CARO VINÍCIUS CÉSAR,
Assisti por três vezes a seu vídeo. Nem gostaria de levantar mais questões sobre isso, levando em consideração o tempo, já que foi gravado e publicado em agosto do ano pretérito. Mas lhe devo uma explicação a fim de não ficar em silêncio. Afinal de contas, o vídeo foi endereçado a mim.
Eu e você defendemos uma verdade: nascemos ateus!
Sua discordância de mim se resume no fato de que você afirma que isso não é um bom argumento. Entendo seu ponto de vista. Você diz que um religioso pode até dizer que não nascemos ateus porque falta a uma criança a capacidade cognitiva (o conhecimento). Só que esse religioso, caro Vinícius, não conhece a etimologia da palavra "ateísmo". Esse "A" agregado ao vocábulo "teísmo", formando "ateísmo", é um prefixo grego que significa "descrença", "carência" e "ausência". Logo, um recém-nascido é ateu nas modalidades "carência" "ausência" de deuses. Isto é, no cérebro de uma criança, os deuses estão ausentes. Daí o ateísmo fraco porque não está ligado à capacidade cognitiva. Já o ateu adulto, por estar ligado ao conhecimento, pratica o ateísmo forte.
É óbvio que essa não é a única prova da inexistência de deuses. Mas é importante porque ser humano algum nasce com deus algum, com religião alguma. Se pegarmos um recém-nascido, hoje, e isolá-lo num ambiente acústico de modo que ele não escute som algum, alcançará, por exemplo, 100 anos de idade sem jamais mencionar deus algum, religião alguma. O homem, para criar deuses e religiões, necessitou de milhões e milhões de anos. Não se criam deuses e religiões num tempo de apenas 100 anos. Portanto, um recém-nascido só falará depois em Jesus, por exemplo, se ouvir essa palavra de seus pais. Do contrário, jamais. Se, por exemplo, nascer numa comunidade budista, falará sobre Buda. Eis a prova sociológica (científica, pois.) de que deuses e religiões são transmitidos de pais para filhos. Se não fossem transmitidos, os filhos não teriam deuses e religiões. Simples assim!
Parabéns pelo vídeo!
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