ser tachado de fundamentalista. Por exemplo, você não encontra um cientista sério qualquer que seja um fundamentalista. Hoje, um cientista pode defender com força uma certa teoria, mas, se aparecer amanhã um fato que contrarie essa teoria, o cientista abrirá mão dela. Não a defenderá mais. Cientistas agem assim porque não são fundamentalistas. Outra coisa são os religiosos que não podem abrir mão dos dogmas por mais ridículos que sejam porque, se admitirem o erro, sua religião chegará ao fim. Os religiosos agem assim porque são excessivamente fundamentalistas. Aos religiosos, caro Serge, não interessa a verdade porque eles estão presos à sua ilusão que, cegamente, é aceita como verdade.
                       Em meu vídeo, tratei do tema “Existe moral sem Deus?”. Como afirmei acima, a pergunta é ingênua e errônea.  Primeiramente, a palavra “Deus”. Deus algum existe, deus algum é fonte de qualquer moral. E, segundamente, como dizia o inesquecível prefeito Odorico Paraguassu, se formos pegar o Deus dos cristãos, da Bíblia, veremos que a pergunta é ingênua demais, para não dizer profundamente maluca. Olhando a Bíblia de capa a rabo, é fácil ver que o Deus hebreu não é fonte de moral alguma. Como foi mais um deus criado pelo homem, isto é, por um povo chamado hebreu, um povo guerreiro, intolerante, vingativo e ciumento, essa divindade passou a ser guerreira, intolerante, vingativa e ciumenta. Ou seja, o Deus hebreu, obviamente, herdou as características do povo que o criou, da mesma forma que outros deuses herdaram características de outros povos (egípcio, fenício, grego, maia etc.). Aquele que afirma que o homem cria deuses conforme sua cultura nunca foi ou será um fundamentalista, caro Serge. As provas estão aí, claras, cristalinas e robustas. Pegue a própria Bíblia e compare os inúmeros deuses que estão lá com o Deus Javé, e veja como eles são diferentes.
                          As igrejas, caro Serge, enganam facilmente os fiéis porque são pessoas que se alimentam de ilusão. Elas dizem que, sem Deus, não haveria a moral, o conjunto de costumes bons. Sem Deus, tudo estaria perdido, e só vigoraria o mal. Existe propaganda mais falsa que essa? Ora, é fácil mostrar que deus algum está ligado à moral. É fácil mostrar que a moral existe independentemente da existência de deuses. Peguemos, como exemplo inicial, os ateus. Ateus obviamente não acreditam em deuses. Mas será que os ateus não têm freios morais? Ora, um universo de ateus pratica o bem, são pessoas boas, simpáticas, amáveis, hospitaleiras, caridosas etc. Eu sou ateu desde o berço pela ausência de deuses em meu cérebro. Depois me tornei ateu consciente. Minha mãe teve 19 filhos. Hoje, apenas 8 vivos. Dos 8, modéstia à parte, eu sou o mais querido. Minha mãe me adorava porque fui um ótimo filho. Sempre dedicado ao trabalho e aos estudos. Jamais fiz algo de mal a alguém. Fiz o bem, faço o bem, sem esperar uma falsa e tola recompensa em “paraísos celestiais”. Resumindo: sou uma pessoa boa de forma gratuita! Peguemos, agora, caro Serge, um universo imenso de pessoas religiosas, que acreditam em qualquer deus. Peguemos os cristãos aqui, no Brasil, como exemplo. Será que esse universo de cristãos, que acredita no Deus dos hebreus, tem uma moral invejável? Será que a mera crença no Deus da Bíblia evita que eles pratiquem o mal? A resposta, caro Serge, é um NÃO enfático. Ou seja, crer firmemente em Deus não é sinônimo de uma moral inatacável. Logo, a moral não está ligada a deus algum, ou seja, existe a moral apesar da inexistência dos deuses. É simples assim, uma verdade absoluta! Para encerrar esse artigo, caro Serge, posso fornecer vários exemplos dessa verdade absoluta. Os padres católicos pedófilos acreditam no Deus da Bíblia, mas onde foi parar a moral deles? Para a ilusão deles, Deus existe, mas a moral está ausente. Todos os integrantes de grupos terroristas acreditam nos mais variados deuses, ou seja, os deuses ou Deus estão presentes, mas a moral inexiste. Políticos cristãos corruptos abundam no Brasil, mesmo acreditando no Deus bíblico, porém a moral não está presente. Logo, a moral existe, os deuses, não!
                               Um abraço!
                              

