terça-feira, 31 de janeiro de 2023

JESUS, O MAIOR PSICÓLOGO (3º )

                                       Livros cristãos só levam os leitores ao mundo da fantasia. 

Nas páginas 9 e 10, o psicólogo Mark W. Baker diz que, num grande período de sua vida, não estava conseguindo entender a existência do sofrimento. Ele escreve assim:




“Foi uma época em que passei a questionar tudo, pensando: como pode existir um Deus se estou sofrendo tanto? Eu estava completamente desesperado e nada era capaz de me ajudar.”




Você, leitor, está entendendo, não é mesmo? Mark está afirmando que não conseguia entender o porquê de existir o sofrimento, por que pessoas sofrem. Ele perguntava como pode existir um Deus diante de tanto sofrimento. Entendeu, leitor? Pois bem. Ele estava desesperado para descobrir esse mistério, até que, num certo dia, tudo ficou claro para ele. Você, leitor, quer saber como ele, um psicólogo cristão, passou a entender a existência do sofrimento? Eu vou contar, mas você promete a mim que não vai rir? Beleza! Então vamos lá. 









Mark, para entender a existência do sofrimento paralelamente à existência de um Deus, foi à casa de Tim, um geólogo, irmão dele. Na cozinha, apenas os dois ali, Mark revelou ao irmão sua grande angústia. Tim, vendo o desespero de seu irmão, contou-lhe um fato ocorrido com ele. Tim lhe disse que, certa vez, estava no topo de uma montanha muito alta, onde nada cresce, sem árvores. Lá de cima, olhou para baixo e viu os vales repletos de árvores. Entendeu, leitor? Na parte mais alta da montanha, nenhuma árvore. Lá embaixo, nos vales, muitas árvores. 

Após ouvir esse discurso do irmão Tim, Mark diz que agora entendia a existência do sofrimento com a existência de Deus. Você, leitor, está rindo! Mas você me prometeu que não daria gargalhadas. Mark escreve assim:



“A parábola de Tim me ensinou uma verdade essencial: o sofrimento nos causa dor, mas também nos faz crescer. Nunca esquecerei o que Tim disse naquele dia.”



Ora, o que Tim falou nada tem a ver com o porquê da existência do sofrimento. Nada explicou sobre a existência do sofrimento das pessoas. O próprio Mark diz apenas que o sofrimento causa dor, mas nada diz sobre por que o sofrimento existe paralelamente à existência de um Deus. Ou seja, Mark não saiu do lugar onde estava. Imagine o Edson Martins perguntando ao psicólogo cristão Mark:






“Mark, diga-me uma coisa: por que pessoas sofrem tanto, se existe um Deus poderoso?”




Mark diria ao Edson que o sofrimento causa dor, mas também faz as pessoas crescerem. Com certeza, o Edson Martins diria ao Mark que não era um idiota. Ora, dizer que o sofrimento causa dor não é descobrir o porquê da existência do sofrimento, por que o sofrimento existe, por que pessoas sofrem! 

Na verdade, deus algum existe, deus algum tem poder para eliminar o sofrimento das pessoas. E mais: o sofrimento não é exclusivo dos seres humanos. Animais irracionais também sofrem, e não são pecadores. 

Outro absurdo afirmado pelo psicólogo cristão é dizer que o sofrimento causa dor, mas fazem as pessoas crescerem. Agora mesmo, no Distrito Federal, 10 pessoas de uma mesma família foram barbaramente assassinadas. Que sofrimento terrível para os familiares vivos! É um absurdo afirmar que esse sofrimento fará com que os familiares vivos cresçam, se aperfeiçoem. Durante a 2ª Guerra Mundial (1939 - 1945), Adolf Hitler mandou matar 6 milhões de judeus. É um absurdo dizer que esse sofrimento causou dor, mas fez os judeus de hoje crescerem. Crianças são estupradas e mortas pelo Brasil. É loucura afirmar que esse sofrimento causa dor, mas faz seus pais crescerem. 


Entendeu, leitor? Mark nada escreveu sobre o porquê da existência do sofrimento paralelamente à existência de um Deus. Ele apenas enrolou, enrolou, enrolou. Repito: o sofrimento existe porque somos seres vivos, frágeis, expostos às mais variadas situações. Da mesma forma, os animais irracionais, que sofrem também. Deus algum existe, deus algum está por trás de qualquer sofrimento. 


segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

JESUS, O MAIOR PSICÓLOGO ( 2º )

                                      Livros cristãos só levam os leitores ao mundo da fantasia. 

