PASTOR CLÁUDIO DUARTE E A BÍBLIA ( 8º )

                                                        Sigmund Freud, o Pai da Psicanálise, que era judeu e ateu, dizia que o homem religioso se contenta com fundamentações miseráveis para seus pontos de vista, para sua tomada de partido. 

Na página 31, o pastor Cláudio Duarte traz a passagem bíblica que está no livro Rute, capítulo 3, versículo 1:

“E disse-lhe Noemi, sua sogra: Minha filha, não hei de buscar descanso para que fiques bem.”

Nesse trecho bíblico, a mulher Noemi, que é sogra de Rute, diz a esta que não poupará esforços para fazê-la feliz, que lutará para que sua nora Rute seja feliz. Eis aí uma sogra que amava a nora. E o pastor Cláudio Duarte continua na página 33:

“A sogra está falando para a nora e a verdade de Deus é diferente da verdade secular, hoje, o mundo secular diz que sogra e nora são inimigas, que sogra deve ser igual a cerveja, gelada e em cima da mesa, muita gente diz isso… (...) enquanto a Bíblia diz que sogras e noras deveriam ser amigas, parceiras e cúmplices, mas as pessoas não estão interessadas na verdade de Deus.”

Percebeu, leitor, como o psicanalista Freud tinha razão, ao afirmar que o homem religioso se contenta com fundamentações miseráveis para seus pontos de vista? O pastor Cláudio Duarte afirma acima que, nos dias atuais, o povo se esqueceu do deus bíblico, vem desprezando os ensinamentos da Bíblia, e um desses ensinamentos é que sogras e noras devem ser amigas, parceiras e cúmplices. Os leitores do pastor leem isso aqui e pensam que é verdade. Ao longo dessa série, venho mostrando que as famílias bíblicas não são exemplos de amor, de solidariedade, de amizade etc. Na Bíblia, um quadro familiar trágico, em que sogras matam noras, noras matam sogras, filhos matam pais, pais matam filhos, irmãos praticam relações sexuais com irmãs, filhas praticam relações sexuais com os próprios pais etc. Tudo isso está registrado nas páginas da Bíblia, mas o pastor Cláudio Duarte não vê, mas vê apenas o amor da sogra Noemi diante de sua nora Rute. E aí ele pega esse exemplo como se fosse regra na Bíblia. E, mesmo nesse relato, ele não informa, por exemplo, o que Noemi diz em seguida à nora Rute. Ora, Noemi, a sogra, diz à nora Rute que ela deve tomar um banho, passar perfume no corpo, colocar o melhor vestido e ir dormir ao lado do rico Boaz a fim de conquistá-lo. E Rute faz o que a sogra aconselhou. Mesmo sem conhecer bem Boaz, ela se deita ao lado dele, oferecendo-se. Imagine, leitor, sua filha indo se deitar ao lado de um homem praticamente desconhecido. Qual o conceito que você daria a ela? Quanto a isso, o pastor, claro, fica calado.

Vou trazer aqui alguns exemplos de que as famílias bíblicas não são um mar de rosas, como afirma o pastor Cláudio Duarte. Em Gênesis, capítulo 16, a família inicial de Abraão. O lendário Abraão possuía a mulher Sara e várias escravas. Sara era estéril, não conseguia engravidar. O que ela fez, então? Ela pediu que Abraão fizesse sexo com uma das escravas, a Agar. Abraão, claro, atendeu ao pedido da esposa. Até eu, Eustáquio, teria atendido também. Agar pariu um menino chamado Ismael. E o que aconteceu? Sara e Abraão expulsaram a pobre escrava juntamente com seu filho para o deserto. Veja, leitor, que família exemplar! Imagine, você, leitor, casado com uma mulher infértil. E aí você resolve fazer o que Abraão fez. Você faz sexo, por exemplo, com uma amiga de sua esposa ou com sua empregada doméstica. E veja que sua esposa fez esse pedido. Você vai ficar feliz, mas veja que deturpação familiar. E o pastor Cláudio Duarte ainda diz que as famílias de hoje estão distantes do deus bíblico. 