A DERROTA DO FLUMINENSE E O ERRO DO TÉCNICO




Eustáquio



                      Não torço por time algum. Gosto de ver jogos livremente, sem estar amarrado a fanatismos. Mas essa circunstância não me impede de tecer comentários acerca de determinada partida. Quero aqui destacar a ignorância do técnico do Fluminense, Fernando Diniz, levando em consideração os dois últimos jogos entre seu time e o Flamengo. 
                       Domingo passado, dia 24 do corrente mês, Flamengo e Fluminense jogaram, e o placar foi de 3 X 2 a favor do primeiro. E onde está a ignorância do técnico do Fluminense? Ora, ela se localiza na escalação do time reserva. Fernando Diniz colocou totalmente o time reserva, mantendo apenas o jogador Ganso. Qual foi a intenção do técnico? Poupar os jogadores titulares para o próximo jogo que seria realizado 3 dias depois, na quarta-feira. Agir assim é um ato de ignorância e um desrespeito ao torcedor. É uma ignorância porque não surte o efeito almejado. É comum a gente ver técnicos poupando jogadores titulares sem o correspondente resultado positivo. E é também um desrespeito ao torcedor porque, quase sempre, sai de sua casa com muito sacrifício, utilizando-se de ônibus ou de metrô, a fim de ver seu time titular em campo.
                         Pois bem! E a quarta-feira chegou, ontem, dia 27. Novamente, Flamengo e Fluminense. Como comentei acima, o Fluminense com seus jogadores titulares, descansados, força total. Já o Flamengo com o mesmo time que jogou contra o Fluminense há 3 dias, isto é, com seus jogadores cansados. E qual foi o placar do jogo? Será que o técnico Fernando Diniz obteve êxito com sua tática boba? Claro que não! O placar foi de 2 X 1 a favor do Flamengo. E um detalhe importante: durante todo o segundo tempo, o Flamengo jogou com um jogador a menos, já que Bruno Henrique foi expulso. Portanto, é claro e notório que é inútil poupar jogadores titulares.                  

terça-feira, 26 de março de 2019

A CRISTÃ HELENI E A PROTEÇÃO DE DEUS AO BOLSONARO




Eustáquio

                    HELENI,

                                 Como é do seu conhecimento, há alguns dias fiz um artigo comentando acerca da desistência do presidente Jair Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém. Naquela oportunidade, afirmei que Bolsonaro voltou atrás em razão da pressão de alguns países árabes que mantêm comércio com o Brasil. Se Bolsonaro colocasse em ação sua intenção, muitos problemas poderiam surgir para o Brasil, inclusive atos terroristas por parte de árabes. E o Brasil é um país muito violento, e ninguém deseja mais violência para cá. Ao ler esse artigo meu, você, cara Heleni, escreve assim:

                                  “ Olá  Eustáquio não se preocupe quem tá cuidando de Bolsonaro é DEUS. e DEUS cuida direitinho.

                           Mais uma vez, Heleni, você faz uma afirmação com carga religiosa, razão pela qual não tem respaldo algum. É público e notório que, onde está a crença religiosa, a razão está a anos-luz de distância. O lunático cristão protestante Martinho Lutero (1483 -1546) sabia tanto disso que afirmou o seguinte:

                            “A razão é a cortesã do Diabo. Deveria ser destruída em todos os cristãos. Ela é o maior inimigo da Fé.”