Mark W. Baker, na página 5, começa seu livro assim:



“Jesus entendia as pessoas. (...) Há mais de vinte anos interesso-me pelo estudo tanto da teologia quanto da psicologia. Descobri que cada uma dessas disciplinas ajuda a aprofundar meu entendimento da outra. Freud, no entanto, considerava a religião uma muleta que as pessoas usam para lidar com seus sentimentos de desamparo. Esta postura deu início a uma guerra entre a psicologia e a religião que continua até hoje. Alguns psicólogos encaram a religião como um culto que limita o potencial humano. Descobri que a animosidade existente em ambos os lados deste conflito tem origem no medo. O medo dificulta o entendimento.”



Logo no início de seu livro, o psicólogo Mark W. Baker diz que o Jesus presente nos 4 evangelhos do Novo Testamento entendia as pessoas. Segundo ele, Jesus compreendia profundamente as pessoas, era um especialista da natureza humana. Por favor, leitor, não ria porque está atrapalhando minha concentração aqui. Por favor, não ria! Em seguida, Mark afirma que existe, hoje, uma espécie de guerra entre a psicologia e a religião. Cita até Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, que foi ateu e judeu. Mark registra que Freud considerava a religião uma muleta que as pessoas usam para conviver com seus sentimentos de desamparo. E, igualmente a Freud, assim agem alguns psicólogos. 


Mark, então, como psicólogo, diz que não existe razão alguma para essa guerra entre psicologia e religião porque ele descobriu que esse conflito tem origem no MEDO. Ele diz que “o medo dificulta o entendimento”.  

Vamos lá! Existe uma gritante diferença entre Psicologia e religião. Psicologia é Ciência, uma atividade que faz uso de métodos científicos. Religião não é Ciência, mas crença, mera crendice. Entendeu, leitor? Na Psicologia, não existem deuses, demônios, anjos, céu, inferno, purgatório etc. O psicólogo, utilizando ferramentas científicas, procura resolver problemas que afetam os seres humanos, com paciência, amor e dedicação. Dessa forma, Psicologia e religião não podem andar na mesma via, caminham por estradas diferentes. 

O engraçado é que Mark W. Baker diz que o medo dificulta o entendimento. Sim, o medo dificulta realmente o entendimento, só que o MEDO era a ferramenta utilizada pelo Jesus do Novo Testamento. O psicólogo, como já mostramos no primeiro vídeo, não impõe MEDO a seus pacientes. Ao contrário, combate todas as espécies de medo. Jesus não era um psicólogo porque ameaçava as pessoas com o medo, caso não o aceitassem como seu salvador. Entendeu, leitor? Mark Baker está mais perdido que cego em tiroteio. Ele critica a figura do MEDO, afirma que o medo dificulta o entendimento. Só que elogia a Jesus, que utilizava o MEDO para ameaçar seus seguidores com o sofrimento eterno no fogo do inferno. Para facilitar o entendimento, veja, leitor, o quadro abaixo:






            

           O PSICÓLOGO

                       

                       JESUS

           

                  COMBATE 

                       AO 

                     MEDO

     

                     PREGAÇÃO 

                          DO 

                        MEDO

   

  

Entendeu, leitor? Quem tenta conquistar pessoas por meio do medo, não entende de pessoas. A marca do cristianismo é o MEDO, a ameaça do fogo eterno para aqueles que não acreditarem em Jesus. Viu como Mark Baker está mais perdido que cego em tiroteio? Ele critica o MEDO e, ao mesmo tempo, elogia a Jesus, só que o MEDO era uma ferramenta utilizada pelo líder cristão. 


domingo, 29 de janeiro de 2023

JESUS, O MAIOR PSICÓLOGO ( 1º )

                                      Livros cristãos só levam os leitores ao mundo da fantasia. 

Mark W. Baker, com seus livros direcionados a cristãos, é um sucesso de vendas. Norte-americano, é doutor em Psicologia Clínica e mestre em Teologia. Faz palestras em igrejas cristãs evangélicas, inclusive já esteve no Brasil, recorrendo aos ensinamentos de Jesus para ajudar pacientes com os mais diversos problemas. Diz que Jesus foi o maior psicólogo que já existiu na Terra. E, lamentavelmente, os fiéis passam a acreditar nesses discursos. 