Veja, leitor, mais um exemplo de família deturpada na Bíblia: a família de Ló! O lendário Ló era sobrinho de Abraão. Em Gênesis, capítulo 19, Ló estava em sua casa com a esposa e suas duas filhas virgens. Aí apareceram 2 anjos que foram dormir lá. Nisso, os homens tarados da cidade queriam fazer sexo com os anjos. Ló não permitiu. Sabe o que Ló fez, leitor? Ele, o próprio pai, ofereceu as 2 filhas virgens aos homens tarados. O pai Ló ofereceu as 2 filhas virgens para que os homens as estuprassem. Isso é modelo de família, leitor? As filhas de Ló deviam ser muito feias porque os homens tarados recusaram. Mais à frente, essas 2 filhas embriagam o próprio pai com vinho e fazem sexo com ele. Imagine, leitor, você, pai, fazendo sexo com duas filhas. Isso é modelo de família? E o pastor Cláudio Duarte ainda diz que as famílias de hoje estão destruídas. 

Mais um exemplo familiar bíblico: a família de Isaque! Isaque tomou Rebeca como esposa. Rebeca pariu 2 filhos gêmeos: Esaú e Jacó. Os filhos cresceram, o pai estava velho e cego. E o que ocorreu? Rebeca, sua esposa, juntamente com o filho Jacó fizeram uma sacanagem com Isaque. Enganaram-no por causa de sua cegueira, prejudicando o outro filho, Esaú. A mãe a favor de um filho e contra o esposo e o outro filho. O velho e cego Isaque, levado pelo erro, abençoou o filho Jacó, em lugar de Esaú, que tinha o direito de primogenitura. Isso é modelo de família, leitor? 

Veja, leitor, mais um exemplo familiar bíblico: a família do lendário rei Davi. Em 2 Samuel, capítulo 13, Amnom, um dos filhos de Davi, estuprou sua irmã Tamar. Absalão, outro irmão, mandou matar Amnom. Ou seja, apenas numa família, estupro e homicídio. Isso é modelo de família exemplar, leitor? 

E o pastor Cláudio Duarte continua dizendo que as famílias de hoje estão destruídas porque se esqueceram do deus bíblico. 

PASTOR CLÁUDIO DUARTE E A BÍBLIA ( 7º )

                                          Antes de mostrar mais um trecho do pastor Cláudio Duarte, quero, caro leitor, fazer-lhe uma pergunta:

Você é uma pessoa xenófoba? 

Se você não sabe o que significa a palavra xenófoba, não se preocupe porque lhe explicarei agora. Xenófoba é um adjetivo ligado ao substantivo xenofobia. E o que é a xenofobia? É a aversão, a antipatia, o ódio às coisas e às pessoas estrangeiras. Então, xenófoba é a pessoa que alimenta ódio em relação às pessoas e às coisas estrangeiras. E agora, leitor, você é uma pessoa xenófoba? Eu, Eustáquio, não sou. Estou muito longe da xenofobia, que é um distúrbio psicológico. Citar-lhe-ei, leitor, agora um homem xenófobo: Adolf Hitler! Hitler odiava o povo judeu, fez de tudo para eliminar os judeus do planeta Terra. Era, pois, um xenófobo!

E o povo da Bíblia, os hebreus, era um povo xenófobo? O deus da Bíblia, criado pelos hebreus, era uma divindade xenófoba? O que você me diz, leitor? Antes de sua resposta, trago mais um trecho do pastor Cláudio Duarte que está localizado na página 16:

“(...) Sansão gostou de uma mulher que não pertencia ao povo de Deus, ele se apaixonou por ela, as coisas já começaram erradas. (...) Havia tantas mulheres no meio do povo de Israel…”

Por favor, leitor, leia novamente o que diz o pastor Cláudio Duarte acima, e olhe com atenção se existe xenofobia, a antipatia diante de pessoas estrangeiras. O pastor diz que o lendário Sansão se apaixonou por uma mulher estrangeira, uma filisteia, e aí a coisa já começou errada. Havia tantas mulheres de Israel, mas, Sansão, diz o pastor, errou porque escolheu mulher de outro povo. E aí, leitor, existe, ou não, xenofobia no texto do pastor, na Bíblia? Sim, claro que sim! 

