EUSTÁQUIO
GRANDE WÁLTER IVAN,
Mais um
maravilhoso vídeo!
De início,
você esclarece que várias pessoas já fizeram vídeos sobre esse assunto,
inclusive eu. Li também os principais comentários ínsitos em sua página. E
estou aqui para também tecer minhas considerações.
Sem
vacilar, continuo afirmando que nascemos ateus. O primeiro passo para que
alguém entenda o sentido de uma palavra se resume em analisar essa palavra em
sua origem. Qual é a origem da palavra “ateu”? Quais são os elementos
formadores dessa palavra? A resposta é simples: o vocábulo “ATEU” é formado por
dois elementos gregos: o “A”, que é um prefixo, e o “THEÓS”, que é o radical. O
que quer dizer o prefixo “A”? Carência, ausência ou negação; e o que quer dizer
o radical “THEÓS”? deus. Assim, ateu é a pessoa que nega deuses, ou que têm
carência ou ausência de deuses. Vejamos um recém-nascido! Um bebê não tem
capacidade cognitiva, ou seja, ele não tem ainda um cérebro capaz de negar a
existência de deuses. Para NEGAR alguma coisa, é preciso desenvolvimento intelectual,
coisa não presente num bebezinho. Mas pode ser feita outra pergunta: os deuses
estão ausentes no cérebro de um bebê? Estão! Logo, o bebê é um ateu na
modalidade de AUSÊNCIA, CARÊNCIA de deuses. No cérebro de um bebê, pois, não
existe deus algum. Se esse bebê ficar isolado numa sala, sem ouvir som algum,
sem falar com quem quer que seja, totalmente isolado do mundo, recebendo apenas
alimentação e água, chegará a 80, 90 ou a mais de 100 anos de idade sem ter
deus algum e língua alguma. O que isso significa? Significa que deuses,
línguas, vestuário, por exemplo, são elementos que aquele bebê irá receber de
sua cultura, no caso, de seus pais. Deuses, línguas e roupas são coisas de
fora, externas à criança. Se a criança nasce numa aldeia indígena, serão
introjetados nela elementos de sua cultura: deuses indígenas, línguas indígenas
e nada de roupas; se nasce no Brasil, o deus hebreu, Jesus, língua portuguesa,
roupas, berço etc. porque esses elementos fazem parte da cultura brasileira. E
assim por diante.
O Vinícius César fez o comentário, afirmando que, de fato, nascemos
ateus, mas, segundo ele, esse argumento é fraco porque alguém pode alegar
também que nascemos sem línguas porque somos imaturos ainda e que, por isso,
ateísmo também é imaturidade. Discordo dessa parte, não do Vinícius, mas de
alguém que venha alegar isso. O que se realça aqui é que todos os seres humanos
nascem sem deuses e sem língua. Imaturidade não tem relevância aqui. A
relevância é que deuses e línguas são fatores estranhos aos seres humanos, são
elementos que estão do lado de fora. É
preciso que alguém venha a colocar naquela criança os deuses e as línguas de
sua cultura. Do contrário, aquele ser humano morrerá sem deuses e sem línguas.
Essa é a questão essencial!
E você falou
um pouco sobre o agnosticismo. No fundo, o agnóstico é um ateu, no tocante aos
deuses das religiões. Pergunte a um agnóstico se ele acredita no deus da Bíblia
com todas aquelas características? Ele dirá que não! A máxima do agnóstico é: “NÃO
SEI!”. Mas pergunte se ele acredita no deus Alá? Ele dirá que não! Você mesmo,
Wálter, afirma ser um deísta. Para você talvez exista algo! Porém, você é um
ateu diante do deus hebreu, diante do deus Alá, diante do deus Brahma etc.
Não precisa
responder a essas observações. Entendo você!
Um abraço!
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