                            Excluindo a figura do Diabo, Lutero afirmou uma verdade. De fato, a razão destrói qualquer crença religiosa, não somente o cristianismo. Portanto, quem mantém uma crença religiosa, não faz uso da razão. E você, cara Heleni, em mais uma manifestação, traz uma prova irrefutável dessa verdade afirmada por Lutero. Você afirma que o presidente Jair Bolsonaro está protegido por Deus, e deus aqui o criado pelo povo hebreu e que chegou ao Brasil em abril de 1500. Ora, Heleni, deus algum existe, deus algum protege alguém. Quando você afirma que seu Deus protege o Jair Bolsonaro, essa afirmação é completamente ingênua em relação ao próprio Bolsonaro, como também no tocante às outras pessoas. Basta fazer uma análise rápida e certeira.
                          Vejamos em primeiro caso o Bolsonaro. Ele sofreu um covarde atentado na cidadezinha de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais. Levou uma facada que quase lhe ceifou a vida, se não fosse socorrido rapidamente. Como é que você, cara Heleni, diz ainda que seu Deus protege o Bolsonaro? Que diabo de proteção é essa? Veja que todos os candidatos a presidente na história do Brasil foram eleitos sem sofrer atentado algum. Collor não sofreu atentado algum, assim também Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma. Apenas o Bolsonaro. E volto à pergunta: que diabo de proteção é essa que seu Deus dá ao Bolsonaro? Como se vê, é infantil sua afirmação, cara Heleni. Pense nisso!
                           Em segundo caso, quando você afirma erroneamente que seu Deus protege o Bolsonaro, indiretamente você está afirmando que esse mesmo deus não protege um número infinito de pessoas, e incluindo aí crianças inocentes, deficientes mentais, idosos etc. Na verdade, Heleni, o candidato Jair Bolsonaro escapou com vida, não porque entidade “espiritual” alguma interveio em seu favor, mas porque foi levado às pressas à Santa Casa de Misericórdia daquela cidadezinha mineira. Deus algum, querida Heleni, salvou Jair Bolsonaro, como também deus algum deixou de salvar os jovens estudantes assassinados por dois malucos no colégio Raul Brasil, localizado em Suzano, no estado de São Paulo. Deus algum, Heleni, adora o Jair Bolsonaro, e odeia aqueles jovens trucidados em Suzano.
                            Percebeu, Heleni, como a crença religiosa é irracional?

segunda-feira, 25 de março de 2019

CARTA À CRISTÃ HELENI


Eustáquio

                    HELENI,


                     Em meu vídeo “Jair Bolsonaro e Jesus ‘Cristo’”, você escreve o seguinte:

                     Cansou de tentar convencer ao mundo que DEUS não existe? Acho que sim . Vc nunca vai conseguir. Até vc sabe que ele existe. Só não quer dar o braço a torcer né?”