Quem conhece a civilização hebraica, o povo da Bíblia, sabe muito bem que era uma sociedade fechada, que tinha antipatia por outros povos. Os hebreus criaram o deus Javé, o mesmo deus adorado pelos cristãos. Só que o deus hebreu, como o nome o diz, era um deus dos hebreus, apenas dos hebreus. Não era um deus dos filisteus, dos hititas, dos amorreus, dos heteus, dos egípcios etc. Os cristãos, mais tarde, é que tornaram esse deus universal, para todos. Porém, não o é!

Veja, leitor, a xenofobia do deus hebreu em Êxodo, capítulo 23, versículo 23:

“Porque o meu Anjo irá adiante de ti e te levará aos amorreus, aos heteus, aos ferezeus, aos cananeus, aos heveus e aos jebuseus; e eu os destruireis.”

No texto bíblico acima, o deus hebreu diz ao lendário Moisés que ele é o deus somente do povo hebreu, que ele odeia os outros povos, que irá destruir os povos heteus, ferezeus, heveus, jebuseus etc. Entendeu, leitor? A antipatia do povo hebreu por outros povos é notória e pública em toda sua história. E, desgraçadamente, o pastor Cláudio Duarte ainda tem a coragem de elogiar essa doença chamada xenofobia! Ele diz que Sansão errou porque foi se apaixonar por uma mulher estrangeira. 

E você, leitor, sabe por que o deus hebreu não queria que seu povo se unisse a outros? Sabe ou não sabe? Se não sabe, saberá agora. O deus hebreu não queria que seu povo se unisse a outros para que não viesse a adorar os deuses desses povos. Apenas por isso, leitor! O deus hebreu era extremamente ciumento, mais ciumento do que o jornalista Pimenta Neves que, em 2000, matou, por ciúme, sua ex-namorada Sandra Gomide. Pimenta Neves, por ciúme, matou uma pessoa, já o deus hebreu, por ciúme, matou vários povos. Na verdade, deus algum existe, deus algum matou ou mata alguém. O deus que aparece em toda a Bíblia é uma criação do povo hebreu. E nada mais!

E veja, leitor, mais um equívoco do pastor Cláudio Duarte. Ele diz acima que havia muitas mulheres em Israel, porém, Sansão errou porque procurou uma mulher estrangeira. Só que há um detalhe importantíssimo! Mesmo sendo uma sociedade fechada, é impossível a não união entre povos. Povos diferentes se unem, casam-se, apesar da antipatia. E o povo da Bíblia também se uniu a outros povos sem reprovação alguma. Veja, como exemplo, o lendário Moisés. Ele, na Bíblia, era um hebreu, mas, pela segunda vez, se uniu a uma mulher etíope, estrangeira, mas essa união não foi reprovada. Só falta agora o pastor Cláudio Duarte afirmar que Moisés errou porque escolheu uma mulher estrangeira. De forma alguma! Mais um exemplo, leitor: o José, filho de Jacó. Na lenda de Gênesis, capítulo 41, ele, um hebreu, toma como esposa Asenate, uma egípcia. E essa união não é reprovada. Imagine o pastor Cláudio Duarte dizendo que José errou por procurar esposa estrangeira. De forma alguma! 

No frigir dos ovos, é maluquice condenar união entre os povos. Hoje, vivemos num mundo evoluído, com integração entre os povos, sendo louvável o matrimônio entre pessoas estrangeiras. Veja, como exemplo, a bela família da Gisele Bundchen, brasileira, e o Tom Brady, norte-americano. 

Só falta agora o pastor Cláudio Duarte dizer que Gisele errou por se apaixonar por um homem estrangeiro, já que havia tantos homens no Brasil.

PASTOR CLÁUDIO DUARTE E A BÍBLIA ( 6º )

                                                      Na página 33, o pastor Cláudio Duarte escreve assim:

“Os valores de Deus estão se perdendo, indo embora. Isso é o que está destruindo as famílias, é por isso que precisamos resgatar os valores como, por exemplo, honre ao teu pai e a tua mãe, porque, hoje, na concepção da maioria dos filhos, os pais estão ultrapassados, caretas.”

O pastor Cláudio Duarte diz acima que os valores de Deus estão se perdendo, indo embora. Quem é esse Deus a que o pastor se refere? O deus da Bíblia cristã porque o pastor é um cristão. Se ele não fosse um cristão, os deuses invocados seriam outros. E diz também o pastor que a perda desses valores de Deus estão destruindo as famílias de hoje, e um desses valores é o famoso “honrar pai e mãe”.

