sexta-feira, 8 de novembro de 2019

DEUS FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS?



                        O gaúcho Ferreira Rassier, que possui um canal maravilhoso com o mesmo título, há 2 dias fez um vídeo intitulado "A CCB faz acepção de pessoas". CCB significa Congregação Cristã no Brasil, igreja da qual Rassier foi membro. Veja agora um pequeno trecho de seu vídeo:
                               Rassier narra que um ex-membro da referida igreja passou por duas situações constrangedoras. A primeira delas foi que, ao estacionar seu carro no estacionamento da igreja, foi orientado a desocupar a vaga a fim de que outro carro, mais possante, a ocupasse, talvez aí, o carro de uma pessoa de destaque da igreja. O rapaz, na época membro, foi obrigado a deixar seu carro do lado de fora. A segunda situação que lhe trouxe constrangimento foi quando se sentou num banco, sendo imediatamente orientado a sentar-se em outro lugar, já que aquele estava reservado para determinada pessoa. Inclusive, o Rassier afirma que sua própria esposa também passou por semelhante situação. E ele conclui seu vídeo, afirmando que a CCB faz acepção de pessoas. 
                       E Rassier tem toda razão! Todas as igrejas fazem acepção de pessoas! Porém, todas negam! A Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, também faz acepção de pessoas. O que é fazer "acepção de pessoas"? Fazer acepção de pessoas quer dizer discriminá-las, diferenciá-las, tratá-las diferentemente, o que é uma profunda injustiça. Você, que está assistindo a esse vídeo, muito cuidado com os discursos de líderes religiosos cristãos. Muito cuidado! Esses líderes cristãos dizem aos fiéis que o deus hebreu e Jesus não faziam acepção de pessoas, invocando, por exemplo, o que está escrito no livro de Romanos, capítulo 2, versículo 11:


                       "Porque para com Deus não há acepção de pessoas."



                       Os fiéis, conduzidos pelos discursos, principalmente, de pastores, passam realmente a acreditar nessa passagem bíblica. É preciso saber que a Bíblia não se resume a um versículo. É necessário entender que, na Bíblia, há vários escritores com pontos de vista diferentes. E, repetimos, em toda a narrativa bíblica, o deus hebreu fazia acepção de pessoas. Antes de qualquer coisa, deus algum existe. O deus bíblico é o deus criado pelo povo hebreu. E o povo hebreu fazia acepção de pessoas, daí porque o deus criado também dançava de acordo com a música. Peguemos o início da lenda dos hebreus. A família de Abraão morava em Ur, atual Iraque. Mudou-se para Harã. Ali, o deus hebreu determinou que Abraão saísse de sua terra e fosse para uma terra chamada Canaã que pertencia a vários povos. O deus hebreu ordenando que os hebreus fossem invadir terras alheias. E, em toda a narrativa hebraica, o deus hebreu odiava os outros povos, não querendo que seu povo se unisse a outros. Isso é acepção de pessoas, na mais pura definição. Veja, por exemplo, o que está escrito em Êxodo, capítulo 33, versículo 2:

                       "Enviarei o Anjo adiante de ti; lançarei fora os cananeus, os amorreus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus."

                               Nessa lenda, o deus hebreu fala a Moisés, dizendo que um anjo acompanhará o povo hebreu na conquista da terra alheia chamada Canaã. O deus hebreu diz que expulsará daquela terra seus reais proprietários: os cananeus, os amorreus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. Veja, portanto, que o deus hebreu fazia acepção de pessoas. Ele não queria que seu povo se unisse a outros povos. Ora, a acepção de pessoas é a marca característica do povo hebreu, do povo judeu. Sempre foram sociedades fechadas, com o isolamento social de seus membros. Até hoje os judeus têm essa marca. E isso está em toda a Bíblia. Como o deus hebreu foi criado pelos hebreus, somente esse povo pertence a ele. Os outros povos eram estranhos para o deus hebreu. É simples entender essa verdade em toda a Bíblia. Mais um exemplo: no livro de Números, capítulo 31, versículo 2, está escrito:

              "Vinga os filhos de Israel dos midianitas."