Vamos começar essa série com um de seus livros mais vendidos: Jesus, o maior psicólogo que já existiu, Editora Sextante, 2005. Na parte superior da capa do livro, consta a seguinte informação: Edição  comemorativa de 2 milhões de livros vendidos no Brasil. Isto é, esse livro é mais um sucesso de vendas. Vamos iniciar essa série com o título do livro:



Jesus, o maior psicólogo que já existiu



A primeira coisa que devemos fazer é analisar esse Jesus aí. A que Jesus o autor cristão se refere? Ele se refere ao Jesus que está presente na Bíblia cristã, especificamente nos 4 evangelhos que estão no Novo Testamento. Na Bíblia cristã, só existe cristianismo no Novo Testamento. Então, vamos lá. 





O Jesus dos 4 evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João)  foi realmente o maior psicólogo que já existiu na Terra? Será que isso é verdade? Não, não é verdade! É bom esclarecer, de início, que, nos 4 evangelhos, não existe apenas um Jesus, mas vários, com personalidades diferentes. Isso mostra que foi  uma construção de vários escritores cristãos, cada um escrevendo a seu modo. Na verdade, esse Jesus não foi um psicólogo e, muito menos, o maior de todos. 

Você, leitor querido, sabe dizer qual é a função de um psicólogo? Como ele desenvolve seu trabalho? Bem, o psicólogo é aquele profissional especialista em comportamento humano, que, usando métodos científicos, estuda os fatores que influenciam o modo como as pessoas pensam, agem e sentem. Ele ajuda as pessoas a superarem problemas como ansiedade, medo, estresse, depressão etc. Então, leitor? Será que o Jesus do Novo Testamento era mesmo um psicólogo? Era especialista em comportamento humano? Claro que não! Fazia uso de métodos científicos? Claro que não! Resolvia problemas como ansiedade, depressão, medo etc.? Claro que não! 

Se você, leitor, procurar um psicólogo brasileiro, qualquer um, formado em uma universidade, claro, verá que ele ajudará você a abandonar as fantasias que o atormentam. Entendeu? Qualquer psicólogo vai, por exemplo, orientar você a enfrentar e vencer o MEDO. Ora, o Jesus do Novo Testamento fazia o contrário. Ele tentava conquistar fiéis fazendo uso do MEDO, propagando o MEDO, com ameaças terríveis. Viu aí, leitor, como Jesus não era um psicólogo? Só para começar, veja o que está escrito em Marcos, capítulo 16, versículos 15 e 16:  


   E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.




Na passagem bíblica acima, Jesus, já ressuscitado, aparece aos discípulos, determinando que eles deviam pregar sua mensagem a todas as pessoas. E Jesus foi claro: quem não acreditar nele, quando morrer, será queimado eternamente no fogo do inferno. Em primeiro lugar, Jesus algum ressuscitou. No planeta Terra, jamais alguém ressuscitou. Ressurreição de mortos só existe nos filmes de Hollywood e em livros religiosos. Em segundo lugar, Jesus, ao contrário de qualquer psicólogo, trabalhava com o MEDO, ameaçando as pessoas com um terrível castigo eterno. Entendeu, agora, leitor, por que Jesus não foi realmente um psicólogo? Qualquer psicólogo combate o MEDO, não trabalha com o MEDO, não incentiva o MEDO! Entendeu, leitor? 

Qualquer psicólogo sabe que ninguém pode ser obrigado a acreditar em alguém ou em alguma coisa. É um absurdo exigir que alguém acredite em alguém porque, se não acreditar, vai sofrer punição terrível e eterna. Psicólogo algum prega essa idiotice, essa loucura. O acreditar não deve ser imposto porque não depende da vontade da pessoa. É simples entender isso!

Assim, o Jesus do Novo Testamento jamais foi um psicólogo. O escritor cristão Mark W. Baker escreve essas bobagens para agradar o público cristão, que é muito grande, certeza de um faturamento muito grande. 


quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

JESUS, O CORDEIRO DE DEUS

                                      RC, que não é o cantor Roberto Carlos, possui um canal maravilhoso no You Tube, com o título “RC - Papel Aceita Tudo”. Ontem, terça-feira, 24 de janeiro do corrente ano, em seu canal, assisti ao vídeo “O mito do bode expiatório”, com duração de apenas 2 minutos e 5 segundos. Eis, caro leitor, o vídeo por completo:


Numa narrativa brilhante, ele explica o que significa a expressão “bode expiatório”, ainda muito comum nos dias de hoje. RC diz assim:


“Essa expressão, ela é atribuída a alguém que é escolhido para carregar a culpa de algo que não cometeu.”



