segunda-feira, 4 de novembro de 2019

CRISTÃO CRITICA EX-CRISTÃ ÂNGELA



Eustáquio



                       Em meu vídeo de ontem, com o título “Lamentações da ex-cristã Ângela Oliveira”, recebi vários comentários relativos às declarações prestadas pela Ângela. Dentre eles, um se destaca em razão da visão defeituosa. Trata-se do comentário do cristão Carlos Estevão, nos seguintes termos:



                                   “O que Deus tem a ver com os abusos praticados com ela na infância? O marido a traía? Quem adulterava era ele ou Deus? Ateu vive proclamando liberdade, agira na hora das desgraças Deus tem que intervir, né? Ainda mais vem um pastor insensato legitimar o adultério do cara, dizendo que era pra ela ganhar o maridp pra Deus? É um mentecapto um pastor desse! Um Deus q assum procedesse ere pior que o próprio Diabo! Enfim, mais im caso de ateísmo decorrente de trauma religioso!”


                                Para que a coisa fique mais clara e didática, pegarei os trechos iniciais do comentário de Carlos:


                       “O que Deus tem a ver com os abusos praticados com ela na infância? O marido a traía? Quem adulterava era ele ou Deus?”


                             Em suas lamentações, Ângela Oliveira, com bastante coragem, revelou dois problemas familiares sofridos por ela: os abusos sexuais, a partir dos 7 anos de idade, cometidos por seu padrasto, e o abandono do esposo, que a deixou para viver com outra mulher. A parte inicial do comentário do cristão Carlos Estevão se refere a esses dois problemas. Carlos pergunta a si mesmo: o que Deus tem a ver com os abusos sexuais sofridos pela Ângela? E o que Deus tem também a ver com a traição de seu esposo? Quem praticou os abusos sexuais foi seu padrasto, e não Deus. Quem a abandonou foi seu esposo, e não Deus. Portanto, segundo a visão do cristão Carlos, Deus não tem culpa alguma no cartório.
                       Em primeiro lugar, o cristão Carlos, em seu comentário, usa a palavra “Deus”. O vocábulo “Deus” é uma expressão genérica, isto é, geral, universal, razão pela qual deve ser reduzida. A que “Deus” o Carlos se refere? Será que é o deus Brahma? O deus Vishnu? O deus Shiva? O deus Ganesha? O deus Javé? Ou será que é outro deus dentre os milhares de deuses disponíveis nas inúmeras religiões? Há deuses para todos os gostos. Tudo depende da imaginação do crente. Bem. Já que o Carlos Estevão se declara um cristão, então, deduz-se que o deus dele seja o Javé, o deus criado pelo povo hebreu, o mesmo deus da Bíblia cristã. Portanto, eu já descobri qual é o deus dele. Irei analisar agora se o deus hebreu foi o culpado pelos abusos sexuais sofridos pela Ângela e pela infidelidade conjugal de seu ex-marido. Ora, deus algum existe. Deuses são um produto da imaginação humana, isto é, só existem no cérebro humano, ao lado de outros personagens, tais como: lobisomem, bicho papão, papai noel, duendes, mula sem cabeça etc. Assim, já que o deus do cristão Carlos não existe, obviamente, não pode ser responsabilizado pelo que ocorreu com a ex-cristã Ângela Oliveira. Os culpados foram, de fato, seu padrasto e seu ex-marido.
                    Só que o cristão Carlos entra num labirinto sem saída. Segundo sua ilusão, o deus hebreu vive e atua quando é chamado. Nem é necessário alguém ser um cristão para entender essa realidade. As igrejas cristãs pregam que o deus hebreu faz maravilhas quando chamado com fervor. Igrejas cristãs propagam que o deus hebreu cura as mais variadas doenças, salva fiéis de desastres, consegue empregos etc. Então, no mundo da ilusão cristã, o deus hebreu age, atua. Quem frequenta uma igreja cristã qualquer sabe disso. Ora, se o deus hebreu atua, age, faz alguma coisa, como os próprios cristãos dizem, por que então não evitou que uma criança com apenas 7 anos de idade fosse abusada sexualmente durante todos os dias por seu terrível padrasto? Foi isso o que ocorreu com a Ângela. Ela era apenas uma criancinha inocente. Vivia numa família cristã católica. Ângela ouvia de seus parentes mais próximos que o deus hebreu socorria os mais necessitados. Por que, então, o deus hebreu ficava de braços cruzados quando ela era abusada