              Nessa passagem, o deus hebreu manda que Moisés massacre o povo midianita porque, obviamente, não era um povo amado pela divindade hebraica. O povo do deus hebreu era tão somente o povo de Israel, e nada mais. Isto é, a acepção de pessoas sempre foi uma marca característica do deus hebreu. Veja que estamos mostrando não um versiculozinho miserável, mas ações lendárias atribuídas ao deus hebreu, nas quais se destaca a acepção de pessoas, a discriminação racial. Em várias passagens bíblicas, o deus hebreu determina a matança de hebreus que se envolveram com mulheres de outros povos. Eis mais uma prova da exagerada acepção de pessoas promovida pela divindade hebraica. O deus hebreu só amava seu povo, e exigia que ele não se misturasse a outros povos. Veja mais um exemplo no livro de 1 Reis, capítulo 11, versículos 1 e 2:


                   "1 Ora, além da filha de Faraó, amou Salomão muitas mulheres estrangeiras: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias. 
                       2 mulheres das nações de que havia o Senhor dito aos filhos de Israel: Não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor."

          Nessas passagens, o deus hebreu ordenou que os filhos de Israel não se casassem com mulheres estrangeiras, de outros povos. Mais uma prova da exacerbada acepção de pessoas, diferenciação de pessoas, promovida pelo deus hebreu. O lendário rei Salomão desprezou essa ordem do deus hebreu, casando-se com várias mulheres de outros povos. Na lenda, o deus hebreu ficou com muita raiva de Salomão. 
                           E Jesus? Pregava também a acepção de pessoas? Para não estender muito o vídeo, basta perguntar ao Jesus das narrativas do Novo Testamento qual será o fim das pessoas que não o aceitarem como seu salvador pessoal. O Jesus das narrativas lendárias pregava que quem não o seguia estava reservado para o fogo eterno do inferno. Pura acepção de pessoas! Para o céu cristão, só irão as pessoas que aceitarem a Jesus. As demais (a quase totalidade) irão para o inferno cristão. Essa propaganda tem um nome, e se chama pura acepção de pessoas!
                    Portanto, muito cuidado com líderes religiosos quando lhe disserem que o deus hebreu não fazia acepção de pessoas. Abra seu olho!

                        

                       

                           
                               



quinta-feira, 7 de novembro de 2019

    O ATEU CHICO E O CRISTÃO CARLOS 



                                                         


                                  Na foto do vídeo, o ateu José Francisco da Silva.
                         Há alguns dias, fiz um vídeo com o título "Lamentações da ex-cristã Ângela Oliveira". Naquele vídeo, o cristão Carlos Estevão lançou um comentário. Sobre esse comentário, fiz um vídeo com o título "Cristão critica ex-cristã Ângela". Nesse vídeo, o ateu José Francisco da Silva escreve o seguinte em relação ao comentário do cristão Carlos:
                                     
                                      
                                       



"Os crentes acham que devemos ter um fato em nossa vida para ser ateu. Desgraças na vida dos seres humanos são comuns. O que não se tem é interferência para favorecer o bem e nem para evitar o mal porque deus não existe, simples assim. O resto é choradeira e lamentações de crentes que não pensam no absurdo de crer em algo criado por ignorantes de dois mil anos atrás"



No início de seu comentário, o ateu José Francisco da Silva anula a afirmação feita pelo cristão Carlos Estevão quando, referindo-se à Ângela Oliveira, afirmou que seu ateísmo é mais um caso de ateísmo decorrente de trauma religioso. Contra essa ideia do cristão Carlos, o ateu José Francisco escreve:

"Os crentes acham que devemos ter um fato em nossa vida para ser ateu"


