João Santos está com 31 anos de idade e mora em Coimbra, Portugal. Ontem, segunda-feira, 8 de maio do corrente ano, ele vivenciou um fato de natureza religiosa que o deixou perplexo.
João trabalha de madrugada até à hora do almoço, distribuindo pães. Ontem, sabendo que vários cristãos católicos estão andando às margens das estradas com destino à cidade de Fátima para a grande festa do dia 13 de maio próximo, movido pela solidariedade, ele preparou alguns sanduíches e garrafas com água para, gratuitamente, oferecê-los a alguns peregrinos. Durante seu horário de trabalho, pela manhã, já sob um forte calor (30 ºC), viu um casal de idosos cristãos que caminhava com lentidão, à margem da estrada, com muitos quilômetros ainda para percorrer. João parou o carro, pegou dois sanduíches e duas garrafas com água, entregando-os ao casal de idosos. Os dois cristãos ficaram muito felizes com aquele ato de amor praticado por João. O marido idoso, com um sorriso no rosto, olhou para o João, dizendo-lhe:
“Você deve ser mesmo muito crente em nossa Senhora de Fátima e temente a Jesus para parar o seu trabalho e oferecer comida e bebida a um casal de idosos.”
Ao ouvir aquelas palavras ditas pelo idoso cristão católico, peregrino, João lhe respondeu assim:
“Não, eu sou ateu. Apenas acredito que não é preciso ser de alguma religião para fazer o que eu acho certo.''
O casal parou de estampar o sorriso, fechando a cara. Nada disse ao João. Virou as costas, continuando a caminhada. Mais à frente, os dois jogaram no lixo os sanduíches e as garrafas de água.
Veja o que a crença religiosa é capaz de fazer com seus portadores, no caso aqui, o cristianismo. O ateu João, impulsionado pela solidariedade, deu dois sanduíches e duas garrafas de água a um casal de idosos cristãos que estava caminhando à margem de uma estrada com muitos quilômetros ainda para serem vencidos. O ateu, de longe, já sabia que os dois idosos eram cristãos peregrinos, mesmo assim, decidiu amenizar o cansaço deles com sanduíches e água. Isso mostra que ser ateu não significa rejeitar pessoas crentes. Por outro lado, aquele casal de idosos cristãos, quando soube que João é ateu, rejeitou-o imediatamente, jogando no lixo o que havia recebido dele.
O cristianismo não é uma religião de amor. Nunca o foi. E aqui está mais um exemplo. Quando o casal de cristãos ficou sabendo que João não era cristão, rejeitou-o imediatamente. Isso tem nome: fanatismo religioso, a não aceitação de pessoas que têm outras crenças. A marca do cristianismo, pois! Qual é a principal propaganda dessa religião? Ei-la: se você não aceitar a Jesus como seu salvador pessoal, quando morrer, será queimado eternamente no fogo do inferno. Viu aí como não é uma religião de amor! Onde já se viu condenar eternamente uma pessoa a um sofrimento atroz apenas por não acreditar em Jesus. E a coisa piora mais ainda quando se sabe que o acreditar não depende da pessoa. Ninguém diz assim:
Não acredito em Jesus, mas tenho que acreditar.
Isso é impossível! João Santos, ateu, deu um exemplo de amor. Viu um casal de idosos cristãos, caminhando à margem da estrada, sob um sol abrasador. Entregou-lhe gratuitamente dois sanduíches e duas garrafas com água. Em troca, recebeu o desprezo apenas por não compartilhar a mesma crença religiosa.
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