Belíssima a definição de RC! A expressão “bode expiatório” quer dizer isso mesmo. Você, leitor, entendeu? Vou trazer mais detalhes para que você entenda. Nos processos criminais, muitas pessoas atuam como bodes expiatórios. É muito comum um adolescente com menos de 18 anos de idade assumir a autoria de um crime que não cometeu para evitar a punição de um adulto, o verdadeiro autor do crime. Esse adolescente, então, é chamado de bode expiatório. É chamado de bode expiatório porque traz para si a culpa da prática de um crime praticado por um adulto. Já que tem menos de 18 anos, não receberá uma pena superior a 3 anos. Ele sofrerá uma punição que deveria ser endereçada ao adulto. O adulto, o verdadeiro autor do crime, ficará sem punição porque o adolescente assumiu falsamente a culpa. Uma injustiça horrível, não é mesmo, leitor? No presente caso, o adolescente é o bode expiatório, vai expiar, sofrer as consequências de um crime que não cometeu apenas para salvar o verdadeiro criminoso. Entendeu, agora, leitor, a repugnante injustiça? 


E qual é a origem dessa injustiça horrível? Onde ela nasceu? De onde ela veio? RC mostra isso com clareza. Ela é oriunda da sociedade hebraica, o povo da Bíblia. A irracional e injusta figura do bode expiatório está presente em toda a Bíblia cristã, no Velho Testamento, que não é velho para os judeus, e também no Novo Testamento, com o cristianismo. O mundo da Bíblia era profundamente ignorante e injusto, daí a existência do bode expiatório.  

Vamos começar nosso estudo com o primeiro grande livro da Bíblia cristã, o Velho Testamento, que, repito, não é velho para os judeus. A ignorância era tão grande naquele mundo que os hebreus escolhiam animais irracionais para sofrerem as consequências de atos praticados por seres humanos. Entendeu a loucura, leitor? Por exemplo, um hebreu cometia um ato reprovável pela sociedade e, para se livrar da condenação moral, pegava um animal irracional, um bode, que sofreria por ele, no deserto. Isto é, um bode expiatório. Um animal irracional sofrendo as consequências de atos praticados pelo homem. Entendeu a loucura daquele tempo, leitor? E está escrito, nos textos bíblicos, que essa maluquice foi determinada pelo deus hebreu. Ora, como diz o RC, deus algum existe, deus algum determinou tamanha loucura. É o homem que cria deuses. Assim, o povo hebreu criou seu deus, entre outros, atribuindo a ele o atraso da época. 

O RC mostrou uma passagem bíblica, trazendo essa ignorância, e são muitas as passagens. Ele leu o que está em Levítico, capítulo 16, versículos 21 e 22:


“E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e enviará o bode ao deserto.” 


Viu aí, leitor, a ignorância do povo bíblico? Um animal irracional era escolhido para ser o bode expiatório, para sofrer as consequências de atos praticados por seres humanos. Que atraso, que loucura! Com o sofrimento do animal irracional, seres humanos eram perdoados! Que loucura!

E fique sabendo, leitor, que essa mesma loucura está no Novo Testamento, no cristianismo. Os cristãos, também no maior atraso, achavam tão linda a figura do bode expiatório que a colocaram em Jesus. Em todo o Novo Testamento, a propaganda está lá, Jesus, o bode expiatório, aquele que morreu pelos pecados praticados pelos seres humanos. O mesmo atraso do Velho Testamento. Neste, um bode sendo sacrificado para que o deus hebreu perdoasse os pecados do povo. No Novo Testamento, Jesus sendo sacrificado para que o deus hebreu perdoasse os pecados da humanidade. Entendeu, leitor, a louca e atrasada associação? Em todo o Novo Testamento, Jesus é o cordeiro sacrificado, o bode sacrificado, para que o deus hebreu perdoasse os pecados do homem. Que loucura, que atraso! Veja, como exemplo, o que está escrito em João, capítulo 1, versículo 29:

“No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”


Percebeu a maluquice cristã? Jesus, o novo cordeiro, o novo bode expiatório que seria sacrificado para que o deus hebreu perdoasse o pecado do mundo. O quadro abaixo mostra bem o atraso:


           BODE EXPIATÓRIO


         VELHO TESTAMENTO

         NOVO TESTAMENTO

            

                   Um cordeiro


                   Um bode

     

                  

                      JESUS