Com razão, o ateu! De fato, um universo de crentes pensa erroneamente que, quem abandona a fé religiosa e entra no ateísmo, isso se deve a algum trauma de natureza religiosa. Por exemplo, uma determinada pessoa descobriu que um pastor evangélico possui várias amantes. Em razão disso, deixa de acreditar no deus hebreu. Outro exemplo: uma mãe perde o único filho numa idade tão jovem, daí abandona a crença no deus bíblico. E assim por diante. Esse é o pensamento errôneo do cristão Carlos. Já o ateu José Francisco da Silva afirma que não é exigido fato traumático algum para uma pessoa se tornar ateia. E ele tem toda razão! Eu, Eustáquio, sou ateu, desde que me conheço por gente. Nunca passei por desilusões, por traumas, por desesperos etc. Meu ateísmo é oriundo de estudos, pesquisas, análises, comparações etc. A mim pouco importa o comportamento de líderes religiosos. Eu seria uma pessoa extremamente burra se me considerasse um ateu porque fiquei decepcionado com o comportamento de alguns líderes religiosos. Seria a mesma burrice que condenar a medicina brasileira apenas porque o médico Roger Abdelmassih estuprou várias clientes. Repito, meu ateísmo se sustenta na razão, na racionalidade, nos estudos, nas pesquisas, nas análises, nas comparações etc.
E, mais à frente, o ateu José escreve:


"Desgraças na vida dos seres humanos são comuns. O que não se tem é interferência para favorecer o bem e nem para evitar o mal porque deus não existe, simples assim"


Mais um ponto para o ateu José! De fato, desgraças são comuns na vida dos seres humanos. Deus algum existe, deus algum interfere para favorecer o bem e nem para evitar o mal. Quando um cristão, por exemplo, afirma que o deus hebreu o salvou de um câncer, na verdade, delira demasiadamente. Faz apenas uma afirmação de fé, pura crendice. Deus algum existe, deus algum cura câncer. E essa afirmação cristã não resiste a uma análise lógica por dois motivos:
Em primeiro lugar, cada cristão trabalha de acordo com os dogmas de sua igreja, que são muito diferentes dos dogmas de outras igrejas. Peguemos, como exemplo, um fato real, ocorrido há poucos meses. O padre Marcelo Rossi foi empurrado de um altar por uma fiel católica, sofrendo uma horrível queda. Ele alegou que não sofreu lesão grave alguma porque Nossa Senhora o socorreu. Agora vem a pergunta que não quer calar: por que o padre afirmou que Nossa Senhora o salvou? A resposta é muito fácil: por que Nossa Senhora faz parte do rol de "santos" criados pela Igreja Católica Apostólica Romana. E se o padre Marcelo Rossi não fosse um padre, mas um pastor evangélico, será que alegaria que foi salvo por Nossa Senhora? A resposta é também fácil: ele jamais faria tal alegação porque Nossa Senhora não faz parte da louvação evangélica. Só para citar um exemplo, há alguns anos um pastor espertalhão da Igreja Universal do Reino de Edir Macedo chutou a "imagem" de Nossa Senhora, fato que ficou conhecido em todo o Brasil. Pois bem! O padre Marcelo Rossi louva Nossa Senhora, ao passo que o líder evangélico a despreza. É fácil ver que cada crente recorre aos elementos de sua crença. Quando diz que foi salvo ou curado por fulano de tal, sua afirmação é apenas um produto de sua imaginação fortalecido pelos dogmas de sua igreja. Se fosse fiel de outra igreja, afirmaria coisa bem diferente. Percebeu como as afirmações de caráter religioso não têm sustentação alguma?
Em segundo lugar, quando o padre Marcelo Rossi afirma que Nossa Senhora o salvou, de forma indireta, está afirmando que Nossa Senhora, Jesus ou o deus hebreu deixam de salvar um universo de pessoas que mereceriam também uma ajuda. Imagine, uma criança com apenas 3 anos de idade, sendo estuprada e morta por um bandido qualquer. Segundo o padre Marcelo Rossi, Nossa Senhora, Jesus ou o deus hebreu estão ali, assistindo àquela cena horrível do estupro de uma criança. A criança grita desesperadamente, à procura de um socorro. Mas Nossa Senhora, Jesus ou o deus hebreu nada fazem. E a criança termina assassinada. Porém, no caso do padre Marcelo, Nossa Senhora decidiu agir para salvá-lo. Percebeu como as afirmações de caráter religioso não têm sustentação alguma? E que também beiram ao ridículo?
Muito bom o comentário do José Francisco da Silva.


segunda-feira, 4 de novembro de 2019

CRISTÃO CRITICA EX-CRISTÃ ÂNGELA



Eustáquio



                       Em meu vídeo de ontem, com o título “Lamentações da ex-cristã Ângela Oliveira”, recebi vários comentários relativos às declarações prestadas pela Ângela. Dentre eles, um se destaca em razão da visão defeituosa. Trata-se do comentário do cristão Carlos Estevão, nos seguintes termos:



                                   “O que Deus tem a ver com os abusos praticados com ela na infância? O marido a traía? Quem adulterava era ele ou Deus? Ateu vive proclamando liberdade, agira na hora das desgraças Deus tem que intervir, né? Ainda mais vem um pastor insensato legitimar o adultério do cara, dizendo que era pra ela ganhar o maridp pra Deus? É um mentecapto um pastor desse! Um Deus q assum procedesse ere pior que o próprio Diabo! Enfim, mais im caso de ateísmo decorrente de trauma religioso!”


                                Para que a coisa fique mais clara e didática, pegarei os trechos iniciais do comentário de Carlos:


                       “O que Deus tem a ver com os abusos praticados com ela na infância? O marido a traía? Quem adulterava era ele ou Deus?”


                             Em suas lamentações, Ângela Oliveira, com bastante coragem, revelou dois problemas familiares sofridos por ela: os abusos sexuais, a partir dos 7 anos de idade, cometidos por seu padrasto, e o abandono do esposo, que a deixou para viver com outra mulher. A parte inicial do comentário do cristão Carlos Estevão se refere a esses dois problemas. Carlos pergunta a si mesmo: o que Deus tem a ver com os abusos sexuais sofridos pela Ângela? E o que Deus tem também a ver com a traição de seu esposo? Quem praticou os abusos sexuais foi seu padrasto, e não Deus. Quem a abandonou foi seu esposo, e não Deus. Portanto, segundo a visão do cristão Carlos, Deus não tem culpa alguma no cartório.
                       Em primeiro lugar, o cristão Carlos, em seu comentário, usa a palavra “Deus”. O vocábulo “Deus” é uma expressão genérica, isto é, geral, universal, razão pela qual deve ser reduzida. A que “Deus” o Carlos se refere? Será que é o deus Brahma? O deus Vishnu? O deus Shiva? O deus Ganesha? O deus Javé? Ou será que é outro deus dentre os milhares de deuses disponíveis nas inúmeras religiões? Há deuses para todos os gostos. Tudo depende da imaginação do crente. Bem. Já que o Carlos Estevão se declara um cristão, então, deduz-se que o deus dele seja o Javé, o deus criado pelo povo hebreu, o mesmo deus da Bíblia cristã. Portanto, eu já descobri qual é o deus dele. Irei analisar agora se o deus hebreu foi o culpado pelos abusos sexuais sofridos pela Ângela e pela infidelidade conjugal de seu ex-marido. Ora, deus algum existe. Deuses são um produto da imaginação humana, isto é, só existem no cérebro humano, ao lado de outros personagens, tais como: lobisomem, bicho papão, papai noel, duendes, mula sem cabeça etc. Assim, já que o deus do cristão Carlos não existe, obviamente, não pode ser responsabilizado pelo que ocorreu com a ex-cristã Ângela Oliveira. Os culpados foram, de fato, seu padrasto e seu ex-marido.
                    Só que o cristão Carlos entra num labirinto sem saída. Segundo sua ilusão, o deus hebreu vive e atua quando é chamado. Nem é necessário alguém ser um cristão para entender essa realidade. As igrejas cristãs pregam que o deus hebreu faz maravilhas quando chamado com fervor. Igrejas cristãs propagam que o deus hebreu cura as mais variadas doenças, salva fiéis de desastres, consegue empregos etc. Então, no mundo da ilusão cristã, o deus hebreu age, atua. Quem frequenta uma igreja cristã qualquer sabe disso. Ora, se o deus hebreu atua, age, faz alguma coisa, como os próprios cristãos dizem, por que então não evitou que uma criança com apenas 7 anos de idade fosse abusada sexualmente durante todos os dias por seu terrível padrasto? Foi isso o que ocorreu com a Ângela. Ela era apenas uma criancinha inocente. Vivia numa família cristã católica. Ângela ouvia de seus parentes mais próximos que o deus hebreu socorria os mais necessitados. Por que, então, o