                      Com essas palavras, cara Heleni, você mostra mais uma vez seu forte fanatismo religioso. É uma pena que você esteja nesse mundo de ilusão, que aliena e explora pessoas.
                      Heleni, esse Deus em que você acredita tem nome. Sabe-se até mesmo a data e o lugar de seu nascimento. Chama-se Javé e foi criado pelos hebreus por volta de apenas 6 mil anos, no lugarejo de nome Ur, hoje Iraque. Saiba que o povo hebreu constituiu sua civilização no período que chamamos de História. Esse Deus existia no período maior chamado de Pré-História? Claro que não! O Deus em que você acredita é o deus de Abraão, Moisés e Jacó. Logo, não existia no longo período chamado de Pré-História. Como é comum o homem criar deuses conforme sua cultura, milhares de deuses foram criados ao longo de toda a existência do homem. Por que, Heleni, você acredita no Deus da Bíblia? Em Jesus? Simplesmente porque foi essa a religião que seus pais lhe transmitiram quando você ainda estava no berço. Você, portanto, acredita numa fantasia religiosa há muito tempo. E por que seus pais lhe transmitiram o cristianismo? Ora, porque eles também receberam essa religião de seus pais. No fundo, Heleni, tudo começou com a chegada dos portugueses a essa terra que hoje tem o nome de Brasil. Pedro Álvares Cabral e seus amigos chegaram aqui em abril de 1500. E eles trouxeram a cultura deles para cá: língua, vestuário, religião etc. Os portugueses eram oficialmente cristãos católicos, logo, implantaram o cristianismo aqui. Imagine, querida Heleni, se os portugueses não fossem cristãos, mas adoradores do islamismo. Nessa situação, seus pais, Heleni, teriam transmitido a você o deus Alá, o profeta Maomé e o Corão. E hoje, Heleni, você não estaria torcendo pelo cristianismo. Entendeu, minha querida, como a cultura dá as regras?
                       Você, Heleni, apenas acredita no Deus da Bíblia. Isso é apenas crença, e nada mais. A crença é uma coisa gratuita que dispensa provas, evidências e vestígios. Você acredita no Deus da Bíblia, assim também bilhões de pessoas acreditam em outros deuses, lobisomem, mula sem cabeça, duendes etc. Tudo é crença, mera ilusão humana. Já que você, Heleni, acredita no Deus criado pelos hebreus, basta ler a Bíblia para passar a desacreditar rapidamente nessa entidade ilusória. Basta ler a Bíblia para perceber que é o homem que cria deuses conforme sua cultura. O Deus bíblico tem o mesmo juízo ingênuo do povo que o criou. O povo hebreu, Heleni, era nômade, intolerante, ciumento, guerreiro, daí o deus criado ser nômade, intolerante, ciumento e guerreiro. Percebeu, Heleni, como o povo cria deuses conforme suas características?
                 Vou mostrar-lhe, Heleni, apenas um exemplo dos costumes daquele povo que foi transmitido ao deus criado: a circuncisão. Circuncisão é um corte que se faz no prepúcio, que é a pele que envolve a glande, a cabeça do pênis. Os hebreus, e somente os hebreus, criaram esse terrível costume. Só que eles escreveram na Bíblia que esse costume foi criado pelo deus Javé com a finalidade de diferenciar o povo hebreu dos outros. Assim, a Bíblia diz que o deus Javé adorava ver pais hebreus cortando com pedras o prepúcio dos meninos recém-nascidos, tudo isso com muito sangue e dor do inocente. Você, Heleni, acha mesmo que uma entidade “espiritual” inteligente e bondosa iria exigir uma loucura desse quilate? Você seria capaz de cortar o prepúcio do pênis de seu filho com apenas 8 dias de vida, Heleni? É claro que não! Só que você não vê esse absurdo no tempo antigo porque colocaram na sua cabeça que a Bíblia é a palavra de Deus.
                  Não se esqueça, Heleni: se você tivesse nascido no Irã, hoje seria uma fiel do deus Alá, estaria lendo o Corão e prestando homenagens ao profeta Maomé. Percebeu, Heleni, como a crença religiosa é ilusão cultural?
                  Um abraço!

sexta-feira, 22 de março de 2019

O FÍSICO MARCELO GLEISER E O PRÊMIO TEMPLETON




Eustáquio

                               Caro Kennedy Litaif,

                    Mais um vídeo brilhante! Nele, você aborda o Prêmio Templeton conquistado merecidamente pelo notável físico brasileiro Marcelo Gleiser. Aproveito o espaço para tecer algumas considerações. Em relação a Gleiser, total respeito e consideração. No tocante à Fundação John Templeton, meus sinceros pêsames. E por quê? Ora, é séria uma fundação que somente premia trabalhos favoráveis à espiritualidade e à religião? A Fundação Templeton jamais premia trabalhos, por mais louváveis que sejam, críticos à espiritualidade e à religião. É uma fundação cristã protestante, logo, extremamente tendenciosa. Não é à toa que ela é alvo de críticas anedóticas por parte de inúmeros estudiosos (biólogos, físicos, químicos, astrônomos etc.) que fazem trabalhos magníficos colocando a religiosidade no lugar merecido, isto é, no mundo da ilusão. Por exemplo, o biólogo Richard Dawkins, conhecido internacionalmente, com vários livros publicados, um monstro no conhecimento da evolução, jamais ganharia esse prêmio simplesmente por combater a ignorância religiosa. Inclusive, em um de seus livros (Deus, um delírio), em várias passagens, ele faz referências com tom anedótico ao prêmio dado pela fundação mencionada acima.
                No vídeo, você diz que Marcelo Gleiser é um agnóstico. Sim, de fato, ele é um agnóstico. Mas um cristão descuidado pode propagar erroneamente que Gleiser tem dúvidas sobre a existência do deus bíblico. E isso não é verdade! Gleiser é ateu em relação aos deuses das religiões. Ele anula a existência de um deus pessoal, que atende preces e orações, que fiscaliza o comportamento de cada pessoa, que manda para o “céu” quem acredita nele, e para o inferno os descrentes etc. Gleiser só é agnóstico em relação aos “mistérios” do Universo, ao desconhecido. E você mesmo, Litaif, no finalzinho do vídeo, afirma a mesma coisa. Só que esses “mistérios” não estão presos a entidades “espirituais”. O Universo é a maior prova de que não há forças inteligentes por trás de sua formação. Sinceramente, acho errado o emprego da palavra “agnóstico” em oposição a “ateu” quando se trata dos deuses das religiões. Em relação a esses deuses, os agnósticos se transformam em ateus.
                          Um abraço!

