Eustáquio
Leandro Vargas,
Em seu
comentário, você acha um verdadeiro absurdo a afirmação de cristãos
sobreviventes quando insinuam que Jesus ou o deus hebreu os salvaram do
terrível desastre, mesmo que mais de trezentas pessoas (crianças inocentes,
mulheres grávidas, idosos) tenham perecido no mar de lama. E você, Leandro, tem
toda razão.
O filósofo alemão Friedrich Nietzsche
(1844 – 1900) afirmou que “basta falar o nome de Deus para as pessoas terem sua
inteligência paralisada”. E você, Leandro, traz um exemplo de manifestação
religiosa que comprova a verdade dita por Nietzsche. De fato, as pessoas que
escaparam desse mar de lama e rejeitos de minério afirmaram que Jesus e Deus as
salvaram. O homem religioso vive uma ilusão, uma fantasia, daí as afirmações
sem pé nem cabeça. Por isso mesmo, as divindades salvadoras são diferentes, ou
seja, não são as mesmas, tudo dependendo da crença do fiel. Por exemplo,
evangélicos que se salvaram afirmaram que Jesus ou Deus os salvaram. Já os
católicos que sobreviveram disseram que Jesus ou Deus, ou São José ou São
Benedito os salvaram. Um evangélico jamais dirá que São Benedito o salvou
porque essa divindade não tem efeito algum em sua crença.
Quando uma pessoa que escapou
dessa tragédia afirma que divindade X a salvou, ela está assinando seu atestado
de insanidade mental. Ela está dizendo que Jesus, ou Deus, ou a Virgem Maria,
ou São Benedito a salvou, só que essas mesmas divindades deixaram de salvar
outras pessoas que mereciam a mesma atenção, a mesma solidariedade. Por
exemplo, muitas criancinhas morreram dentro da lama. Ora, no mundo da loucura
religiosa, qual é a divindade que vai deixar de salvar criancinhas inocentes
para salvar adultos pecadores? Enfim, quando uma determinada pessoa afirma que
Deus a salvou, por outro lado está afirmando também que a mesma divindade
deixou de salvar criancinhas e mulheres grávidas. Uma insanidade mental, não é
mesmo?
Um abraço!
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