deus hebreu ficava de braços cruzados quando ela era abusada sexualmente por seu padrasto? Se o deus hebreu nada fazia, e podia fazer, é porque realmente não estava nem aí para os problemas de uma criancinha inocente. Colocaram na cabeça da criancinha Ângela que o deus hebreu era ativo, atuante. Por isso, já que nada fez para livrá-la das mãos de seu horrível padrasto, Ângela começou a desprezá-lo, e com toda razão. A culpa total é das igrejas cristãs que enganam os fiéis. Se as próprias igrejas propagam que o deus hebreu age em qualquer situação, então nenhum cristão pode reclamar diante de alguém que despreza esse deus justamente por não ter atuado quando necessário. Com certeza, o próprio cristão Carlos Estevão, em sua ilusão, já deve ter dito pelo mundo afora que o deus hebreu o salvou de algum desastre, de algum acidente, de alguma doença ou que o ajudou a resolver um problema qualquer. Ora, se, na ilusão cristã, o deus hebreu age, então ele não age em milhares de situações. E, quando não age, a culpa é totalmente sua. O cristão Carlos, no início de seu comentário, pergunta o que o deus hebreu tem a ver com os abusos sexuais sofridos pela criancinha Ângela. Ora, na ótica cristã, tem tudo a ver. O deus hebreu tinha poder para evitar os abusos sexuais? Tinha, ou não? Se tinha poderes mágicos para evitar os abusos, e não o fez, é porque abusos sexuais contra criancinhas não são coisas tão graves assim para ele, não é mesmo? Por isso mesmo, a criancinha Ângela, já naquela idade, começou a desconfiar dessa entidade. Que deus é esse que não me socorre, eu, uma criancinha, diariamente abusada sexualmente por esse padrasto infame? Que deus é esse que, segundo minha vizinha, a curou, agiu em sua defesa, mas nega essa defesa para mim, uma criancinha inocente com apenas 7 anos de idade? Ângela Oliveira pensou direitinho, racionalmente, coisa que é quase impossível para o cristão Carlos Estevão. Da mesma forma, por que deus permitiu que meu marido me abandonasse para cair nos braços de outra mulher? O deus hebreu tinha poderes para evitar a separação do casal? Tinha, ou não? Se tinha, e não o fez, é porque fica contente quando os casais se separam. No dia em que o cristão Carlos raciocinar, deixará fatalmente sua religião. Nada se sustenta no mundo religioso, como bem o afirma o Edson Martins. Todos os cristãos, todos, em sua ilusão, afirmam que o deus hebreu age, atua quando assim o deseja. Assim, não quis agir para salvar a criancinha Ângela com apenas 7 anos de idade quando era abusada sexualmente pelo hediondo padrasto. É óbvio, portanto, que a Ângela, já naquela idade, tenha começado a desconfiar dessa entidade propagada pelos cristãos. É óbvio!!! A doutrina cristã é completamente cega, pena que até agora o cristão Carlos não tenha acordado. Trago um exemplo da irracionalidade cristã. Recentemente, o padre Marcelo Rossi sofreu um ataque de um cachorro, que quase lhe come o olho direito, e uma queda de um altar, tendo sido empurrado por uma fiel cristã católica. Nos dois casos, ele afirmou que foi salvo por Nossa Senhora. Veja o tamanho da ignorância! Nossa Senhora salvou o padre Marcelo Rossi em dois casos não muito graves. Num caso gravíssimo, os abusos sexuais sofridos por uma criança com apenas 7 anos de idade, Nossa Senhora nem o deus hebreu nada fizeram para salvá-la. Entendeu como funciona a irracionalidade cristã? Os próprios cristãos colocam o deus hebreu num labirinto sem saída. Se o deus hebreu tem poderes para agir, e não o faz, torna-se o responsável principal pela ocorrência dos fatos.
                   E, no final de seu comentário, o cristão Carlos escreve o seguinte:


                   “Enfim, mais um caso de ateísmo decorrente de trauma religioso!”