segunda-feira, 18 de março de 2019

MÉDIUM JOÃO DE DEUS ESTÁ MUITO DOENTE




Eustáquio

              A revista VEJA, de 13 de março do corrente ano, nas páginas 48 a 51, traz uma matéria relativa ao médium João de Deus, com o seguinte título: “EM ESTADO GRAVE”.
                    Os advogados de João de Deus encomendaram um laudo psiquiátrico, feito pelo psiquiatra Leo de Souza Machado, atestando que o paciente encontra-se num quadro forte de depressão, chorando muito e com ideias de suicídio. João de Deus, que não é o João Lins de Sobral, está preso, desde dezembro de 2018, num complexo penitenciário, na cidade de Aparecida de Goiânia, no estado de Goiás. Pesam contra ele inúmeras acusações de abusos sexuais cometidos contra várias mulheres.
                    Despertou-me a curiosidade um trecho do laudo psiquiátrico mostrado pela revista:

                    “Só não cometeu suicídio pois ainda tem sua filha pequena e não quer morrer sem voltar a vê-la, além de não querer contrariar a Deus.”

              Está dito aí que o médium João de Deus não cometeu suicídio porque esse ato não é aprovado pelo Deus em que ele acredita. Ou seja, se o Deus em que o médium João acredita é contra o suicídio, então o João evita o suicídio. Ora, caro leitor, se esse é o raciocínio do médium, então pelas mesmas razões ele não teria cometido abusos sexuais contra inúmeras mulheres porque, obviamente, o Deus em que ele acredita também é contra abusos sexuais. Como se vê, o discurso não se sustenta.
                     Diz também o laudo psiquiátrico que o médium João de Deus já perdeu 17 quilos, não escova mais os dentes (lembrei-me do Nonato Lins de Sobral que nunca escovou os dentes durante toda a vida), sofre de depressão e hipertensão, além de outros problemas de saúde. Cabe aqui mais uma observação. É engraçado dizer que os “espíritos” não gostam de curar os próprios médiuns. Sempre que João de Deus adoece, ele não procura os “espíritos”, mas um dos melhores hospitais do Brasil, o Sírio-Libanês que fica em São Paulo. Nesse hospital, a alguns anos, teve retirados 60% de seu estômago em virtude de um câncer agressivo. Além disso, foram colocados em seu coração 6 “stents”. Tudo isso, é óbvio, sem a participação de seus “espíritos” amigos.
                        Fui!!!!!

sábado, 16 de março de 2019

EVANGÉLICOS, BOLSONARO E A EMBAIXADA BRASILEIRA EM ISRAEL




Eustáquio

            Jair Bolsonaro, durante a campanha, com a finalidade de conquistar evangélicos, prometeu que, nos primeiros dias de governo, iria transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém. Até o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, veio ao Brasil para agradecer pessoalmente ao presidente essa intenção.
                 Só que tudo foi por água abaixo. Mais uma vez, Bolsonaro passa uma borracha numa de suas promessas. E por quê? Ora, porque alguns países árabes que compram produtos brasileiros e são contrários à transferência da embaixada, já alertaram que, se isso ocorrer, deixarão o intercâmbio econômico com o Brasil.
                Se Bolsonaro não for esperto, os evangélicos porão um fim triste ao seu governo!