sexualmente por seu padrasto? Se o deus hebreu nada fazia, e podia fazer, é porque realmente não estava nem aí para os problemas de uma criancinha inocente. Colocaram na cabeça da criancinha Ângela que o deus hebreu era ativo, atuante. Por isso, já que nada fez para livrá-la das mãos de seu horrível padrasto, Ângela começou a desprezá-lo, e com toda razão. A culpa total é das igrejas cristãs que enganam os fiéis. Se as próprias igrejas propagam que o deus hebreu age em qualquer situação, então nenhum cristão pode reclamar diante de alguém que despreza esse deus justamente por não ter atuado quando necessário. Com certeza, o próprio cristão Carlos Estevão, em sua ilusão, já deve ter dito pelo mundo afora que o deus hebreu o salvou de algum desastre, de algum acidente, de alguma doença ou que o ajudou a resolver um problema qualquer. Ora, se, na ilusão cristã, o deus hebreu age, então ele não age em milhares de situações. E, quando não age, a culpa é totalmente sua. O cristão Carlos, no início de seu comentário, pergunta o que o deus hebreu tem a ver com os abusos sexuais sofridos pela criancinha Ângela. Ora, na ótica cristã, tem tudo a ver. O deus hebreu tinha poder para evitar os abusos sexuais? Tinha, ou não? Se tinha poderes mágicos para evitar os abusos, e não o fez, é porque abusos sexuais contra criancinhas não são coisas tão graves assim para ele, não é mesmo? Por isso mesmo, a criancinha Ângela, já naquela idade, começou a desconfiar dessa entidade. Que deus é esse que não me socorre, eu, uma criancinha, diariamente abusada sexualmente por esse padrasto infame? Que deus é esse que, segundo minha vizinha, a curou, agiu em sua defesa, mas nega essa defesa para mim, uma criancinha inocente com apenas 7 anos de idade? Ângela Oliveira pensou direitinho, racionalmente, coisa que é quase impossível para o cristão Carlos Estevão. Da mesma forma, por que deus permitiu que meu marido me abandonasse para cair nos braços de outra mulher? O deus hebreu tinha poderes para evitar a separação do casal? Tinha, ou não? Se tinha, e não o fez, é porque fica contente quando os casais se separam. No dia em que o cristão Carlos raciocinar, deixará fatalmente sua religião. Nada se sustenta no mundo religioso, como bem o afirma o Edson Martins. Todos os cristãos, todos, em sua ilusão, afirmam que o deus hebreu age, atua quando assim o deseja. Assim, não quis agir para salvar a criancinha Ângela com apenas 7 anos de idade quando era abusada sexualmente pelo hediondo padrasto. É óbvio, portanto, que a Ângela, já naquela idade, tenha começado a desconfiar dessa entidade propagada pelos cristãos. É óbvio!!! A doutrina cristã é completamente cega, pena que até agora o cristão Carlos não tenha acordado. Trago um exemplo da irracionalidade cristã. Recentemente, o padre Marcelo Rossi sofreu um ataque de um cachorro, que quase lhe come o olho direito, e uma queda de um altar, tendo sido empurrado por uma fiel cristã católica. Nos dois casos, ele afirmou que foi salvo por Nossa Senhora. Veja o tamanho da ignorância! Nossa Senhora salvou o padre Marcelo Rossi em dois casos não muito graves. Num caso gravíssimo, os abusos sexuais sofridos por uma criança com apenas 7 anos de idade, Nossa Senhora nem o deus hebreu nada fizeram para salvá-la. Entendeu como funciona a irracionalidade cristã? Os próprios cristãos colocam o deus hebreu num labirinto sem saída. Se o deus hebreu tem poderes para agir, e não o faz, torna-se o responsável principal pela ocorrência dos fatos.
                   E, no final de seu comentário, o cristão Carlos escreve o seguinte:


                   “Enfim, mais um caso de ateísmo decorrente de trauma religioso!”



                     Carlos diz erroneamente que Ângela Oliveira hoje é uma ateia porque sofreu decepções religiosas. Ou seja, o ateísmo dela não é oriundo de análises, estudos e pesquisas. Mais um erro do cristão Carlos. Veja o que escreve a Ângela bem no início de seu texto:


                  “Então desde talvez uns 07 anos, questiono esse tal deus. Quando ia á missa com minha mãe, e o padre dizia que  jesus morreu por nós, e sofreu muito ,eu pensava...Mas sendo ele deus, ou filho de deus, por que isso?”


