terça-feira, 1 de dezembro de 2015
O CRISTÃO EDEILDO E UM DEUS IRADO E ARREPENDIDO
O CRISTÃO EDEILDO E UM DEUS IRADO E ARREPENDIDO
Eustáquio
1º/12/2015
Caro Edeildo Oliveira,
Mais uma vez, deixo claro que nada tenho contra você. Nada tenho contra o fato de você ter uma religião, uma crença. Como ateu, meu objetivo é apenas mostrar que religião é pura ilusão, pura fantasia, pura superstição. Você, Edeildo, é um cristão evangélico. Portanto, mais um que vive uma ilusão religiosa.
Sigmund Freud (1856-1939), o Pai da Psicanálise, estudou a fundo o fenômeno religioso. Foi buscar o fenômeno religioso lá na mente (psique) humana. Em seu livro “O futuro de uma ilusão”, L&PM Pochet, editora Pallotti, 2010, na página 110, Freud escreve o seguinte sobre religião:
“(...) ela contém um sistema de ilusões de desejo com recusa da realidade como apenas encontramos isolado na amência, uma confusão alucinatória radiante.”
Com razão, Freud diz que a religião é um sistema de ilusões. Um sistema de ilusões que recusa a realidade. Ou seja, o homem religioso sai da realidade e entra num mundo imaginário, de ilusões, criado por sua própria mente. Enfim, o homem religioso vive num mundo imaginário marcado por uma confusão alucinatória radiante. É fácil provar que Freud tinha toda razão, caro Edeildo. Veja um exemplo com a Bíblia cristã, que é o seu livro “sagrado”: em Gênesis 6:7, está escrito:
“Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.”
Veja, caro Edeildo, como o Freud tinha razão. A passagem bíblica acima diz respeito à lenda do dilúvio, com o Noé, sua família e a arca. Qualquer teólogo sério sabe muito bem que essa lenda hebraica foi criada com apoio em outra lenda. Essa lenda bíblica, caro Edeildo, é tão simples e ingênua que derruba a onisciência e a onipotência do Deus hebreu. É tão ingênua que está lotada de erros e absurdos, mas você, Edeildo, não vê essa realidade porque sua crença religiosa o joga para um mundo imaginário, repleto de alucinações. Sinto muito em dizer-lhe isso, mas é a pura verdade.
O que diz a lenda do dilúvio? Ora, ela diz que o Deus hebreu ficou irado e arrependido diante de sua própria criação por causa do homem. Percebeu, Edeildo, que a onisciência e a onipotência do Deus hebreu desaparecem com essa lenda? Ora, na lenda da criação de todas as coisas, o Deus hebreu ficava muito feliz com cada coisa que criava. A expressão “E viu Deus que isso era bom” prova essa verdade, não é mesmo, Edeildo? Só que, depois, aquilo que era bom deixou de ser bom. Ou seja, a onisciência do Deus hebreu cai como a chuva. Quem é onisciente não se arrepende. Por quê? Porque, como é onisciente, já sabe de antemão o que vai acontecer depois. Entendeu, Edeildo? Por exemplo, na lenda bíblica, o Deus hebreu fez os animais irracionais. E ficou muito feliz por tê-los feito. Só que, depois, se revoltou contra os pobres animais irracionais, matando-os por afogamento. No momento em que o Deus hebreu criava cada animal, por ser onisciente, já sabia o que iria ocorrer no futuro. Mas o Deus hebreu não sabia porque se arrependeu depois. Entendeu, Edeildo? E veja mais um absurdo na lenda: como é possível uma entidade “espiritual” boa e inteligente matar os pobres animais irracionais por causa da maldade do homem? O que os pobres animais irracionais têm a ver com o que o homem faz ou deixa de fazer? Já pensou, caro Edeildo, se um ladrão entra em sua casa ou em seu apartamento e resolve levar algumas coisas. Ao sair, ele mata o seu papagaio. O que você dirá sobre isso? Ora, Edeildo, você ficará revoltado pelo fato de o ladrão ter matado seu papagaio, não é mesmo? Você dirá que não havia necessidade de o ladrão ter praticado esse mal porque o pobre papagaio nada tem a ver com tudo isso. O ladrão já levou o que queria. Não havia necessidade de matar o pobre animal irracional. Não é isso mesmo que você diria, Edeildo? E por que você não faz o mesmo questionamento em relação à lenda bíblica? Ora, não faz por causa da sua crença religiosa que o leva a abandonar a realidade para entrar num mundo de alucinações.
São inúmeros os erros e absurdos que estão na lenda do dilúvio. Com o tempo, mostrarei cada um. Para terminar, veja outro erro infantil e ingênuo. O Deus hebreu diz no início:
“Farei desaparecer da face da terra o homem que criei.”
Agora, responda-me, caro Edeildo: hoje, na Terra, existe algum homem? Você é o quê, Edeildo? Eu sou o quê, Edeildo? Que eu saiba, você é um homem, e eu, também, não é mesmo? Veja, Edeildo, que na lenda bíblica o Deus hebreu se arrependeu de ter feito o homem, decidindo eliminá-lo por completo do planeta Terra. Só que, depois, somente depois, o Deus hebreu se “lembrou” do homem Noé, e decidiu voltar atrás. Ou seja, o Deus hebreu “voltou atrás” daquela velha decisão de destruir o homem. Ou seja, arrependeu-se de novo da decisão de eliminar o homem da face da Terra.
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