O maior desastre do pastor Cláudio Duarte é recorrer à Bíblia como se ela fosse uma manual de bons costumes. O “honrar pai e mãe” está em toda a Bíblia, mas veja, leitor, o que está escrito em Lucas, capítulo 14, versículo 26

“Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.”

A citação acima é atribuída a Jesus. Atribuída! O discurso de Jesus é contrário ao “honrar pai e mãe”! Ele está dizendo que você, leitor, não deve honrar seu pai e sua mãe. Ele está afirmando que, para ser seu discípulo, o filho deve aborrecer seu pai e sua mãe. Entendeu, leitor? O cristão que escreveu essa aberração acima, atribuindo-a a Jesus, fez isso porque sabia que a crença religiosa causa desarmonia familiar, é um fator negativo na família. Membros de uma família com religiões diferentes vão entrar em conflito, em atrito. Até hoje, por causa da religião, irmãos odeiam irmãos, pais odeiam filhos, filhos odeiam pais e assim por diante. E o cristão acima diz que, se um filho for cristão contra a vontade dos pais, deve então aborrecer os pais, ou seja, esse filho deve abraçar o cristianismo, rejeitando os pais, aborrecendo os pais, desonrando os pais. Entendeu, leitor? E o pastor Cláudio Duarte ainda diz que as famílias de hoje estão destruídas, que os filhos de hoje não seguem o “honrar pai e mãe”. 

E o pior, leitor, vem agora: no mundo bíblico, qual era a punição endereçada ao filho desobediente, que não honrasse pai e mãe? A resposta está, por exemplo, em Mateus, capítulo 15, versículo 4: 

‘Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte.”

O cristão que escreveu o texto acima está afirmando que o deus da Bíblia criou essa punição terrível, a pena de morte para os filhos desobedientes. Ora, deus algum existe, deus algum pune alguém. Essa lei insana (matar filhos desobedientes) é a prova do profundo atraso da civilização hebraica. Hoje, em nosso mundo evoluído, no Brasil, por exemplo, os pais não podem nem agredir os filhos desobedientes, imagine matá-los. A Bíblia não é, pois, um manual de bons costumes. Só para você, leitor, ter uma ideia, veja o relato horrível do procedimento hebreu para os filhos desobedientes, que está em Deuteronômio, capítulo 21, versículos 18 a 21. Se um filho era desobediente aos pais, esses o conduziam aos anciãos da cidade, que decretavam pena de morte por apedrejamento. Qualquer pessoa, em pleno uso de suas faculdades mentais, diante de uma lei dessa, sentiria repugnância, não é mesmo, leitor? 

E o pastor Cláudio Duarte ainda diz que os valores de Deus estão se perdendo, indo embora. 

PASTOR CLÁUDIO DUARTE E A BÍBLIA ( 5º )

                                                       Na página 25, o pastor Cláudio Duarte escreve assim:

“(...) Um garoto me procurou na igreja e disse: ‘pastor, me apaixonei por outro menino, o senhor entende ou o senhor é homofóbico?’ Eu entendo e não tenho nada de homofobia. Ele perguntou: ‘Mas o que o senhor acha?’ Eu disse que não achava muita coisa. E ele perguntou: ‘o senhor tem algum parecer?’ e eu lhe respondi que tinha sim, um parecer bíblico para aquela situação, e lhe mostrei o texto da Bíblia: ‘Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles. (Levítico 20:13)’.”

Você, amigo leitor, com certeza, entendeu o que diz acima o pastor Cláudio Duarte, não é mesmo? Ele narra um encontro que teve com um garoto na igreja evangélica em que é pastor. Antes, é bom dizer que é muito comum pastores inventarem histórias para passar uma mensagem aos fiéis. Não estou insinuando que essa história contada pelo pastor não seja verdadeira. Então, o pastor Cláudio Duarte diz que um adolescente o procurou, dizendo-lhe que estava apaixonado por outro adolescente. Esse jovem homossexual queria conhecer a opinião de seu líder evangélico. De início, o pastor lhe disse que não era homofóbico, que não tinha uma opinião pessoal, mas que tinha um parecer bíblico, que é o importante. E qual foi o parecer bíblico importante que o pastor Cláudio Duarte citou para o adolescente homossexual? Aquele que está na Bíblia, em Levítico, capítulo 20, versículo 13:

“Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles.”