                     Carlos diz erroneamente que Ângela Oliveira hoje é uma ateia porque sofreu decepções religiosas. Ou seja, o ateísmo dela não é oriundo de análises, estudos e pesquisas. Mais um erro do cristão Carlos. Veja o que escreve a Ângela bem no início de seu texto:


                  “Então desde talvez uns 07 anos, questiono esse tal deus. Quando ia á missa com minha mãe, e o padre dizia que  jesus morreu por nós, e sofreu muito ,eu pensava...Mas sendo ele deus, ou filho de deus, por que isso?”


                  Ora, Ângela diz que nasceu numa família cristã católica, no interior de Minas Gerais. Sua mãe, mulher solteira, a levava à igreja para assistir a missas. Ângela estava apenas com 7 anos de idade. Ela mesma diz que, quando o padre dizia que Jesus morreu pela humanidade e sofreu muito, achava aquilo muito estranho, sem lógica. Veja que Ângela achou estranho um aspecto da doutrina cristã: o sacrifício de Jesus! E ainda vem o cristão Carlos Estevão dizer que ela se tornou ateia em razão de traumas religiosos. Não, Carlos! Ela achou um absurdo a doutrina do sacrifício de Jesus, e não o comportamento do padre. Ela não foi abusada sexualmente pelo padre. De forma alguma. Ângela percebeu o absurdo de uma doutrina cristã. Chegou inicialmente ao ateísmo por discordar das doutrinas cristãs, e não porque passou pelos problemas narrados em suas lamentações. Ainda criança, ela achava muito estranho o que o padre pregava. E o sacrifício de Jesus, que é a pedra de fundação do cristianismo, é uma aberração do homem antigo. Por que, na lenda cristã, Jesus foi sacrificado? A resposta é fácil: Jesus foi sacrificado porque o cristianismo é mais uma religião que envolve sangue humano. É uma loucura afirmar que Jesus foi sacrificado para que o deus hebreu salvasse a humanidade. Isto é um absurdo, uma visão completamente arcaica e defeituosa de justiça. O problema do cristão Carlos Estevão é não conhecer o cristianismo a fundo. De onde os cristãos extraíram essa maluquice, a de que Jesus foi sacrificado para que o deus hebreu perdoasse os pecados do povo?  De onde eles tiraram isso? A resposta é facílima: foram buscar essa maluquice nas escrituras hebraicas que hoje estão presentes no Velho Testamento, que não é velho para os judeus. Veja um exemplo, no livro de Levítico, capítulo 9, versículo 2:


                 “e disse a Arão: Toma um bezerro, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto, ambos sem defeito; e traze-os perante o Senhor.”  



                Esse texto bíblico não é cristão, mas hebraico, faz parte das escrituras hebraicas. Quando foi escrito, não havia sequer um cristão no planeta Terra. Os cristãos só foram surgir séculos depois. E o que aconteceu? Os cristãos liam essas escrituras hebraicas, eram os textos preferidos por eles. E eles viam os sacrifícios e holocaustos que faziam parte da sociedade hebraica. Pegaram essa ideia arcaica e a empregaram em Jesus. Os hebreus, muito antes dos cristãos, sacrificavam animais irracionais e até seres humanos para que o deus hebreu perdoasse os pecados do povo daquelas comunidades. E essa passagem do livro de Levítico é uma prova clara, pública e incontestável. O lendário Moisés ordena a seu irmão Arão que pegue um bezerro e um carneiro, sem defeitos, para ofertá-los ao deus hebreu a fim de perdoar os pecados dos membros da congregação. Essa ignorância do homem hebreu foi copiada pelos cristãos. Da mesma forma, Jesus, um cordeiro sem defeitos, seria sacrificado para que o deus hebreu perdoasse os pecados do povo. É simples entender isso! O cristianismo é uma religião que envolve sangue, sacrifício, uma aberração do homem antigo. Naquele mundo, muito diferente do nosso, a visão de justiça era extremamente defeituosa. Era comum punir o inocente (um animal, ou um ser humano) em prol da salvação do povo da comunidade. Ao sacrificar um animal irracional ou um ser humano para o deus hebreu, o povo muito ignorante pensava que a divindade se contentava com os animais sacrificados, deixando de punir o povo com guerras, fomes etc.  E essa mesma ignorância está presente no sacrifício de Jesus.  Foi sacrificado para que o deus hebreu perdoasse os pecados da humanidade. Entendeu a maluquice? Ora, quem deve sofrer é quem pratica os pecados, quem comete infrações. O pecador, o assassino, o ladrão, o estuprador não pode ser perdoado pelo deus hebreu em razão do sacrifício de um inocente.
                       Portanto, o sacrifício de Jesus é uma aberração humana. A Ângela Oliveira, com apenas 7 anos de idade, já havia percebido isso. Já o cristão Carlos Estevão, adulto ou idoso, ainda não percebeu.
                       Mas ainda há tempo!!!              