                  Ora, Ângela diz que nasceu numa família cristã católica, no interior de Minas Gerais. Sua mãe, mulher solteira, a levava à igreja para assistir a missas. Ângela estava apenas com 7 anos de idade. Ela mesma diz que, quando o padre dizia que Jesus morreu pela humanidade e sofreu muito, achava aquilo muito estranho, sem lógica. Veja que Ângela achou estranho um aspecto da doutrina cristã: o sacrifício de Jesus! E ainda vem o cristão Carlos Estevão dizer que ela se tornou ateia em razão de traumas religiosos. Não, Carlos! Ela achou um absurdo a doutrina do sacrifício de Jesus, e não o comportamento do padre. Ela não foi abusada sexualmente pelo padre. De forma alguma. Ângela percebeu o absurdo de uma doutrina cristã. Chegou inicialmente ao ateísmo por discordar das doutrinas cristãs, e não porque passou pelos problemas narrados em suas lamentações. Ainda criança, ela achava muito estranho o que o padre pregava. E o sacrifício de Jesus, que é a pedra de fundação do cristianismo, é uma aberração do homem antigo. Por que, na lenda cristã, Jesus foi sacrificado? A resposta é fácil: Jesus foi sacrificado porque o cristianismo é mais uma religião que envolve sangue humano. É uma loucura afirmar que Jesus foi sacrificado para que o deus hebreu salvasse a humanidade. Isto é um absurdo, uma visão completamente arcaica e defeituosa de justiça. O problema do cristão Carlos Estevão é não conhecer o cristianismo a fundo. De onde os cristãos extraíram essa maluquice, a de que Jesus foi sacrificado para que o deus hebreu perdoasse os pecados do povo?  De onde eles tiraram isso? A resposta é facílima: foram buscar essa maluquice nas escrituras hebraicas que hoje estão presentes no Velho Testamento, que não é velho para os judeus. Veja um exemplo, no livro de Levítico, capítulo 9, versículo 2:


                 “e disse a Arão: Toma um bezerro, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto, ambos sem defeito; e traze-os perante o Senhor.”  



                Esse texto bíblico não é cristão, mas hebraico, faz parte das escrituras hebraicas. Quando foi escrito, não havia sequer um cristão no planeta Terra. Os cristãos só foram surgir séculos depois. E o que aconteceu? Os cristãos liam essas escrituras hebraicas, eram os textos preferidos por eles. E eles viam os sacrifícios e holocaustos que faziam parte da sociedade hebraica. Pegaram essa ideia arcaica e a empregaram em Jesus. Os hebreus, muito antes dos cristãos, sacrificavam animais irracionais e até seres humanos para que o deus hebreu perdoasse os pecados do povo daquelas comunidades. E essa passagem do livro de Levítico é uma prova clara, pública e incontestável. O lendário Moisés ordena a seu irmão Arão que pegue um bezerro e um carneiro, sem defeitos, para ofertá-los ao deus hebreu a fim de perdoar os pecados dos membros da congregação. Essa ignorância do homem hebreu foi copiada pelos cristãos. Da mesma forma, Jesus, um cordeiro sem defeitos, seria sacrificado para que o deus hebreu perdoasse os pecados do povo. É simples entender isso! O cristianismo é uma religião que envolve sangue, sacrifício, uma aberração do homem antigo. Naquele mundo, muito diferente do nosso, a visão de justiça era extremamente defeituosa. Era comum punir o inocente (um animal, ou um ser humano) em prol da salvação do povo da comunidade. Ao sacrificar um animal irracional ou um ser humano para o deus hebreu, o povo muito ignorante pensava que a divindade se contentava com os animais sacrificados, deixando de punir o povo com guerras, fomes etc.  E essa mesma ignorância está presente no sacrifício de Jesus.  Foi sacrificado para que o deus hebreu perdoasse os pecados da humanidade. Entendeu a maluquice? Ora, quem deve sofrer é quem pratica os pecados, quem comete infrações. O pecador, o assassino, o ladrão, o estuprador não pode ser perdoado pelo deus hebreu em razão do sacrifício de um inocente.
                       Portanto, o sacrifício de Jesus é uma aberração humana. A Ângela Oliveira, com apenas 7 anos de idade, já havia percebido isso. Já o cristão Carlos Estevão, adulto ou idoso, ainda não percebeu.
                       Mas ainda há tempo!!!              

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