O pastor Cláudio Duarte disse ao adolescente homossexual que o deus bíblico é contra a homossexualidade. Que o deus hebreu fixou pena de morte às pessoas homossexuais. O homossexual está longe do deus bíblico. Ora, logo de início, deus algum existe, deus algum fixou leis, deus algum é contra a homossexualidade. Essas leis que estão na Bíblia foram feitas pelo povo hebreu, em épocas de grande atraso, daí os absurdos contidos nelas. São leis defeituosas e injustas sob os mais diversos ângulos. É fato histórico que a homossexualidade existe desde que apareceram os primeiros seres humanos. A civilização hebraica, a da Bíblia, como é óbvio, estava lotada de homossexuais, daí a criação da lei que está em Levítico, condenando à morte os hebreus homossexuais. 

O pastor Cláudio Duarte está, pois, invocando uma lei antiga terrível e sem amor feita por um povo arcaico, que tinha uma visão defeituosa sobre o mundo em que vivia. Para que você, leitor, entenda o absurdo trazido pelo pastor, suponha que uma mãe, desesperada, o tenha procurado na igreja, dizendo-lhe:

“Pastor Cláudio Duarte, eu tenho um filho com 6 anos de idade, que não me respeita. Quando vou corrigi-lo por causa de algum comportamento, ele fica gritando, berrando que eu sou uma puta, uma prostituta. O que o Senhor, pastor, tem a me dizer?”

E imagine, leitor, o pastor Cláudio Duarte, dizendo assim àquela mãe aflita:

“Mãezinha, eu nada tenho a dizer, mas tenho um PARECER BÍBLICO, que está em toda a Bíblia, por exemplo, em Mateus, capítulo 15, versículo 4: ‘Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte.”

Entendeu, leitor, que ninguém deve recorrer à Bíblia porque fatalmente cairá do cavalo? Imagine a mãe chegando à sua casa, pegando uma faca e matando seu filho com apenas 6 anos de idade porque essa punição é bíblica? No mundo bíblico, mais um absurdo: pena de morte para crianças inocentes desobedientes a seus pais. Assim, ninguém deve recorrer à Bíblia para condenar os homossexuais, como também para condenar crianças que não honram seus pais. Entendeu, leitor, o problema no raciocínio do pastor Cláudio Duarte? Se ele invoca a Bíblia para condenar à morte os homossexuais, deve, então, invocar a mesma Bíblia para condenar à morte crianças desobedientes? Entendeu, leitor? 

E se essa mãezinha tivesse conhecimento bíblico, colocaria o pastor Cláudio Duarte numa sinuca de bico, numa situação sem saída. Veja, leitor, o que é atribuído a Jesus, o Jesus das narrativas lendárias bíblicas, em Lucas, capítulo 14, versículo 26:

“Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.”

Ora, em toda a Bíblia, há a condenação à morte de filhos desobedientes, que não honram seus pais. Só que, na passagem acima, a contradição, filhos são incentivados a não honrar os pais, a não obedecer aos pais. Jesus diz acima que, se alguém não aborrece a seu pai e à sua mãe, não pode ser discípulo dele. Ou seja, para ser discípulo de Jesus, o filho deve desobedecer a seus pais, deve desonrar seus pais, deve entrar em discordância com seus pais. Entendeu, leitor? 

Veja, leitor, mais um exemplo de que o pastor Cláudio Duarte não pode invocar a Bíblia. Imagine uma mulher casada dizendo ao pastor que pariu, há 2 dias, um menino. E o Cláudio Duarte dizendo a ela que deve se isolar das outras pessoas porque será IMUNDA durante 7 dias, porque isso é bíblico, está em Levítico, capítulo 12. E se ela disser ao pastor que pariu uma menina? Aí o pastor dirá que ela será IMUNDA durante 14 dias, o dobro, só porque pariu uma fêmea. Isso é bíblico!

O pastor Cláudio Duarte não deveria, pois, invocar a Bíblia, não deveria recorrer a esse código de leis arcaico, defeituoso e injusto.