domingo, 3 de novembro de 2019

DEUS NÃO GOSTOU DA OFERTA DE CAIM




Eustáquio


                Sempre tenho dito que os cristãos deturparam, e muito, os textos hebraicos que hoje estão no Velho Testamento da Bíblia cristã. Um universo de cristãos pensa erroneamente que os livros do Velho Testamento, que não é velho para os judeus, foram escritos por cristãos. Na verdade, quando todos os livros do Velho Testamento foram escritos, não havia sequer um cristão no planeta Terra. Somente séculos depois, é que surgiram os cristãos. E o que eles fizeram? Pegaram os textos hebraicos e começaram a montar sua visão distorcida de mundo. E, nesse vídeo, mostrarei mais uma distorção de um texto hebraico feita pelos cristãos. A pergunta é:


           POR QUE O DEUS HEBREU NÃO SE AGRADOU DA OFERTA DE CAIM?


            O Novo Testamento, que é um conjunto de textos cristãos, responde. Em 1 João, capítulo 3, versículo 12, está a resposta:



          “não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.”



           Logo de início, é preciso deixar registrado que Caim, Abel, Adão e Eva nunca existiram. Os relatos que estão em Gênesis são lendários, daí os inúmeros erros e ingenuidades. Quem escreveu esse texto bíblico cristão está afirmando que o deus hebreu não se agradou da oferta de Caim porque este era do maligno e suas obras eram muito más. Já seu irmão Abel era do bem, e suas obras eram justas. Como você verá facilmente, esse escritor cristão estava mais por fora do que bunda de índio.
           E veja agora outra explicação, e bem diferente, de outro cristão sobre o porquê de o deus hebreu não ter se agradado da oferta de Caim. Em Hebreus, capítulo 11, versículo 4, está escrito:



           “Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas.”



           O cristão que escreveu esse texto diz coisa diferente do cristão que escreveu o que está em 1 João. Este afirma que o deus hebreu não se agradou da oferta de Caim porque agiu com pouca fé. Já o outro cristão diz que foi porque as obras de Caim eram más, e as de Abel, justas. Na verdade, os dois cristãos erraram, deturpando o texto hebraico. Veja o texto hebraico, em Gênesis, capítulo 4, versículos 2 a 6:



            “2 Depois, deu à luz a Abel, seu irmão. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador.
             3 Aconteceu que no fim de uns tempos, trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
             4 Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta.
             5 Ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou...”



            Quem escreveu esse texto hebraico (não foi Moisés) mostrou claramente por que o deus hebreu não se agradou da oferta de Caim. Não foi porque a fé de Caim era fraca, e nem porque suas obras eram más. Nada disso! O deus hebreu não se agradou da oferta de Caim porque adorava carne queimada. O escritor hebreu colocou em destaque:



            “Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador.”



           Num certo dia, Abel pegou as ovelhas mais novas e a gordura delas, ofertando-as ao deus hebreu. Já Caim, como era lavrador, pegou as melhores beterrabas, cenouras, alfaces, repolhos, maxixe, batatas, tomates, cheiro verde, agrião, e os ofertou ao deus hebreu. O deus hebreu adorava somente carne e gordura, justamente por isso ficou muito feliz com a oferta de Abel. Caim, coitado, trabalhava de sol a sol, em sua lavoura, cuidando das plantações. Preparou uma grande cesta para o deus hebreu. Jamais iria imaginar que sua oferta não seria recebida. O deus hebreu foi bastante ingrato com Caim. Mesmo não gostando dos produtos da lavoura, deveria tê-los recebido com grande satisfação. O importante foi a boa intenção de Caim. Caim, coitado, entendia de lavoura, e não de rebanho. É óbvio que ele só poderia ofertar aquilo com que trabalhava. Pobre Caim! Como foi incompreendido pelo deus hebreu!
               Portanto, o deus hebreu só se agradou da oferta de Abel porque veio em forma de carne, já que era carnívoro. Em toda a narrativa bíblica, a divindade hebraica adorava sacrifícios e holocaustos. E sacrifícios e holocaustos eram feitos somente com animais (e até seres humanos). Ninguém fazia holocaustos com cenouras, beterrabas, alfaces, tomates etc.
               Percebeu como os cristãos deturparam os textos hebraicos?

sábado, 2 de novembro de 2019

A BÍBLIA E O NOME DE MINHA MÃE



Eustáquio



                          O teólogo, filósofo, especialista em línguas semíticas, escritor e jornalista espanhol Juan Arias, em seu livro “A Bíblia e seus segredos”, editora Objetiva, 2004, na página 30, escreve:



                                “É lógico, portanto, que a Bíblia apresente erros e contradições, exageros e mitos misturados com fatos reais.”


               
                             Nesse vídeo, trarei mais um erro clássico presente na Bíblia. Antes, trago um caso real fora da Bíblia. Meu pai se chamava João. Era filho de Alzira. Casou-se com Gerarda, gerando 19 filhos. Eu, Eustáquio, sou o filho mais novo do casal. Agora surgem as perguntas: quem foi a mãe de meu pai? Resposta: Alzira! E quem foi minha mãe? Resposta: Gerarda! Vê-se facilmente que Alzira, mãe de meu pai, era minha avó paterna, e eu, seu neto, não é mesmo? É ou não é? Claro que sim!
                         Entro agora na Bíblia, precisamente no 1º livro de Reis, capítulo 15, versículos 1, 2, 8, 9 e 10. Eis inicialmente os versículos 1, 2 e 8:



                         “1 No décimo oitavo ano do rei Jeroboão, filho de Nebate, Abias começou a reinar sobre Judá.
                          2 Três anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Maaca, filha de Absalão.
                          8 Abias descansou com seus pais, e o sepultaram na Cidade de Davi; e Asa, seu filho, reinou em seu lugar.”


                       Nessa época bíblica, reinava na sociedade hebraica a famigerada monarquia. O poder ficava reduzido às famílias. Por exemplo, um pai se tornava rei. Quando morria, passava o poder para o filho. E assim por diante. E os hebreus ainda diziam que o deus hebreu abençoava esse regime monárquico e vergonhoso. Na verdade, deus algum existe, deus algum abençoa e protege reis, pessoas sem escrúpulos, que estavam acima das leis, massacrando e levando o povo à escravidão e miséria. Na passagem bíblica acima, é dito que um certo homem chamado Abias começou a reinar sobre Judá. Sua mãe se chamava Maaca, filha de Absalão. Abias ficou no poder durante três anos porque morreu, sendo, obviamente, substituído por seu filho Asa. Portanto, grave bem isso: a mãe de Abias se chamava Maaca e era filha de Absalão. E Abias era pai de Asa.

               Veja agora os versículos seguintes, isto é, os versículos 9 e o 10:



              “9 No vigésimo ano de Jeroboão, rei de Israel, começou Asa a reinar sobre Judá.
               10. Quarenta e um anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Maaca, filha de Absalão.”



              Percebeu o erro bíblico? Não? Não? Vou explicar-lhe. Nesse capítulo 15, é dito que o rei Abias era filho de Maaca, que era filha de Absalão. E está dito também que Asa era filho de Abias. E o erro aparece quando está dito que a mãe de Asa era a mesma mãe do pai dele. Isto é, Maaca, filha de Absalão, era a mãe de Abias e do filho deste, Asa. Entendeu, agora? O escritor hebreu errou feio. Ora, a mãe de Abias era obviamente uma mulher chamada Maaca, filha de Absalão. Logicamente, Maaca seria a avó paterna de Asa, e não também sua mãe de sangue, como está dito no versículo 10. O erro absurdo do escritor hebreu levaria alguém a pensar erroneamente que o rei Abias fez sexo com sua própria mãe de nome Maaca, gerando o filho Asa. E não foi essa, obviamente, a intenção do escritor hebreu.